A E-REDES e a Portuguese Women in Tech (PWIT) lançaram esta terça-feira uma campanha para inspirar e motivar futuras mulheres dos 10 aos 18 anos a seguirem carreiras nas áreas das tecnologias e engenharias.
O evento, que decorreu no Museu da Eletricidade, contou com a participação de várias profissionais do sector e com a Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro.
O projeto Future Portuguese Women in Tech Powered by E-REDES pretende contribuir para “um maior equilíbrio de género nas áreas tecnológicas, num horizonte de 10 anos. Daí a aposta na divulgação junto das escolas e numa faixa etária que pode fazer a diferença”, explica a E-REDES em comunicado.
Esta iniciativa será assim, divulgada em 800 agrupamentos escolares, de todo o país. A campanha de sensibilização inclui uma série de 25 vídeos, protagonizada por mulheres com carreiras nestas áreas, 10 das quais técnicas e engenheiras da E-REDES, que vão atuar como role models.
Será ainda disponibilizado um programa completo de conteúdos pedagógicos, às escolas. Professores e orientadores do segundo e terceiro ciclos, assim como do ensino secundário, terão assim acesso a ferramentas de trabalho para serem utilizadas em contexto de sala de aula, incluindo material de comunicação e exercícios práticos.
Nos últimos 5 anos, a E-REDES contratou 90 mulheres, das quais cerca de metade são formadas em engenharias, mas a empresa quer ir mais além, atraindo e recrutando mais, razão pela qual se associou a esta parceria.
“Esta iniciativa insere-se no compromisso de promoção de medidas que fomentam a diversidade de género e reflete a constante preocupação da E-REDES em incorporar na sua estratégia de gestão princípios de igualdade. Integrar mais mulheres nas equipas e na liderança contribuirá para o desenvolvimento de uma cultura inclusiva, diversa e socialmente responsável”, afirma José Ferrari Careto, presidente da E-REDES.
“Com a Future PWIT, pretendemos inspirar jovens por todo o país com ferramentas diversas e histórias de quem escolheu a tecnologia como carreira. Se esta iniciativa fizer com que um número significativo de alunas e alunos equacionem esta área para o seu futuro laboral, o nosso objetivo estará, em parte, cumprido. Para além de termos impacto nas gerações mais novas, a nossa grande expectativa é conseguir uma mobilização da comunidade em geral, com especial enfoque em pais e professores. Acreditamos que uma mudança de perceção é alcançável, mas tal só é possível trabalhando com as gerações que serão a futura força de trabalho”, sublinha Inês Santos Silva, cofundadora da comunidade Portuguese Women in Tech.
Segundo dados do Eurostat, em Portugal, apenas 14,4% dos profissionais na área de Tecnologias de Informação é mulher, número que está abaixo da média europeia. Também de acordo com o Global Gender Gap Report 2020, do Fórum Económico Mundial, o fosso económico entre homens e mulheres tem aumentado, sendo uma das causas o número reduzido de mulheres que ocupa posições em tecnologia, área que tem assistido a um crescimento substancial. Estes dados vão ao encontro das conclusões retiradas doestudo “Pioneers”, o primeiro retrato sobre mulheres em tecnologia em Portugal.