O número de desempregados inscritos nos centros de emprego em Portugal baixou 8,8% em Setembro face ao mesmo mês de 2015, para 491.107 pessoas, e recuou 1,5% face a Agosto, divulgou hoje o IEFP.
De acordo com os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o decréscimo mensal de 1,5% do desemprego em Setembro é o maior recuo verificado neste mês do ano desde que há registo, em 1989.
A descida homóloga de 8,8% em Setembro equivale a menos 47.606 desempregados, enquanto face ao mês anterior estavam registadas menos 7.656 pessoas.
Face ao mês homólogo de 2015, em Setembro o número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu em ambos os sexos, mas a queda foi mais significativa nos homens, com uma descida de 10,2%, enquanto nas mulheres a redução foi de 7,7%.
Quanto ao grupo etário, quer os jovens (menos de 25 anos), quer os adultos apresentaram uma descida homóloga do número de inscritos, de 11,8% e de 8,4%, respectivamente.
No que respeita ao tempo de inscrição, os desempregados inscritos há menos de um ano diminuíram 7,9% em relação a Setembro de 2015, e os desempregados de longa duração, isto é, com tempo de inscrição igual ou superior a um ano, recuaram 9,8%.
Desemprego diminuiu em todas as regiões, com excepção do Algarve
O número dos desempregados que procuravam um novo emprego diminuiu também face ao mês homólogo de 2015 (-8,8%) bem como aqueles que procuravam o primeiro emprego (-9,2%).
“A descida anual do desemprego fez-se sentir em todos os níveis de instrução. O decréscimo percentual mais elevado verificou-se no primeiro ciclo do ensino básico com -12,8% face ao mês homólogo de 2015”, refere o IEFP.
A nível regional, comparando com o mês de Setembro de 2015, o desemprego diminuiu em todas as regiões do país, com o valor mais elevado na região do Algarve (-18,4%).
Em relação ao mês anterior, o desemprego diminuiu também em todas as regiões, com excepção do Algarve, onde aumentou 6,5% face a Agosto.
As colocações realizadas durante o mês de Setembro de 2016 totalizaram as 7.925 em todo o país, número inferior ao de igual período de 2015 (-32,6%, com menos 3.832 colocações) e superior ao do mês anterior (+11,0%, com mais 783 colocações).
A análise das colocações por grupos de profissões, segundo o IEFP, mostra uma maior concentração nos trabalhadores não qualificados (46,0%), nos trabalhadores dos serviços pessoais, de protecção e segurança e vendedores (16,4%) e nos trabalhadores qualificados da indústria, construção e artífices (11,5%).
(Agência Lusa)