O presidente da Câmara de Faro entregou na passada quarta-feira as chaves de uma habitação na zona nascente da Praia de Faro, para alojamento permanente do pescador Marcelino Santos, único morador no ilhote da Cobra, pequena parcela de terra a nascente da Barrinha da Península do Ancão.
Recorde-se que a Sociedade Polis Litoral Ria Formosa lançou um concurso público para a requalificação e renaturalização dos ilhotes de Altura, Côco, Cobra, Ramalhete e Ratas e da Ilha Deserta, num investimento de cerca de 2,2 milhões de euros, que implicará a demolição de todo o tipo de estruturas ali edificadas.
Sendo a habitação de Marcelino Santos a única situada em território do concelho abrangida pela acção de renaturalização da Polis, “importava desde logo proceder ao realojamento do seu morador, com condições de dignidade, e, assegurando a proximidade com o mar de onde Marcelino, pescador de profissão, tira todo o seu sustento. Deve acrescentar-se que este é, de resto, o critério que este executivo defenderá sempre, em relação a matéria que venha no futuro a implicar o realojamento de famílias residentes em primeira habitação em qualquer área ribeirinha do concelho de Faro”, adianta a autarquia farense em nota de imprensa.
Ao atribuir esta casa, com contrato de arrendamento social, a “câmara exerce o seu dever de prestar um serviço de apoio aos munícipes que, como consequência de diferentes factores, apresentam carências relacionadas com a área da habitação. No cumprimento desta política, todo o processo de integração do Sr. Marcelino tem sido acompanhado de perto pela autarquia, designadamente através do seu Departamento de Acção Social e Educação, o que se manterá nos próximos tempos”, refere.