A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) apresentou ontem, quinta-feira, aos empresários do sector afectados pelo temporal de 1 de Novembro em Albufeira, que provocou prejuízos de 14 milhões de euros, apoios financeiros com condições especiais.
Entre os benefícios está a garantia de prazos de resposta mais rápidos aos pedidos de financiamento, esclareceu o responsável da associação Pedro Carvalho, observando que a associação conseguiu ainda que fosse concedida isenção por um semestre da taxa aplicada a estabelecimentos que usam música gravada.
“Os benefícios que aqui apresentámos foram vários, (…) nomeadamente uma linha específica para o sector da hotelaria e restauração, a linha de apoio à qualificação de oferta, uma linha do Turismo de Portugal protocolada com a banca”, explicou à Lusa Pedro Carvalho da AHRESP.
Na apresentação, dedicada aos empresários do sector da hotelaria e restauração, a associação foi questionada também sobre a possibilidade de conseguir condições especiais para os empresários cujas empresas são de outro sector.
Pedro Carvalho adiantou que a associação e outras entidades, como a autarquia e a Associação Empresarial da Região do Algarve (NERA), vão tentar sensibilizar o Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) para tentar adaptar programas para apoio a PME.
Bancos e seguradoras estão a criar produtos para apoiar empresários afectados
No final da sessão, o presidente da Câmara de Albufeira, Carlos Silva e Sousa, afirmou que existem outras entidades bancárias e seguradoras que estão a criar produtos específicos para apoiar os empresários afectados pelas últimas cheias.
Actualmente, estão activos um fundo de emergência destinado à recuperação das infra-estruturas municipais e públicas, um fundo de socorro social para auxiliar pessoas que tenham ficado desalojadas ou que careçam de apoio por falta de meios próprios e uma conta de emergência que suporta as despesas não assumidas pelas entidades, como é o caso de apólices de seguro que não cobrem o risco de inundação ou para pessoas que não tinham bens segurados.
Carlos Silva e Sousa adiantou que o município criou uma equipa multidisciplinar que está a ajudar as pessoas afectadas a elaborarem os seus pedidos de apoio, isentou os empresários de taxas de ocupação de via pública até meados de Fevereiro e deliberou a isenção do pagamento dos consumos de água, que aumentaram face aos trabalhos de limpeza e recuperação de estabelecimentos e habitações.
“Neste momento, a nossa preocupação não é cobrar taxas”, vincou, acrescentando que a prioridade da autarquia está na reabertura rápida dos estabelecimentos afectados.
Além dos prejuízos registados, a autarquia vai ter de fazer face aos danos existentes em quase todo o território do concelho, como por exemplo na zona da Oura, nas praias de Santa Eulália e Maria Luísa, Paderne e em várias linhas de água.
(Agência Lusa)