Quando se fala em muro, muitos são os que se recordam imediatamente do muro de Berlim. Foi um muro histórico, uma vez que dividiu a Alemanha em duas partes durante quase três décadas. Em Portugal também havia um muro, cuja história nada tem que ver com a do muro de Berlim, sem ser o facto de se tratar de um muro histórico, mas com 300 anos. Recentemente foi destruído e apanhou a população desprevenida. A Câmara Municipal já assumiu a falha.
No coração histórico de Évora, um muro do século XVIII foi demolido sem autorização do Instituto Público do Património Cultural (IPPC). Tudo se passou no início de novembro e a população foi apanhada de surpresa. A Câmara de Évora procedeu à demolição por risco de derrocada, mas afinal tratava-se de um muro com 300 anos, tal como avança a RFM.
A Câmara Municipal assume que houve uma “falha de comunicação” durante o processo e o presidente da autarquia, Carlos Pinto de Sá, reconheceu que “houve, de facto, uma falha dos serviços do município e, naturalmente, enquanto presidente da câmara, assumo essa situação”. Isto acontece porque o muro, embora pertencente ao século XVIII, foi avaliado por especialistas como desprovido de elementos históricos ou patrimoniais relevantes.
Carlos Pinto de Sá está, de momento, a analisar toda a situação junto do Instituto Público do Património Cultural (IPPC) e prometeu trabalhar em qualquer necessidade de reposição ou reparação com o proprietário, uma unidade hoteleira da Travessa da Palmeira.
Quanto à população, as opiniões dividem-se. Enquanto há quem refira que este muro “era um perigo para todos, ninguém quis saber até ser demolido”, há também quem tenha criticado este processo irregular.
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