O incêndio em Castro Marim teve, segundo a Proteção Civil, uma progressão fluminante. Chegou a ter mais de 40 quilómetros de perímetro e afetou cerca de 9 mil hectares de área.
“O potencial deste incêndio é de 20.000 hectares”, disse o comandante das operações de socorro, Richard Marques, numa conferência de imprensa, em Castro Marim.
Neste momento, não há registo de vítimas entre a população, avança Richard Marques. No entanto, mais de 80 pessoas tiveram de ser retiradas das zonas de maior risco.
Foram montadas duas zonas de apoio à população, que se viu obrigada a abandonar as casas, mas grande parte já conseguiu regressar. A estrutura de Tavira ainda acolhe, segundo a Proteção Civil, 26 pessoas, que vão em breve voltar às suas habitações e a de Castro Marim alberga sete pessoas.
Apesar dos danos materiais, numa contabilização ainda por fazer, apenas um bombeiro ficou ferido, sem gravidade. Este bombeiro da corporação de Algés já está em casa, adiantou Richard Marques.
Mais de seiscentos bombeiros estão no terreno a combater este fogo. De acordo com a Proteção Civil, esta terça-feira continua a ser um dia preocupante do ponto de vista meteorológico, “muito semelhante ao dia anterior”.
O comandante referiu que, apesar das difíceis condições meteorológicas, foi possível durante a noite “executar o plano estratégico de ação” e que na manhã desta terça-feira está a ser consolidado o grande objetivo de “sustentar a capacidade de travar” a progressão das chamas.
Richard Marques explica que “existe uma nova variante que é a rotação da direção do vento”, o que irá trazer uma maior preocupação naquilo que é “a sustentação do trabalho desenvolvido durante a noite”.
Os populares relatam alguns momentos de aflição, sobretudo nos momentos em que os bombeiros não estavam por perto.
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