A dieta mediterrânica, reconhecida pela UNESCO como património imaterial da humanidade, está a ser encarada como “uma ferramenta importante” para criar um futuro promissor para o interior do Algarve, o que hoje é discutido na universidade local.
O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Amândio Torres, enfatizou, na abertura do encontro, a importância de criar um “círculo virtuoso” que permita pegar nos saberes tradicionais e dar-lhes mais valor e mais sucesso no mercado.
“É preciso produzir, transformar os produtos para os vender melhor”, associando depois a parte da comercialização e marketing, considerou, sublinhando que a dieta mediterrânica não pode ser vista exclusivamente pela componente gastronómica.
Ao longo de dois dias, o 5.º Seminário da Dieta Mediterrânica conta com intervenções de empresários, investigadores universitários, políticos, agentes do sector turístico, produtores e associações.
O presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve, Jorge Botelho, apontou que a dieta mediterrânica é trabalhada na região em vários sectores e disse acreditar que tem potencial para dar nova pujança à economia do interior algarvio.
O investigador da Universidade do Algarve, António Covas, considera que a dieta mediterrânica pode ser o mote para um futuro promissor para o mundo rural algarvio, mas vincou a necessidade de encontrar o equilíbrio entre a tradição e a inovação, entre a identidade regional, a cultura e tradições e o turismo.
O seminário decorre na Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade do Algarve, em Faro, até sexta-feira.
(Agência Lusa)