O dia dos cancros da pele assinala-se hoje com rastreios gratuitos a decorrer em 44 serviços de dermatologia do país, uma iniciativa que pretende alertar para a importância de combater e prevenir esta doença.
De acordo com a Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC), responsável pela organização nacional de rastreio do cancro de pele, há já vários anos, estima-se que este ano o rastreio possa chegar a cerca de duas mil pessoas.
Desde 2000, há a dedicação de um dia à mensagem do auto-exame e do diagnóstico precoce de vários tipos de cancro de pele, afirmou Osvaldo Correia, secretário-geral da APCC.
Em 2015, este rastreio permitiu detectar 77 suspeitas de cancro e 112 sinais potencialmente cancerígenos.
“Queremos que as pessoas percebam que não existe um cancro de pele, existem vários cancros de pele e que conheçam as várias fases que um cancro pode ter, para fazerem o auto-exame”, sublinhou.
Rastreio é dirigido a pessoas de risco
O rastreio é dirigido principalmente a pessoas de risco, que inclui pessoas de pele clara, adultos que sofreram queimaduras solares quando jovens, pessoas expostas ao sol, desde trabalhadores a desportistas, com antecedentes familiares de cancro de pele ou com sinais suspeitos.
Além dos rastreios que decorrem hoje no país, nos dias 13 e 14 de Maio vão decorrer acções de formação sobre cancro de pele para profissionais de saúde e educação, dirigidos em particular a pessoas de risco.
A iniciativa tem o patrocínio científico da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia e da Direcção Geral de Saúde e está integrada numa campanha europeia do Grupo Euromelanoma da Academia Europeia de Dermatologia.
Neste mês de Maio, em 34 países da Europa é dedicado um dia ao alerta e luta contra os Cancros da Pele.
A incidência dos vários tipos de cancros da pele tem vindo a aumentar em todo o Mundo, estimando-se que em Portugal, em 2016, serão diagnosticados mais de 12.000 novos casos de cancros da pele e cerca de 1.000 serão novos casos de melanoma.
Os cancros da pele mais frequentes são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.
(Agência Lusa)