O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), em parceria com a Peace and Art Society (PAS), e a Biblioteca da Universidade do Algarve apresentam a exposição de artes plásticas, “Pela paz, contra as armas nucleares”, no hall da reitoria da UAlg, durante o mês de março.
A mostra começou a sua itinerância pelo Algarve, em fevereiro de 2020, em Aljezur, e foi interrompida por circunstâncias provocadas pela covid-19 até novembro de 2020, quando se realizou em Vila Real de Santo António.
“Setenta e cinco anos depois do holocausto de Hiroxima e Nagasaki, em 1945, com centenas de milhares de mortos e efeitos que até hoje perduram, o armamento nuclear continua a ser desenvolvido e hoje apenas um por cento das ogivas nucleares existentes chegaria para destruir a civilização humana”, recorda o Conselho Português para a Paz e Cooperação, acrescentando que “o desarmamento nuclear global é uma questão central na defesa da paz, para a sobrevivência da própria espécie humana e da manutenção da vida sobre a Terra como hoje a conhecemos”.
A questão do armamento nuclear está em “cima da mesa”, e o CPPC tem tido várias acções para promover a campanha pelo Tratado de Proibição de Armas Nucleares.
O Tratado de Proibição de Armas Nucleares foi lançado em Julho de 2017 pelos 122 Estados participantes na conferência das Nações Unidas realizada com o objetivo de negociar um instrumento juridicamente vinculativo para a proibição de armas nucleares, que conduza à sua total eliminação: com a ratificação das Honduras, no passado dia 24 outubro, atingiu-se a marca necessária para a entrada em vigor do Tratado.
O Conselho Português para a Paz e Cooperação saúda “a ratificação por 50 estados do Tratado de Proibição de Armas Nucleares, que dessa forma entrará em vigor em janeiro de 2021”.
“Este facto constitui uma significativa vitória dos que, em todo o mundo e também em Portugal, se batem há décadas pela interdição deste tipo de armamento. Ao mesmo tempo que aumenta a pressão sobre os restantes Estados para que, com a sua adesão plena ao tratado, contribuam para um mundo livre de armas nucleares”, salienta o conselho.
O CPPC tem em curso uma campanha para que também Portugal se junte ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares: “Pela adesão de Portugal ao Tratado de Proibição de Armas Nucleares – Defender a paz é defender a vida: Petição Pública”.