A Direção-Geral de Saúde afirmou que quem teve contacto de alto risco, muito próximo e por mais de 15 minutos com alguém infetado com o novo coronavírus vai deixar de ser, necessariamente, submetido à análise para determinar se foi contagiado.
Esta indicação para não testar a generalidade das pessoas mais próximas de um caso positivo consta de uma norma da DGS e está a provocar algumas críticas, uma vez que esta pode ser uma forma do país baixar os casos de covid-19 e, deste modo, melhorar a ‘imagem’ do país, avança o Expresso.
No centro da discórdia e polémica, está o ponto 19 da norma sobre o “rastreio de contactos”. Diz o articulado que fazer o teste de diagnóstico aos contactos de alto risco fica ao critério das autoridades de Saúde e é especialmente reservado para infeções em surtos, aglomerados ou coabitantes. No entanto, terá de ser cumprido isolamento profilático de 14 dias.
Contudo, o problema está no facto de não serem identificadas as pessoas que privaram com o contacto de alto risco e que podem também estar infetadas. Assim sendo, só serão sujeitas a teste se vierem a ter sintomas.
Esta medida vai, certamente, identificar menos casos covid-19 e poderá dar a sensação de um cenário mais positivo e até de alguma falsa segurança.
Portugal regista hoje mais duas mortes e 238 novos casos de infeção por covid-19 em relação a sexta-feira, segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS).
De acordo com o relatório da situação epidemiológica da DGS, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 51.310 casos de infeção confirmados e 1.737 mortes.