Dez anos depois dos atentados de 11 de Março de 2004, Espanha recorda hoje as 191 vítimas mortais e os cerca de 1.900 feridos resultantes dos mais graves atentados terroristas de que o país foi vítima.
Na memória dos espanhóis, mas particularmente dos madrilenos, estão as imagens resultantes das dez explosões que deflagraram em vários locais da rede ferroviária da capital espanhola eram cerca das 8 horas da manhã.
À hora de ponta os engenhos explosivos afectaram quatro comboios nas proximidades das estações de Atocha, a Estação central da cidade, El Pozo e Santa Eugénia, todos as composições afectadas partiram da estação de Alcala de Henares nos arredores da cidade.
Os atentados, apesar de em Espanha serem uma realidade com que durante anos as populações se habituaram a viver, deixaram perplexo todo o país. Inicialmente atribuídos à ETA, os atentados viriam mais tarde a ser confirmados como tendo sido perpetrados por islamitas com ligações à Al-Qaeda.
Casa Real assiste às cerimónias que relembram os atentados
Hoje durante a manhã os reis Juan Carlos e Sofia de Espanha presidem às cerimónias de Estado que decorrerão na catedral Almudena, numa missa celebrada pelo cardeal arcebispo de Madrid, Antonio María Rouco Varela.
O líder do Governo, Mariano Rajoy, e outros membros do executivo, assim como representantes de instituições do Estado também participam nas cerimónias que reúnem, pela primeira vez desde 2007, todas as associações das vítimas.
Os atentados de 11 Março em Madrid estão na opinião de muitos especialistas em matéria de terrorismo relacionados com os atentados de 11 de Setembro de 2001, que atingiram o World Trade Center em Nova Iorque, e de 7 de Julho de 2005, em que foram alvos várias composições do metro e um autocarro em Londres.
(com Agência Lusa)