“Foi sempre assim com os que ficam de fora reagindo negativamente, por não gostarem de terem sido preteridos”, recordando que “nenhum líder respeitou as listas do Algarve como Rui Rio o fez nas últimas legislativas, aceitando todos os nomes propostos pelos órgãos distritais”.
No entanto, “não pode é deixar de tirar as conclusões por se ver atraiçoado e levar facadas pelas costas daqueles em que depositou total confiança”, acrescentou.
“Acusam-no de não agregar, mas o líder do partido só agrega quem quer ser agregado e não faz sentido ele integrar nas listas aqueles que andaram a dar-lhe facadas nas costas”, sublinhou Francisco Amaral.
E disse ainda: “contrariamente ao que se possa pensar eu não tive nada a ver com a escolha dos nomes que integram a lista pelo Algarve”.
O presidente da câmara de Castro Marim é de opinião “que quem ganha ou perde as eleições não são os candidatos a deputados, mas é sobretudo o presidente do partido, e Rui Rio tem o perfil e competência de um líder para credibilizar a política e disputar as eleições com sucesso”.
Adiantou ainda que o afastamento de Cristóvão Norte teve a ver com o facto de Rui Rio ter perdido a confiança política no deputado “pelo seu alinhamento com Rangel e pelas posições críticas relativamente à liderança, mantendo, contudo, Ofélia Ramos e Rui Cristina como candidatos”.
Quanto à inclusão de Dinis Faísca, “constitui um justo reconhecimento pelo resultado obtido como candidato à câmara de Tavira duplicando o número de votos do PSD na últimas eleições locais, tendo perdido a autarquia tradicionalmente socialista por menos de um por cento de votos”.
O POSTAL tentou falar com Luís Gomes, o cabeça de lista que substituiu Cristóvão Norte, mas este encontrava-se indisponível até ao fecho desta notícia.