Um homem foi, alegadamente, agredido no Hospital de Faro por enfermeiros e autoridades policiais, depois de ter pedido medicamentos para as dores.
Vitorino Silvério Tavares esteve nas urgências recentemente às 20:00 horas e ficou depois a repousar na cama, com algumas dores. Pediu medicação para as hérnias e esta foi-lhe negada. Por volta das 22:00 horas, um enfermeiro referiu que não lhe poderiam dar a medicação, pois não estava na hora.
Vitorino Silvério Tavares conta que “para a medicação das dores acho que não é preciso horas”. Pediu depois a identificação ao profissional de saúde e esta foi-lhe negada. Posto isto, tirou uma fotografia ao enfermeiro, que chamou alguns dos seus colegas para tentar dissuadir o homem e apagar o registo.
Com a negação deste, a PSP e a GNR foram chamadas ao local, segundo relata a vitima à TVI, no programa “Dois às 10”. Por sua vez, Vitorino Silvério Tavares pede a identificação aos agentes e estes negam igualmente. “O único que vi a identificação foi o GNR”.
Os agentes tentaram tirar o telemóvel ao doente, que recusou a entregá-lo, dizendo que “isto que está aqui [o telemóvel] é meu e vocês não têm de o roubar”. “Enquanto não se identificarem, não apago”, frisou ainda. Depois de uma hora, Vitorino Silvério Tavares acabou por perder as forças e o telemóvel foi-lhe retirado.
“Eles agrediram-me”, diz na reportagem da TVI, mostrando algumas marcas no braço e referindo que as autoridades o agarram para o imobilizarem.
O homem foi depois transferido para outra unidade por volta da 01:00 hora e queriam-lhe, alegadamente, dar medicação diferente da sua habitual, referindo que ele estava “a fingir” estar com dores.
“Vou levar isto para a frente, fazer queixa e levar isto para tribunal. É inadmissível. Como me fazem isto a mim, fazem a outros utentes igual”, termina.