Clara, emigrante portuguesa de 64 anos pagou 600 euros para os seus três gatos viajarem na TAP para o Luxemburgo, onde está a viver, mas nunca mais os voltou a ver. A 9 de agosto, o filho deixou Guyzmo, Mikette e Choupinette no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, para os felinos embarcarem no voo agendado para as 10:30 rumo ao Luxemburgo. No destino, Clara esperou, mas não se reencontrou com os gatos.
“Eles iam de autocarro mas não chegámos a tempo de o apanhar e tive de comprar os bilhetes de avião”, começa por contar à PiT Clara. A emigrante portuguesa aguardava no Luxemburgo a chegada dos seus três gatos, mas, ao que parece, eles nem chegaram a embarcar no Porto. Clara recebeu a notícia horas depois de o avião ter aterrado e não hesitou em comprar uma viagem para Portugal a fim de recuperar os seus animais de companhia.
Durante cinco dias do mês de agosto, a mulher de 64 anos dormiu no aeroporto à procura de informações acerca dos felinos. Sem comer, “porque estava sem apetite”, Clara levou patê para atrair os gatos. Ainda assim, o seu desespero não foi suficiente para levar a segurança do aeroporto a impedi-la de procurar Guyzmo, Mikette e Choupinette no Aeroporto do Porto.
“Ninguém se importou, nem a polícia, nem ninguém. Estavam sempre a enviar-me outros números de telefone a dizer que não era assunto deles. Ninguém fez nada por mim. Uma vez até chorei à frente deles e não se importaram”, relata Clara à PiT.
Os gatos continuam desaparecidos
Depois de um funcionário da TAP assumir que os felinos não chegaram a estar sob a sua alçada, Clara descobriu que estes não chegaram a entrar no avião, uma vez que uma senhora dos Perdidos e Achados a informou que um funcionário da Groundforce, responsável pelo transporte de malas e mercadorias, terá “atirado a sua transportadora com força”, libertando os gatos.
Três meses passaram e Clara continua a procurar Guyzmo, Mikette e Choupinette, tendo já contactado várias associações de apoio aos animais para que a sua história possa ter um desfecho feliz.
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