O Morgado do Quintão, a emblemática adega Algarvia, associa-se ao Chef João Rodrigues, do restaurante Feitoria em Lisboa (uma estrela Michelin), para um evento pop-up único, integrado no Projecto Matéria, um projeto sem fins lucrativos, cujo objetivo é promover produtores nacionais com boas práticas agrícolas e respeito pela natureza, como elementos fundamentais da cultura portuguesa. Nos dias 27 e 28 de Junho, o “Dia no Produtor” levará 60 convidados para jantares inigualáveis nas salinas algarvias de Castro Marim.
Aliando-se a Aitor Arregi – chef do 30º melhor restaurante do mundo, o Elkano, localizado no País Basco -, Rodrigues vai criar um menu inspirado em ingredientes sazonais do Algarve, que será harmonizado exclusivamente com os vinhos premiados do Morgado do Quintão criados por Joana Maçanita, e servidos pelo Sommelier do Feitoria, André Figuinha.
O ‘Dia no Produtor’ realiza-se na Salmarim, o projeto de flor-de-sal de Jorge Raiado, no Sotavento Algarvio. O evento marca a segunda edição destas experiências únicas do chef João Rodrigues, abertas ao público. A primeira edição realizou-se na Herdade de S. Luís, em Montemor-o-Novo, no Alentejo, em maio de 2021 e centrou-se nos produtos da terra, na carne de porco e na cozinha no chão.
OS VINHOS
Os vinhos que serão servidos em exclusivo no evento são talvez os mais genuínos representantes do perfil algarvio. Vinhos que são produto do ato único de preservação e proteção do património algarvio do Morgado do Quintão, e a resposta das vinhas antigas à vinificação tradicional.
O Algarve é onde os fenícios trouxeram pela primeira vez castas antigas e técnicas de vinificação para a Península Ibérica, por volta de 2000 AC. Hoje, a dedicação do Morgado do Quintão à revitalização das castas autóctones, como a Negra Mole e o Crato Branco, e métodos antigos, incluindo o envelhecimento dos vinhos em ânforas de barro, é a sua forma de compreender e destacar a complexidade da região algarvia.
Cultivando vinhas velhas e recuperando castas autóctones através de baixa intervenção, em regime biológico, Filipe Caldas de Vasconcellos, que pertence à quinta geração de guardiões da propriedade, e a sua equipa (liderada por Joana Maçanita, uma figura de destaque e uma das mais inovadoras e conceituadas enólogas de Portugal) dão importância ao que já foi e o que deveria ser, em cada garrafa.
Numa missão para abraçar o meio ambiente rico e diversificado da região, os vinhos que vão estar à mesa nas salinas no “Dia no Produtor” são pioneiros no seu contributo para a longevidade do vinho algarvio, vêm mudar paradigmas, repensar preconceitos e mudar perspetivas, trabalhando para recuperar o reconhecimento dos vinhos da região e do seu futuro, tanto em Portugal como além-fronteiras.