O Governo alemão anunciou hoje que está a preparar-se para proteger as empresas do risco de falência, devido aos impactos da pandemia do novo coronavírus, Covid-19.
“Queremos impedir que as empresas sejam forçadas a pedir falência, porque a ajuda prometida pelo governo não chegou a tempo”, devido a procedimentos administrativos, disse aos jornalistas a ministra da Justiça, Christine Lambrecht, citada pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Assim, a obrigação legal de declarar falência em caso de falta de liquidez poderá ser suspensa.
O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ronda as 164 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.
O epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) deslocou-se da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou no domingo 368 novas mortes e que regista 1.809 vítimas fatais.
O número de infetados em Itália, onde foi decretada quarentena em todas as regiões, é de quase 25 mil, praticamente metade dos cerca de 52 mil casos confirmados na Europa, que regista mais de 2.291 mortos.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos de infeção confirmados para 331, mais 86 do que os contabilizados no domingo.
De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado hoje às 12:30, há 2.908 casos suspeitos, dos quais 374 aguardam resultado laboratorial.
Segundo a DGS, há três casos recuperados.
O Governo declarou na sexta-feira o estado de alerta no país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão, e suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas a partir de segunda-feira, impondo restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.