A costa algarvia foi sempre um alvo tentador. A sua defesa representava mais do que uma obrigação, era sobretudo uma questão de garantia de soberania.
“A fortaleza tem vários nomes: Santo António, Rato ou Ilha das Lebres, mas a missão foi sempre a mesma: proteger a foz do rio Gilão”, começa assim a publicação do National Geographic Portugal.
A mesma fonte explica que “a defesa da costa algarvia representou desde cedo uma preocupação para os monarcas portugueses. O Forte de Santo António, em Tavira, é um exemplo perfeito. A sua construção ocorreu no reinado de Dom Sebastião, por volta de 1571, com um objetivo claro de defender a entrada da barra e, paralelamente, a cidade de Tavira, dos ataques dos corsários”.
Giovanni Maria Benedetti é o autor do projeto que desenhou o forte com cinco baluartes: três voltados para o mar e dois para terra; uma praça de armas e um fosso que tinha a particularidade de ser lajeado. Porém, a fortificação nunca seria concluída, em virtude do assoreamento e do deslocamento da barra de Tavira para leste, o que a fez perder a sua validade geoestratégica.
Em 1654, com a Restauração da Independência, Dom João IV reiniciou os trabalhos de recuperação da fortificação. Neste período o forte deixou de ser denominado por Forte do Rato, como era conhecido até então, e passou a ser denominado por Forte de Santo António.
Entre os séculos XVII e XVIII efetuaram-se diversas remodelações no interior e exterior.
“Em 1788, o Forte de Santo António ganhou uma configuração já sem baluartes voltados para terra e com um conjunto de dependências que permitiam dar alojamento a uma guarnição de nove homens e duas peças de artilharia” retrata a National Geographic Portugal.
No final do século XVIII, o forte foi essencialmente utilizado como depósito de pólvora e o seu declínio ocorreu nas primeiras décadas do século XIX. Foi abandonado em 1830.