Se hoje se pode falar em 12 anos de rastreio sustentado do cancro da mama no Algarve, esta realidade deve-se à luta de um homem e médico de inabalável convicção e incontestável vontade de pôr travão a um dos flagelos que mais assedia as mulheres, Santos Pereira.
O nome incontornável da medicina no Algarve e do combate ao cancro da mama na região, fundou a Associação Oncológica do Algarve em 1994 e deu a partir de 2005 corpo ao sistema de rastreio do cancro da mama no Algarve.
A luta já vai na sexta ‘volta ao Algarve’ para fazer frente a este flagelo e é a este homem e à incansável equipa de mulheres e homens que se lhe juntou ao longo dos anos que centenas de mulheres algarvias devem a vida pelo diagnóstico precoce do cancro da mama.
Concelho a concelho, num percurso permanente à descoberta do inimigo número um das mulheres no que respeita a neoplasias malignas, a unidade móvel de rastreio da Associação Oncológica do Algarve é a ponta-de-lança que faz do combate ao cancro da mama uma luta um pouco menos desigual entre a doença e as pacientes.
Falecido este ano, Santos Pereira foi distinguido com o a Medalha de Mérito da Saúde, Grau Ouro, pelo Ministério da Saúde e viu assim, uma vez mais, reconhecido publicamente o mérito que as mulheres algarvias e os algarvios em geral já lhe reconheciam há muito.
Na luta infindável contra o flagelo do cancro da mama, Santos Pereira e a sua acção enquanto médico e enquanto dirigente da AOA são os melhores exemplos de um verdadeiro serviço público prestado a milhares de mulheres espalhadas pelas terras algarvias.
(Cátia Marcelino / Henrique Dias Freire)