Para contrariar o problema mundial do desperdício alimentar, com impactos a vários níveis, nasceu hoje, o “Unidos Contra o Desperdício”, um movimento cívico e nacional, congregador e agregador, que une a sociedade num combate ativo e positivo ao desperdício alimentar, reforçando a importância de cada um de nós nesta luta.
O Movimento “Unidos Contra o Desperdício” conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República e nasce na mesma data em que é celebrado, pela primeira vez a nível mundial, o Dia Internacional da Consciencialização Sobre Perdas e Desperdício Alimentar, designado pelas Nações Unidas no dia 29 de setembro.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, já manifestou o seu apoio institucional ao “Unidos Contra o Desperdício” e enviou uma mensagem de apelo à adesão ao movimento a todos os portugueses.
“Com o objetivo de facilitar o aproveitamento de excedentes, tornando habitual a luta contra o desperdício alimentar, incentivar e facilitar a doação das sobras, bem como promover um consumo responsável”, o Movimentos “Unidos Contra o Desperdício” foi fundado por “várias entidades, congregadas pela Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares”, sendo um Movimento com várias vozes e diferentes tons, que “une e congrega empresas, instituições, o público e o privado e as várias gerações em torno do objetivo único de lutar contra o desperdício alimentar”.
Integram o Movimento como membros fundadores: a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), a Associação Portuguesa de Logística (APLOG), a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), a Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a Comissão Nacional de Combate ao Desperdício Alimentar (CNCDA), a Dariacordar/Zero Desperdício, a Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares (FPBA), Lisboa Capital Europeia Verde e a Refood.
“A realidade do desperdício é um contrassenso do ponto de vista económico, ambiental e social e tem merecido a atenção de muitos agentes de vários setores que agora se reúnem para de forma ativa chamar a atenção para uma questão que só poderá ser minorada com a vontade de todos”, salienta o movimento em comunicado.
Para Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, uma das entidades fundadoras do Movimento, “esta pode vir a ser uma das principais lutas mundiais, a par de outras estruturantes como a fome ou a preservação do ambiente, até porque o desperdício alimentar acaba por convergir em ambas. No caso da destruição de comida que está em bom estado e pode ser consumida, trata-se até de uma injustiça, quando há pessoas que dela carecem para viver. O alimento é um bem de consumo diferente de todos os outros precisamente porque é essencial para a vida”.
“Esta é uma boa oportunidade de se procurar apresentar a realidade dos números e sensibilizar de forma construtiva, através de instrumentos e informação, para que todos se unam neste Movimento e possam aceder a ideias e sugestões para contrariar o desperdício alimentar”, referiu.