Os passageiros de voos provenientes de Portugal, com a exceção da Região Autónoma dos Açores, vão ter de apresentar um teste PCR negativo à chegada a um aeroporto em Espanha a partir de 23 de novembro próximo.
O Boletim Oficial do Estado espanhol (correspondente ao Diário da República em Portugal) publica hoje a lista de zonas e países considerados de risco com vista à entra por via aérea ou marítima em Espanha.
As agências de viagens, operadores turísticos e empresas de transporte aéreo ou marítimo e qualquer outro agente que venda bilhetes devem informar os passageiros no início do processo de venda dos bilhetes com destino a Espanha.
“Todos os passageiros provenientes de um país ou área em risco enumerada no Anexo II, que pretendam entrar em Espanha, devem fazer um Teste de Diagnóstico de Infeção Activa para a SRA-CoV-2 com um resultado negativo, efetuado nas 72 horas anteriores à chegada a Espanha”, segundo a norma publicada, que acrescenta a necessidade do documento estar escrito em espanhol e/ou inglês.
No caso dos países europeus e do espaço Schengen é seguido o mapa de risco elaborado pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças, que utiliza a taxa acumulada de notificação de casos covid-19 durante os últimos 14 dias, a taxa de resultados positivos e a taxa de testes.
Terão assim de apresentar um teste PCR realizado 72 horas antes da chegada a grande maioria dos Estados-membros da União Europeia, entre os quais “Portugal (exceto a região autónoma das Ilhas dos Açores)”, ficando de fora dessa lista a Finlândia, a Grécia e várias regiões da Noruega.
No que diz respeito aos países terceiros, a referência básica será superar a incidência acumulada de 150 infeções por 100.000 habitantes em 14 dias, complementada pelas capacidades implementadas, assim como está previsto no Regulamento Sanitário Internacional.
Nesta lista estão, por exemplo, países como Cabo Verde, os Estados Unidos da América ou o Reino Unido.
A Espanha registou na quarta-feira 19.096 novos casos de covid-19, elevando para mais de 1,4 milhões de pessoas o total de infetados no país desde o início da pandemia, segundo números divulgados pelo Ministério da Saúde espanhol.
As autoridades sanitárias também contabilizaram mais 349 mortes atribuídas à covid-19, tendo até agora havido mais de 40 mil óbitos.
O nível de incidência acumulada em Espanha estabilizou na quarta-feira nos 514 casos diagnosticados (menos 10 do que na terça-feira) por 100.000 habitantes nos últimos 14 dias, sendo as regiões com os níveis mais elevados a de Ceuta (1.071), Melilla (1.013), Aragão (948), Navarra (866), Castela e Leão (846), Rioja (799), País Basco (787) e Catalunha (642).
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,26 milhões de mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 3.103 em Portugal.
Na Europa, o maior número de vítimas mortais regista-se no Reino Unido (50.365 mortos, mais de 1,2 milhões de casos), seguindo-se Itália (42.953 mortos, mais de um milhão de casos), França (42.435 mortos, mais de 1,8 milhões de casos) e Espanha (40.105 mortos, mais de 1,4 milhões de casos).