A Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) fez um balanço positivo do ano de 2015, no qual registou aumentos de 5,5% e 8,6% nas taxas de ocupação e no volume de negócios, respectivamente.
Num comentário aos dados ontem anunciados pelo gabinete de estudos da associação, o presidente, Elidérico Viegas, disse à Lusa que o “saldo é positivo”, tendo os hotéis e empreendimentos turísticos do Algarve gerado uma “facturação bruta directa a rondar os 750 milhões” de euros.
“De facto o ano tem um saldo positivo, não apenas nas taxas de ocupação, que cresceram 5,5%, mas sobretudo em matéria de volume de negócios, que aumentou 8,6%. E, portanto, isso indicia que os empresários hoteleiros do Algarve estão a recuperar os preços perdidos durante a crise, uma vez que as receitas estão a aumentar ligeiramente acima das taxas de ocupação”, afirmou o presidente da AHETA.
As perspectivas para 2016 são de crescimento
Estes valores abrem também “perspectivas de crescimento” para 2016, estimou Elidérico Viegas, que espera uma continuidade no crescimento verificado nos últimos dois anos para os empresários poderem recuperar de forma sustentada dos anos de “crise prolongada” que “descapitalizou progressivamente as empresas”.
“Nos próximos três anos, poderemos atingir o chamado ponto crítico, ou seja, uma taxa de ocupação de cerca dos 75%, que foram as taxas de ocupação que tivemos no virar o século e são consideradas as mínimas necessárias quer para gerir a política de preços, quer, sobretudo, para rentabilizar os investimentos realizados”, considerou.
Elidérico Viegas disse ainda que o Algarve é um dos destinos que beneficiam do “desvio de fluxos turísticos” devido à “instabilidade que afecta a generalidade dos concorrentes, designadamente aqueles que se localizam na bacia do Mediterrâneo e no Magreb”, e da “desvalorização do euro relativamente à libra e ao dólar”.
Os dados anunciados pela AHETA dão conta de que os preços subiram 3,1% face a 2014.
A associação precisou, num comunicado, que a “taxa de ocupação média pro quarto atingiu os 60%, mais 5,5% do que em 2014, tendo as dormidas totais ascendido a cerca de 17,5 milhões”.
“Os proveitos dos aposentos atingiram os 550 milhões de euros durante o ano e a alimentação e bebidas cerca de 200 milhões”, quantificou.
(Agência Lusa)