O Encontro de Jovens Ativistas (EJA) da Amnistia Internacional será organizado, este ano, em formato online e tem como tema principal o impacto da Covid-19 nos direitos humanos.
“Vamos explorar esta questão do ponto de vista dos direitos económicos, sociais e culturais, da privacidade, do papel dos Estados e do papel que cada um de nós pode desempenhar, capacitando os jovens para serem defensores de direitos humanos nas suas escolas e nos locais onde vivem”, explica o diretor de Juventude e Educação para os Direitos Humanos da Amnistia Internacional Portugal, Matia Losego.
Organizado entre os dias 27 e 29 de novembro, o evento vai “ultrapassar os obstáculos da pandemia e continuar a ser um espaço de encontro”, esperando juntar até 80 jovens dos 15 aos 24 anos. Matia Losego indica ainda que, através de um “programa mais flexível e variado, constituído por muitas sessões paralelas, os participantes vão poder escolher o que fazer, de acordo com os seus interesses”.
O EJA, que se realiza desde 2000, é um espaço de partilha, aprendizagem e ativismo para jovens que queiram conhecer a Amnistia Internacional e envolver-se na defesa dos direitos humanos em todo o mundo. Desde então, já reuniu cerca de 1700 participantes e, no ano passado, juntou perto de 70, em Santa Maria da Feira. No entanto, devido à pandemia, a edição 2020 será totalmente online.
“A atual situação de saúde pública não podia impedir-nos de realizar um dos eventos mais importantes da Amnistia Internacional Portugal. O EJA é, para muitos, onde tudo começa e um chão comum, de partilha, debate e olhar para o futuro. Com esta iniciativa, pretendemos dar mais ferramentas para que os jovens tenham um papel fundamental na construção de uma sociedade melhor”, nota o diretor-executivo da Amnistia Internacional Portugal, Pedro A. Neto.
O mesmo responsável diz que “o EJA está sempre de portas abertas para promover o conhecimento e o debate construtivo, alicerçado em direitos humanos, ainda mais numa altura em que a polarização e os discursos de divisão continuam a estar presentes na esfera pública”. “É por isso que, mais do que nunca, o ativismo é necessário e a resposta à pandemia de COVID-19, em todo o mundo, relembrou-nos que é preciso agir em defesa dos grupos mais vulneráveis, da justiça e da igualdade”, conclui Pedro A. Neto.
As inscrições para o EJA 2020 podem ser feitas aqui.