A Lua vai estar na sexta-feira ‘mergulhada’ na sombra da Terra, mas Portugal apenas vai ‘apanhar’ o fenómeno a meio porque a Lua nasce numa altura em que já está a decorrer a totalidade do eclipse.
Durante o eclipse, a Lua terá uma tonalidade vermelha nalguns pontos em resultado da luz projectada pelo Sol. O eclipse lunar total, que terá uma duração de cerca de uma hora e 45 minutos, será visível a partir da Austrália, Antártida, Ásia, África, Médio Oriente, Europa, América do Sul, sul do Oceano Pacífico, oceano Índico e oceano Atlântico.
Em Portugal, a Lua nasce às 20.47 (hora de Lisboa) e o meio do eclipse acontece às 21.22. O pôr-do-sol ocorre às 20.52.
Para o eclipse ser observável, o céu tem de estar limpo e a linha de horizonte, a nascente, desimpedida, sem árvores ou prédios, disse à Lusa o director do Observatório Astronómico de Lisboa, Rui Agostinho.
Por definição, o eclipse total da Lua é um fenómeno que ocorre quando a Terra se encontra entre o Sol e a Lua, “de forma a projectar a sua sombra na Lua, e a Lua atravessa completamente a sombra da Terra”.
O eclipse lunar acontece quando coincidem a fase de Lua cheia e a passagem da Lua pelo seu nodo orbital.
Em regra, ocorrem dois eclipses do Sol e da Lua por ano. Em 2018, houve um primeiro eclipse total da Lua em 31 de Janeiro, mas não foi visível na Europa Ocidental. O de sexta-feira é o maior até 2100 em termos de duração, segundo Rui Agostinho.
O Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço promove uma sessão de observação no terraço do Teatro Romano, em Lisboa.