Não se sabe quem foi o primeiro a ter tal ideia, mas alguns indianos acreditam que a vaca, animal sagrado, é a cura para o coronavírus SARS-CoV-2.
A receita é pegarem no esterco e urina do animal, banharem-se com a mistura e deixarem-na secar na pele. Quando a mistura seca no corpo, significa que já absorveu o que necessitava e a seguir basta um banho de leite para o tratamento estar concluído. Acreditam que a covid-19 ficará assim à distância.
A galeria de imagens mostra o processo que tem sido feito em Gujarat, na Índia. Várias pessoas passam pelo processo uma vez por semana, acreditando que assim não serão infetadas pelo coronavírus.
O ALERTA DE MÉDICOS INDIANOS
Perante a situação, vários médicos e cientistas na Índia vieram alertar a população contra o uso de esterco de vaca como medida de proteção contra a covid-19.
Dizem que não há evidências científicas da eficácia deste tratamento pouco convencional e que pode mesmo ser um catalisador de novas doenças.
Alertam ainda que o “tratamento” pode levar a uma falsa sensação de segurança e complicar problemas de saúde.
“Não há evidências científicas que o estrume de vaca ou a urina aumentam a imunidade contra a covid-19, é baseado inteiramente numa crença”, afirma o médico J. A. Jayalal, o presidente da Associação Médica da Índia, citado pela agência Reuters.
“Há também riscos para a saúde envolvidos em espalhar ou consumir estes produtos – outras doenças podem espalhar-se dos animais para os humanos.”
A PANDEMIA NA ÍNDIA
A Índia registou 329.942 infeções de covid-19 esta terça-feira, o valor mais baixo nos últimos 14 dias, depois de ter ultrapassado as 400 mil infeções durante quatro dias consecutivos na última semana, segundo dados oficiais.
Nas últimas 24 horas, o país contabilizou ainda 3.876 mortes provocadas pelo novo coronavírus, aumentando para 249.992 o total de óbitos desde o início da pandemia.
Com um total acumulado de 22,9 milhões de casos de covid-19, a Índia é o segundo país no mundo com mais infeções, depois dos Estados Unidos, e o terceiro com mais mortes, a seguir aos EUA e Brasil.
O país é atualmente o epicentro da pandemia, devido a uma segunda vaga que dura há mais de um mês, contando atualmente mais de 3,7 milhões de casos ativos.
Notícia exclusiva do nosso parceiro SIC Notícias