Cientistas estão a desenvolver, em laboratório, carne de frango a partir de células animais.
Segundo a empresa que tenciona colocá-la no mercado em breve, trata-se de uma carne que não é geneticamente modificada.
Segundo a TVI 24, “uma empresa norte-americana do ramo alimentar anunciou que está a produzir esta carne de forma sustentável e sem sacrificar qualquer vida animal, através da multiplicação, em laboratório, de células animais. Uma carne que assume muitas definições: ‘sintética’, ‘celular’, ‘in vitro’, “cultivada em laboratório” ou “’limpa’”.
Segundo revela a Just, citada pela BBC, são necessários dois dias para produzir, por exemplo, um nugget de frango, num pequeno reactor biológico, em que é usada uma proteína para estimular a multiplicação das células. Apesar de processada em laboratório, a empresa garante que não se trata de carne geneticamente modificada, além de não necessitar de antibióticos para que se desenvolva mais rápido.
A Just pretende colocar esta carne no mercado o mais breve possível, depois de um longo processo de investigação, que foi divulgado em Junho do ano passado. E não apenas no mercado norte-americano, uma vez que foram estabelecidos contactos com companhias do ramo alimentar na América do Sul, Sudeste Asiático e Europa, de modo a alcançar a produção em massa e assim baixar os custos.
Na Just, startup americana, trabalha um português, Vítor Espírito Santo, natural de Braga, que se dedica à produção de “carne celular”, produto que garante ser sustentável e livre de sofrimento animal.
Mas, segundo a TVI 24, a Just não é a única empresa a apostar nesta carne tecnológica, que está a atrair investidores de peso, como os multimilionários Bill Gates e Richard Branson, que investiram numa outra companhia, de tecnologia alimentar, a Memphis Meat.