O advogado de Joe Berardo, André Magalhães Luís Gomes, era administrador do BCP que estava a executar Joe Berardo, mas ao mesmo tempo, também era administrador da Fundação Berardo que estava a ser executado pelo BCP.
André Luís Gomes foi até 2018 membro do conselho de administração, membro da comissão de governo societário, ÉTICA e DEONTOLOGIA e membro da comissão de AVALIAÇÃO E RISCOS do BCP, um dos bancos prejudicados, para além da Caixa Geral de Depósitos e do Novo Banco. No cerne da questão estão empréstimos de 962 milhões de euros que estes três Bancos pedem na ação executiva ao empresário madeirense Joe Berardo.
Ao mesmo tempo, André Luís Gomes exercia funções na administração da FUNDAÇÃO BERARDO e na BACALHÔA SA, as envolvidas do lado devedor e que são as detentoras das garantias prestadas à banca.
O advogado esteve assim na administração de um banco que estava a executar o seu cliente ao mesmo tempo que pertenceu à administração da Fundação que estava a ser executada pelo banco, uma imagem considerada escandalosa para o estado da justiça em Portugal.
A pergunta legítima é: onde está a ÉTICA e onde andam as entidades responsáveis que sabem e assobiam para o lado?