Os trabalhos de investigação realizados em Portugal vão receber 59 milhões de euros do maior programa de co-financiamento europeu, o Horizonte 2020, segundo os dados relativos apenas a cerca de um terço dos concursos candidatos.
“Com cerca de um terço dos concursos apurados, o primeiro balanço dá conta de uma captação na ordem dos 59 milhões de euros para entidades portuguesas, relativos a 107 contratos, 27 coordenações e 157 participantes. O sistema científico alcança assim, pelo segundo ano consecutivo, resultados inéditos em termos de captação de fundos em concursos europeus competitivos”, sublinha o Ministério da Educação e Ciência (MEC), que felicita o sistema científico e tecnológico nacional.
Os dados revelados hoje correspondem a cerca de um terço dos concursos apurados, estando prevista a divulgação dos restantes até ao final do ano.
Horizonte 2020
O Horizonte 2020 é um maior programa da União Europeia destinado a co-financiar projectos de investigação, inovação e demonstração, tendo um orçamento global superior a 77 mil milhões de euros para o período entre 2014-2020.
No ano passado, Portugal conseguiu captar no total cerca de 146 milhões de euros, “tendo conseguido, pela primeira vez na história da captação de fundos competitivos europeus para a ciência, obter mais financiamento do que aquele que o país investiu no programa através da sua contribuição obrigatória para o orçamento europeu”.
Segundo o ministério, Portugal terá investido no ano passado 120 milhões, tendo ido buscar 146 milhões de euros.
Entre as propostas em consórcio aprovadas em 2015, há até agora 16 coordenadas por entidades portuguesas e outras onze do programa “Twinning”, também coordenadas nacionalmente.
O “Twinning” permite estabelecer parcerias entre entidades de países considerados de baixo desempenho científico (EU13, mais Portugal e Luxemburgo, que obrigatoriamente lideram o consórcio) com instituições europeias de grande qualidade, incentivando o reforço da capacidade científica e da internacionalização das instituições dos países elegíveis.
As onze propostas “Twinning” portuguesas seleccionadas (num universo de 65 financiadas a nível europeu) representam cerca de 11,2 milhões de euros.
Mais de metade deste orçamento – 6,17 milhões – estão destinados a instituições nacionais, como o Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa (3 contratos), a Universidade do Minho (Instituto 3B’s – 2 contratos), o INESC-Porto, o Instituto Superior de Agronomia (UL), a UNINOVA, a Universidade de Coimbra, a Universidade de Lisboa e o CIIMAR – Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental.
Agência Lusa