Na Islândia, a espera continua. Ao fim de mais de quatro semanas e de 40 mil tremores de terra, a previsão é a de que haja uma erupção vulcânica muito em breve. O aumento de atividade sismológica, sobretudo quando é prolongado, é normalmente um sinal de que isso pode estar prestes a acontecer.
Os tremores centram-se na província de Reykjanes, no sudoeste do país, e são a maior sucessão contínua de eventos desse tipo de que muita gente diz recordar-se. Por enquanto, segundo reportam o “New York Times” e outros orgãos de comunicação internacionais, o stress dos habitantes tem sobretudo a ver com perturbações do sono em consequência dos abalos constantes, mais do que com receio de uma grande tragédia a aproximar-se. Afinal, erupções vulcânicas não são invulgares na Islândia.
Com um território que fica localizado por cima de um local onde se encontram duas placas tectónicas (a euro-asiática e a norte-americana) – uma circunstância fortemente associada a atividade vulcânica – o país tem cerca de 30 vulcões ativos. O movimento das placas potencia a subida de magma, rocha fundida proveniente de camadas inferiores da Terra. Quando a pressão se torna excessiva, o magma pode irromper através de fissuras na superfície da Terra. Estas fissuras são designadas por vulcões, nome inspirado no antigo deus romano do fogo.
UM FACTOR DE ATRAÇÃO TURÍSTICA
Os vulcões assumem várias formas, desde o típico cone (por exemplo, o Monte Fuji, no Japão) até estruturas mais planas ou mesmo crateras. As erupções emitem lava, gás e cinzas. Historicamente, a memória coletiva associa-as a catástrofes de devastação maciça, como a de Pompeia em 79 DC, quando a erupção do Monte Vesúvio arrasou a cidade situada próxima de Nápoles, em Itália.
A outro nível, em 2010, a erupção do vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia, produziu emissões de fumo e cinza na atmosfera que subiram até nove quilómetros de altitude e se espalharam, perturbando o tráfego aéreo durante semanas. Não se prevê que algo de semelhante aconteça agora. As características geológicas do local são diferentes e o que deverá haver são, sobretudo, erupções de lava com algumas dezenas de metros.
Mesmo que a lava se espalhe por uma área considerável, não existem habitações na zona, pelo que não se esperam mortes nem destruição de propriedades. Em contrapartida, a erupção pode vir a ser uma oportunidade turística, como já sucedeu em ocasiões anteriores – embora, desta vez, com as limitações decorrentes do coronavírus, o afluxo de visitantes ao país esteja bastante restringido.
Na Islândia, a espera continua. Ao fim de mais de quatro semanas e de 40 mil tremores de terra, a previsão é a de que haja uma erupção vulcânica muito em breve. O aumento de atividade sismológica, sobretudo quando é prolongado, é normalmente um sinal de que isso pode estar prestes a acontecer.
Os tremores centram-se na província de Reykjanes, no sudoeste do país, e são a maior sucessão contínua de eventos desse tipo de que muita gente diz recordar-se. Por enquanto, segundo reportam o “New York Times” e outros orgãos de comunicação internacionais, o stress dos habitantes tem sobretudo a ver com perturbações do sono em consequência dos abalos constantes, mais do que com receio de uma grande tragédia a aproximar-se. Afinal, erupções vulcânicas não são invulgares na Islândia.
Com um território que fica localizado por cima de um local onde se encontram duas placas tectónicas (a euro-asiática e a norte-americana) – uma circunstância fortemente associada a atividade vulcânica – o país tem cerca de 30 vulcões ativos. O movimento das placas potencia a subida de magma, rocha fundida proveniente de camadas inferiores da Terra. Quando a pressão se torna excessiva, o magma pode irromper através de fissuras na superfície da Terra. Estas fissuras são designadas por vulcões, nome inspirado no antigo deus romano do fogo.
UM FACTOR DE ATRAÇÃO TURÍSTICA
Os vulcões assumem várias formas, desde o típico cone (por exemplo, o Monte Fuji, no Japão) até estruturas mais planas ou mesmo crateras. As erupções emitem lava, gás e cinzas. Historicamente, a memória coletiva associa-as a catástrofes de devastação maciça, como a de Pompeia em 79 DC, quando a erupção do Monte Vesúvio arrasou a cidade situada próxima de Nápoles, em Itália.
A outro nível, em 2010, a erupção do vulcão Eyjafjallajokull, na Islândia, produziu emissões de fumo e cinza na atmosfera que subiram até nove quilómetros de altitude e se espalharam, perturbando o tráfego aéreo durante semanas. Não se prevê que algo de semelhante aconteça agora. As características geológicas do local são diferentes e o que deverá haver são, sobretudo, erupções de lava com algumas dezenas de metros.
Mesmo que a lava se espalhe por uma área considerável, não existem habitações na zona, pelo que não se esperam mortes nem destruição de propriedades. Em contrapartida, a erupção pode vir a ser uma oportunidade turística, como já sucedeu em ocasiões anteriores – embora, desta vez, com as limitações decorrentes do coronavírus, o afluxo de visitantes ao país esteja bastante restringido.
INDÍCIOS DE UMA POSSÍVEL ERUPÇÃO
A previsão de erupções vulcânicas não é uma ciência certa, mas há indícios que sugerem fortemente a possibilidade de um evento deste tipo: sismos, libertação de gases, deformações no terreno, subidas de temperatura na superfície de um vulcão. Todos os indícios estão associados a movimentos do magna. O ‘inchamento’ do cone de um vulcão, por exemplo, reflete a pressão do magma sob a superfície.
Atualmente, a medição dos vários indicadores é feita em permanência com a ajuda de equipamentos sofisticados e essas informações, juntamente com o conhecimento de eventos passados, permitem elaborar estimativas com um nível razoável de probabilidade, dependendo do vulcão em causa. Por vezes, a erupção é bastante previsível, noutras ocasiões surge como uma surpresa total.
No início deste mês, a propósito do aumento de atividade sísmica na zona, que já tinha incluido um tremor de magnitude 5,7 em fevereiro, o Gabinete Meteorológico Islandês expressou-se com cuidado. “Estes sinais são com frequência detetados antes de erupções”, escreveu no Twitter. “Movimentos de magma são uma causa provável e é possível que uma erupção efusiva (produtora de lava) possa ocorrer”.
UM NOVO CICLO SÍSMICO, 800 ANOS DEPOIS
A recomendação às pessoas na área afetada é a de que evitem terrenos inclinados, dado o risco de desmoronamentos e queda de pedras. Se a erupção se confirmar, e assumindo que não há de facto vítimas, um efeito positivo quase garantido será o fim dos tremores de terra. Pelo menos de imediato.
Thorvaldur Thordarson, professor de vulcanologia na Universidade da Islândia, explicou ao “New York Times” que no sul da Islândia verificam-se ciclos de erupções a cada oitocentos anos, aproximadamente. Como o último ciclo ocorreu entre os séculos XI e XIII, estará “na altura” de outro.
Uma colega universitária de Thordarson explicou que o afastamento das duas placas tectónicas tinha criado condições para o magma atingir a superfície. Em três dos cinco vulcões que existem em Reykjanes, constataram-se movimentações de magma e só num único dia registaram-se 2500 tremores de terra.
Thordarson manifestou-se tranquilo: “Não há nada com que nos preocuparmos, o mundo não vai colapsar”. Um sentimento ecoado por uma professora que há dias disse ao diário britânico “The Guardian” não estar com medo, apenas cansada. “Quando me vou deitar, só penso: conseguirei dormir alguma coisa esta noite?”
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso