O Governo vai reunir-se em Conselho de Ministros extraordinário esta segunda-feira, avança a RTP.
De acordo com a televisão pública portuguesa, o Executivo “deverá apresentar novas medidas de confinamento”.
O encontro de emergência tem como objetivo fazer um balanço dos últimos três dias em que entrou em vigor o confinamento geral obrigatório.
Desta reunião, que será realizado via eletrónica, deverão ser adotadas novas medidas para travar o crescimento da pandemia.
A informação, confirmada pela Lusa junto de fonte do Governo, foi avançada pela RTP, que adianta que em cima da mesa estará a aprovação de novas medidas relacionadas com o confinamento, nomeadamente a proibição de venda de bebidas ao postigo para evitar ajuntamentos à porta dos cafés.
Outra medida em avaliação será a possibilidade de abrir os centros de tempos livres para crianças até aos 12 anos e visa dar resposta a uma lacuna decorrente das medidas aprovadas recentemente, que fez com que, num contexto em que todas as escolas ficaram abertas e os ATL encerrados, milhares de crianças ficaram sem almoço e sozinhas no recreio.
Este domingo, Marcelo Rebelo de Sousa informou que o Estado de Emergência poderá vigorar até ao final do seu mandato, dia 9 de março, e ainda afirmou, depois de ter estado reunido com a administração do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, que as medidas de restrição poderiam tornar-se ainda mais apertadas brevemente.
Marcelo Rebelo de Sousa antecipou-se este domingo ao Governo ao admitir que, se as pessoas não levarem mais a sério o confinamento para evitar a rutura do sistema de saúde, os políticos vão ter que confinar mais o país.
No final de uma reunião de quase uma hora com a administração do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que venha a ser necessário “reponderar as medidas”, no sentido de “restringir mais” a liberdade de circulação das pessoas.
Já a Ministra da Saúde admitiu, hoje também, que todo o sistema de Saúde, incluindo Serviço Nacional de Saúde (SNS), setor social e privado e estruturas de retaguarda, está próximo do limite.
“Estamos a pôr todos os meios que existem no país a funcionar, mas há um limite e estamos muito próximos do limite. E os portugueses precisam de saber disso”, afirmou Marta Temido à saída de uma reunião no Hospital Garcia de Orta, em Almada.
“É um sinal de elevada preocupação”, afirmou, reforçando que a saúde está “numa situação de extremo esforço.
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