As músicas do mundo estão de volta à Zona Histórica de Loulé, com a realização da 11ª edição do Festival MED, nos próximos dias 26, 27 e 28 de Junho.
Integrado no roteiro dos festivais europeus de World Music, o evento alia à componente musical uma fusão de manifestações culturais que vão desde a pintura à gastronomia, passando pelo teatro ou artesanato.
Para o cartaz deste ano estão já confirmados oficialmente três nomes: a fadista Gisela João, a cantora e compositora galega Mercedes Peón e os colombianos Bomba Estéreo.
Dona de uma voz singular, Gisela João foi a grande revelação na área do fado em 2013 e vai estar no dia 28 de Junho, no Palco da Cerca para mostrar as razões pelos quais é um dos grandes nomes da nova vaga do Fado. A artista esteve no passado dia 26 de Fevereiro na apresentação do MED e manifestou o seu antigo desejo de subir ao palco deste Festival.
Da Galiza para Loulé, Mercedes Péon traz a ancestralidade das aldeias da sua terra natal, vestida de uma roupagem contemporânea e alternativa. A actuação está agendada para o dia 27 de Junho, no Palco da Cerca.
A energia e força em palco dos Bomba Estéreo, um dos nomes mais importantes da América Latina no actual panorama musical, vai incendiar o Palco da Matriz, para o encerramento do primeiro dia do MED (26 de Junho).
Participam 40 bandas de 16 eventos
Mais uma vez a qualidade artística é uma das grandes apostas da organização que acredita que “estes e os outros nomes poderão proporcionar experiências musicais únicas ao público”, segundo refere em comunicado de imprensa.
Este ano, terão lugar assegurado no cartaz do festival bandas representantes de países que, pela primeira vez, irão marcar presença no MED. No total, serão cerca de 40 as bandas que irão passar por esta edição do evento, representantes de 16 países.
O 11º Festival MED vai ser também apresentado no recinto da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, no dia 13 de Março, data em que o site oficial do Festival vai para o ar.
Para o presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo, o Festival MED “é um dos cartazes de referência do panorama da música em Portugal e é, ainda, uma marca de Loulé, responsável, nos últimos, por projectar no país e no estrangeiro o nome desta cidade”.
O autarca salientou ainda o facto de o MED decorrer “no casco histórico da cidade renovado”, já que neste momento estão a decorrer no local obras de reabilitação. Com os novos achados arqueológicos nos Banhos Islâmicos, o presidente da câmara acredita que esta “será mais uma peça de valorização para o Festival em si”.
“A Câmara de Loulé tem neste Festival uma referência cultural de primeira linha”, sublinhou ainda o edil, garantindo que “os grandes eventos que projectam a cidade de Loulé são para continuar e valorizar e infundir uma nova dinâmica”.
Investimento de cerca de 200 mil euros
Quanto ao impacto económico na actividade turística, Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve, falou do facto do Festival MED ser “um evento diferenciador”, uma mais-valia já que “os turistas que nos visitam também querem experiências diferentes e o MED encaixa perfeitamente aí”.
O investimento realizado nesta edição é semelhante à anterior – cerca de 200 mil euros – sendo que este ano, para além do alargamento a três dias (em vez dos dois dias de 2013), foi possível fazer uma poupança de custos em virtude do planeamento realizado que permitiu que o cartaz tivesse ficado fechado em Janeiro. “Posso garantir-vos que a qualidade do evento não irá baixar, antes pelo contrário, teremos um cartaz superior ao dos últimos anos”, sublinhou o presidente autarquia.
Refira-se que, ao longo de dez anos de existência, o Festival MED já trouxe a Loulé 324 bandas, em representação de 30 países.