Vinte anos depois da primeira edição, aquilo que muitos disseram impossível é hoje a maior feira de caça, pesca e do mundo rural do país.
É este sucesso que faz o contentamento do presidente da Federação de Caçadores do Algarve, Vítor Palmilha, que ao POSTAL recordou aquilo que muitos dos seus companheiros das lides da caça lhe disseram há duas décadas atrás, “uma feira da caça no Algarve, isso é impossível”.
Vinte anos depois, a realidade desmente os presságios da impossibilidade, com um certame que é “o maior do género no país” e que, no ano de comemoração de duas décadas de trabalho em prol dos caçadores, do sector cinegético e do mundo rural, vai contar com mais de 200 stands de exposição.
O palco da feira será novamente o Parque de Exposições de Tavira, entre amanhã e Domingo, e com um crescimento de 25% de área expositiva e um investimento total de perto de 180 mil euros, o certame promete fazer as delícias dos amantes da caça e do mundo rural.
António Zambujo e Íris no palco
Com o apoio “inestimável” da Câmara de Tavira, liderada por Jorge Botelho, e do trabalho da autarquia, de voluntários e do Regimento de Infantaria sediado na cidade do Gilão, a feira promete um programa de excepção (ver abaixo), com a animação a contar com dois grandes espectáculos que fazem subir ao palco António Zambujo e os Íris.
As novidades
Entre as novidades deste ano, Vítor Palmilha revelou ao POSTAL que a feira contará com a presença, pela primeira vez no Algarve, da Comissão Nacional de Homologação de Troféus de Caça Maior. Pelas 15 horas do dia 11, os caçadores poderão ver assim reconhecidos oficialmente os seus troféus de caça maior por juízes oficiais.
Pela primeira vez, também, o Algarve recebe uma prova de cães coelheiros (em parelha).
A feira mantém a vasta oferta em termos de gastronomia tradicional e recebe este ano a Rota dos Vinhos do Algarve, com provas de vinhos regionais.
A abertura do certame está a cargo de Jorge Botelho que, uma vez mais, dá apoio aos caçadores algarvios na concretização do maior evento da federação regional de caçadores, enquanto que o Governo se fará representar pelo secretário de Estado da Alimentação e da Investigação Agroalimentar.
As palavras que Vítor Palmilha dirigirá ao titular do Governo mantêm-se no segredo dos deuses, mas temas como a febra hemorrágica, problemática que dizima sem recuo a população nacional de coelho bravo, a diminuição drástica do efectivo de perdizes, apesar de todos os esforços, ou a efectivação do fundo da caça e da pesca, serão decerto temas abordados com Nuno Vieira e Brito.
A discutir as problemáticas da caça em Portugal estará também um painel de especialistas nacionais e espanhóis no colóquio que terá lugar no dia 12, último dia do certame.
Reforço da atractividade da feira
Ao POSTAL Vítor Palmilha afirmou estar convencido que este ano a feira ultrapassará largamente os 14 mil visitantes alcançados na última edição. “Temos mais, melhor e maior diversidade na oferta que a feira faz aos visitantes em termos de expositores”, confirma o responsável.
Uma vez mais a organização sublinha que a feira tem ofertas de interesse para todas as pessoas e idades, com motivos de atractividade para os mais pequenos, que podem ficar a conhecer mais de perto os animais de caça e selvagens e a sua importância para o equilíbrio do planeta, para os amantes do mundo rural e da gastronomia tradicional e para os fiéis praticantes da caça e da pesca.
Também o público espanhol se prevê que cresça este ano, depois de uma forte presença da feira nos media da Andaluzia, em particular de Huelva, ingredientes para garantir uma feira cosmopolita, e transversal em prol de um sector que no país, como na região, tem muito para oferecer.