O Algarve vai receber cerca de duas mil caixas-ninho, que serão vigiadas pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
A iniciativa venceu o Orçamento Participativo Nacional de 2018 e resulta de uma colaboração entre a Associação Vita Nativa, sediada em Olhão, e o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Começou a ganhar asas no final do mês de julho e tem assinatura do protocolo de colaboração com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, propondo um alojamento local para aves que estão ameaçadas.
Este “é um projeto com a duração de dois anos e que está a decorrer em todo os Municípios do Algarve. Ao longo dos próximos meses iremos instalar caixas-ninho para pequenas espécies de passeriformes, como os chapins, e para espécies de rapina de pequena e média dimensão, como o mocho-galego, a coruja-das-torres e o peneireiro-vulgar”, afirma a Associação Vita Nativa.
Ao CM, João Tomás, um dos responsáveis pelo projeto, afirma que “a maioria das aves depende de cavidades para se fixarem e reproduzirem e, com as alterações que têm havido nos habitats, isso está a desaparecer”.
Com a implementação das caixas-ninho, será possível “ajudar a fomentar o interesse e a proporcionar um contato mais direto da sociedade em relação às aves. E por outro, com um maior número de locais de reprodução disponíveis estaremos também a promover a fixação de mais aves em meio urbano e a contribuir para um maior equilíbrio dos ecossistemas. Isto porque as espécies que queremos beneficiar são conhecidas por serem excelentes amigas no controlo de pragas biológicas (por exemplo: A lagarta-do-pinheiro e os micromamíferos)”.
As ações a realizar são, segundo a associação, a instalação de caixas-ninho, monitorização da utilização das mesmas, com transmissão online em direto de alguns ninhos ocupados, atividades de sensibilização e educação ambiental com escolas e outras entidades e ainda workshops de construção de caixas-ninho.
Conclui a Associação Vita Nativa que o objetivo passa por envolver “a população em geral e os diversos agentes locais e regionais do Algarve, como as autarquias, entidades turísticas, agricultores, produtores florestais, escolas [entre] outros”.
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