A espécie Velella velella (Veleiro) tem aparecido na costa sudoeste de Portugal Continental e, à semelhança de anos anteriores, a sua ocorrência tem provocando algum alarmismo por ser confundida com a Physalis physalis (caravela-portuguesa).
Segundo informa o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) em comunicado, “ao contrário desta última espécie, a Veleiro é inofensiva, não havendo evidências de causar queimaduras e problemas de saúde”.
“Estas duas espécies Velella velella e Physalis physalis (caravela portuguesa) podem ser confundidas por apresentarem algumas semelhanças, sendo ambas de cor azulada e flutuando à superfície do mar, sendo frequentemente avistadas na nossa costa, nesta época do ano”, explica o IPMA.
No entanto, “apresentam importantes diferenças no flutuador, na Caravela-portuguesa o flutuador tem uma forma de balão e a Veleiro tem um flutuador em forma de vela triangular. Importa salientar que se trata de fenómenos naturais e sazonais motivados por condições oceanográficas e ambientais favoráveis à sua reprodução e consequente arrojamento até às praias”.
Recorde-se que a costa sudoeste compreende a costa atlântica entre São Torpes (concelho de Sines) e Burgau (concelho de Vila do Bispo), incluindo todo o litoral dos concelhos de Odemira e Aljezur.
Saiba quais são as diferenças entre as duas espécies:
– Physalia physalis (caravela-portuguesa): flutuador em forma de balão e, em geral, de maiores dimensões que a Veleiro. Os seus tentáculos podem chegar aos 30m de comprimento e são muito urticantes, capazes de provocar graves queimaduras e outros problemas em pessoas de saúde mais frágil. Deverá evitar o contacto com os tentáculos.
– Velella velella (veleiro): flutuador em forma de vela triangular achatada, de pequenas dimensões (1 a 7 cm) e tentáculos curtos. Na maioria dos casos não representa perigo para os banhistas, mas pode provocar alguma alergia ou irritação, sendo aconselhável evitar o contacto direto com os tentáculos.