O ministro do Ambiente anunciou ontem, quarta-feira o investimento, em 2015, de oito milhões de euros na execução de dragagens da Ria Formosa, na requalificação do acesso à Praia de Faro e na construção de um parque de estacionamento exterior à praia.
“Já investimos no âmbito do Polis Ria Formosa seis milhões de euros e serão investidos nos próximos meses oito milhões de euros nas dragagens, na requalificação do acesso à ilha de Faro e no parque de estacionamento que dá acesso à ilha de Faro”, anunciou Jorge Moreira da Silva aos jornalistas, durante o arranque de demolições na Ria Formosa.
Segundo o governante, as dragagens avançarão “muito rapidamente” e está “tudo preparado para que até ao final deste mês o caderno de encargos e o concurso possa ser desencadeado”, para a execução de dragagens nos concelhos de Faro e Olhão, investimento a ser realizado “até ao final de 2015”.
Profissionais da pesca têm reivindicado dragagem da Ria Formosa
A dragagem da Ria Formosa tem sido reivindicada por profissionais da pesca, autarquias algarvias e outros responsáveis políticos, tendo a Câmara de Faro aprovado recentemente uma moção a defender a sua realização prioritária e a requalificação dos acessos à praia de Faro.
Nesta semana, os deputados do PSD eleitos pelo Algarve questionaram o Governo acerca da execução do plano de dragagens da ria, que consideram uma ferramenta essencial para “recuperar o potencial produtivo”, assim como sobre a construção do parque de estacionamento periférico e a melhoria dos acessos à Praia de Faro.
Segundo Jorge Moreira da Silva, de fora dos planos da Sociedade Polis Ria Formosa fica, por enquanto, a construção de uma nova ponte de acesso à Praia de Faro, empreitada já com projecto executado e que poderá ser lançada, no futuro, através de outras fontes de financiamento.
“Não foi possível nesta fase, com este quadro comunitário, incluir a ponte na medida em que não se tratava de uma protecção costeira. No entanto, no quadro comunitário que está a ser concluído, procuraremos encontrar forma de também integrar a ponte de Faro”, referiu.
O ministro do Ambiente falava durante o arranque da operação de demolição de construções ilegais nos ilhotes da Ria Formosa, que começou ontem no ilhote do Ramalhete, onde será destruído um aglomerado de 23 construções.
Segue-se depois a demolição de casas de veraneio nos extremos da Praia de Faro, ao longo de 2015, e de construções nos núcleos dos Hangares e Farol, na Ilha da Culatra, até ao próximo verão.
De fora ficam, por enquanto, as casas de primeira habitação na Praia de faro, que só arrancarão quando estiver concluído o processo de realojamento dos habitantes, concluiu.
(Agência Lusa)