Astrónomos descobriram o quasar mais brilhante, que dista da Terra mais de 12 mil milhões de anos-luz, anunciou esta segunda-feira o Observatório Europeu do Sul (OES), que opera o telescópio que permitiu a descoberta.
Os quasares são núcleos brilhantes de galáxias distantes, formados por buracos negros (corpos densos e escuros inferidos pela atração gravitacional que exercem sobre a matéria) com massas colossais.
O buraco negro do quasar ‘J0529-4351’ está a crescer em massa o equivalente a um Sol por dia, “o que faz dele o buraco negro com o crescimento mais rápido descoberto até à data”, adianta em comunicado o OES, que opera o telescópio VLT, no Chile, na origem da descoberta, divulgada na revista da especialidade Nature Astronomy.
Segundo o OES, “os buracos negros que alimentam os quasares retiram matéria do meio que os rodeia por um processo tão energético que faz com que o objeto emita enormes quantidades de luz”.
“É por isso que os quasares são dos objetos mais brilhantes do céu, sendo que mesmo os mais distantes são visíveis a partir da Terra”, salienta o comunicado.
No caso do quasar ‘J0529-4351’, a sua luz demorou mais de 12 mil milhões de anos a chegar até à Terra.
O OES, organização astronómica da qual Portugal faz parte, acrescenta que a matéria que está a ser puxada em direção ao buraco negro, sob a forma de um disco, emite tanta energia que faz com que o quasar ‘J0529-4351’ seja mais de 500 mil milhões de vezes mais luminoso do que o Sol.
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