Um grupo de cidadãos de Tavira reagiu às críticas que têm sido feitas à construção da nova ponte e lançaram o manifesto “Sim à nova ponte sobre o Rio Gilão – Sim ao abraço fraterno entre os tavirenses de ambas as margens”, assinado por cerca de uma centena de pessoas.
“Nos últimos dias surgiram, em Tavira, algumas vozes (de há muito conhecidas de alguns tavirenses), a tentar lançar um pequeno e inócuo movimento de contestação à construção da NOVA PONTE SOBRE O RIO GILÃO”, afirma o documento.
Trata-se de “um pequeno grupo de ‘respeitáveis anciãos’ agora ‘chegados’, e acompanhados de uns poucos novos ‘chegados’ que pretendem pura e simplesmente que a obra não se faça”, acrescenta.
“A construção desta nova PONTE incomoda-os, porque representa mais um sinal de progresso e desenvolvimento para a cidade que não governam!”, pode ler-se.
“Todas as cidades divididas ao meio por um rio só beneficiam com quantas mais PONTES forem construídas ligando as suas margens”, reforça.
“A construção de novas PONTES aproxima os cidadãos de uma e outra margem, contribui para o crescimento do comércio local, ajuda a fluir o trânsito pedonal e reforça o convívio fraterno entre os cidadãos. Por outras palavras – ajuda a unir o que a força da natureza desuniu!”, destaca o manifesto
“Por acaso essas almas contestatárias ora “chegadas” saberão que na cidade de VENEZA, em ITÁLIA, existem nada mais, nada menos do que 400 pontes (quatrocentas pontes), o que faz daquela cidade uma das mais belas do mundo! E, que nenhum ‘movimento’ de cidadãos veneziano contestou a construção de qualquer uma dessas pontes! Pelo contrário, nutrem por elas um imenso orgulho!!!”, dizem os autores do manifesto.
“E, que dizer da cidade luz – PARIS – com as suas 37 Pontes sobre o Rio Sena”, questionam.
Os autores do manifesto afirmam que “a nova Ponte sobre o Rio Gilão, vai respeitar todos os espaços pedonais e de circulação de trânsito atualmente existentes (Rua do Cais e perpendicular ao anfiteatro para veículos com circulação condicionada) e a zona entre o Jardim Público e a Praça Velha reservada para peões e esplanadas”.
“O Jardim Público e a zona das palmeiras serão integralmente preservados, como já o são, processando-se o trânsito, de forma condicionada, pela Rua do Cais e pela perpendicular ao anfiteatro! Afinal, nada de novo, salvo a coragem do atual executivo municipal em avançar com uma obra há muito reclamada e que dignifica a cidade e promove o comércio local!”, reforça o documento.
Para os autores do manifesto “o saudosismo que denotam esses críticos ora ‘chegados’ não se compadece com o desenvolvimento que Tavira requer e os seus habitantes reclamam!”.
“Não devemos, sendo ou não pequeninos na nossa representatividade oposicionista, primar por estados como a inveja e a mediocridade que tanto atrasaram as sociedades e prejudicaram os seus povos”, concluem.
Ontem, o Tavira Sempre Movimento Cívico veio esclarecer que “não é contra a existência de mais uma ponte em Tavira”, mas sim “contra o atual projeto que está em execução” [Clicar AQUI para ler a nota de esclarecimento].
Para ler o manifesto na íntegra basta clicar AQUI.
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