A FAGAR, empresa municipal responsável pelo abastecimento de água, saneamento e resíduos sólidos do concelho de Faro vai enterrar grande parte dos contentores de lixo existentes no perímetro urbano de Faro.
Os tradicionais contentores do lixo serão substituídos por subtainers enterrados em toda a área compreendida entre a Doca e a Rua Aboim Ascensão e entre o Ria Mar e o entroncamento entre a Rua José de Matos e a Avenida Júlio de Almeida Carrapato. O projecto de enterramento de contentores abrange ainda toda a Avenida Calouste Gulbenkian e a Avenida 5 de Outubro.
As obras avançam nos próximos meses.
Substituídos vão ser 246 contentores à superfície por cerca de 70 subtainers enterrados de grande capacidade, num investimento total de cerca de meio milhão de euros. De acordo com Paulo Gouveia da Costa, presidente da Fagar, “deste valor 370 mil euros são oriundos de um empréstimo a cinco anos com condições de juros bonificadas no âmbito do fundo de requalificação urbana Jessica”.
Melhoria significativa na cidade
Para Rogério Bacalhau, em declarações ao POSTAL, “este projecto no qual a autarquia e a Fagar vêm trabalhando há bastante tempo representa uma significativa melhoria das condições de acondicionamento dos resíduos sólidos urbanos indiferenciados na cidade”.
“Ao nível da salubridade e dos odores, mas também na perspectiva da limpeza geral e da qualidade ambiental e visual este é um passo significativo que a cidade dá e constitui nessa perspectiva uma importante mais-valia para Faro”, refere o presidente da autarquia.
Qualidade ambiental, saúde pública e poupança
Paulo Gouveia da Costa realça, por seu turno, “a melhoria da qualidade ambiental da cidade, com o desaparecimento de odores e escorrências que podem acontecer nos contentores de superfície” e “uma assinalável mais-valia em termos de condições de saúde pública, uma vez que os contentores deixam de poder ser deixados a céu aberto ou acedidos por pessoas ou animais”.
Para a Fagar, acrescenta o responsável da empresa, “haverá uma poupança significativa em lavagem de contentores, uma vez que serão em menor número, e em combustível gasto na recolha, dada a maior capacidade destes equipamentos, com os consequentes impactos positivos ambientais ao nível das emissões de carbono”.
A importância destes impactos positivos na cidade e na qualidade de vida dos farenses e dos visitantes de Faro e, muito em particular, os impactos visuais e a grande dimensão e relevo do projecto, determinaram a escolha deste projecto em conjunto com mais cinco no país – de entre as centenas de candidatos ao Fundo Jessica – para ser assinado em sessão pública que decorreu ontem à tarde em Santarém.
A sessão pública conta com a presença do secretário de Estado do Desenvolvimento Regional e com David Santos na qualidade de presidente do Comité de Investimento do Fundo Jessica Portugal.