Portugal contabiliza hoje mais quatro mortos relacionados com a covid-19 e 425 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia Portugal já registou 1.957 mortes e 74.029 casos de infeção, estando hoje ativos 24.188 casos, mais 184 do que no dia anterior.
A DGS indica que das quatro mortes registadas, três ocorreram na região Norte e uma em Lisboa e Vale do Tejo, onde também se verifica o maior número de infeções.
O número de internamentos hospitalares voltou a subir nas últimas 24 horas, registando-se mais 24 pessoas, num total de 659 doentes internados com covid-19, assim como os doentes colocados nas unidades de cuidados intensivos, que segundo os últimos dados são agora 98 (mais nove).
O boletim refere ainda que as autoridades de saúde têm em vigilância 44.171 contactos, menos 103 em relação a domingo, e que foram dados como recuperados nas últimas 24 horas 237 doentes.
Desde o início da pandemia em Portugal já recuperaram da doença 47.884 pessoas.
Número de novos casos é o mais baixo dos últimos 20 dias (desde 8 de setembro, em que houve 388 casos), sendo que também a 15 de setembro se registaram 425 casos
– Expresso
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 188 novos casos de infeção, contabilizando 37.816 casos e 754 mortes.
A região Norte regista hoje mais 168 novos casos de covid-19, totalizando 26.575 e 884 mortos desde o início da pandemia em março.
Na região Centro registaram-se mais 43 casos, contabilizando no total 6.060 infeções e 262 mortos.
No Alentejo foram registados mais sete casos de covid-19, totalizando 1.494 casos, mantendo-se os 23 mortos anteriormente registados.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 19 casos de infeção, somando 1.600 casos e mantém os 19 mortos já anteriormente contabilizados.
Na Região Autónoma dos Açores não foi registado qualquer novo caso nas últimas 24 horas, somando 267 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia.
A Madeira também não registou novos casos, mantendo-se as 217 infeções e sem óbitos até hoje.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções, com um destaque para a faixa entre os 30 e os 49.
Globalmente, o novo coronavírus já infetou em Portugal pelo menos 33.553 homens e 40.476 mulheres, de acordo com os casos declarados.
Do total de vítimas mortais, 985 eram homens e 972 mulheres.
O maior número de óbitos continua a concentrar-se nas pessoas com mais de 80 anos.
O boletim de hoje divulga o número de casos por concelhos, sendo Lisboa o que continua a apresenta mais infeções (6.517), seguido de Sintra (5.441), Loures (3.092) e Amadora (3.038) e Vila Nova de Gaia (2.275).
O concelho de Odivelas regista 2.209 infeções por covid-19, Cascais tem 2.036, o Porto 1.802, Oeiras 1.725, Vila Franca de Xira 1.630 e Matosinhos 1.538.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão de mortos e mais de 33,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Monchique e Vila do Bispo sem qualquer caso ativo
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados, até esta terça-feira, elevava-se a 1426 (DGS apresenta hoje 1.600), com 21 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 19).
À data de terça-feira, dia 22, a região do Algarve apresentava 401 casos ativos de doentes com Covid-19 e 1004 recuperados.
Os quatro concelhos com mais casos ativos são:
ALBUFEIRA com 74 (18% do total),
LOULÉ com 69 (17%),
LAGOS com 55 (14%),
Vila Real de Santo António com 44 (11%).
Os concelhos algarvios com menos de dez casos ativos são agora apenas: Aljezur com 3 e Alcoutim com 1.
Os concelhos de Monchique e Vila do Bispo já não registam casos ativos.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
Algarve tem 11 doentes internados com quatro deles nos cuidados intensivos
Até às 23:59 de quinta-feira, dia 24, o Algarve tinha 11 doentes internados, dos quais quatro estão nos cuidados intensivos, informou a Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Faro, esta sexta-feira.
São agora referidos 1510 casos Covid-19 confirmados, dos quais já 450 ativos.
O número de altas é de 112 e o número cumulativo de doentes recuperados é agora de 1039, o que representa 68,81%.
Encontram-se em vigilância ativa 1189 pessoas e há a lamentar 21 óbitos.
– VER QUADRO SUPERIOR
O comunicado da CDPC refere ainda que “desde dia 5 de agosto, realizaram-se 229 visitas de acompanhamento, através de técnicos da saúde, segurança social e proteção civil, em todos os municípios da Região do Algarve, com o
objetivo de apoiar as Instituições na implementação das medidas adequadas, num carácter preventivo e pedagógico, que visem dirimir o risco de infeção por COVID-19. Albufeira (20), Alcoutim (6), Aljezur (2), Castro Marim (3), Faro (30), Lagos (21), Lagoa (7), Loulé (44), Monchique (5), Olhão (11), Portimão (26), São Brás de Alportel (8), Silves (6), Tavira (28), Vila do Bispo (6) e Vila Real de
Santo António (6)”.
O comunicado refere ainda que foi “ampliada a capacidade de receção de corpos, nas morgues das Unidades Hospitalares de Faro e de Portimão do CHUA”.
Todas as autarquias com responsabilidades na gestão dos cemitérios isentaram, de taxas municipais, os funerais sociais, de forma a agilizar os procedimentos e desbloquear os processos para assegurar uma maior capacidade das morgues.
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Mais de um milhão de mortos e 33,1 milhões de casos em todo o mundo
A pandemia do novo coronavírus já causou pelo menos 1.002.036 mortos em todo o mundo desde que a doença foi conhecida em dezembro na China e até às 11:00 TMG (12:00 em Lisboa), indica um balanço da AFP.
Mais de 33.162.930 casos de infeção foram registados no mesmo período e pelo menos 22.752.300 pessoas foram consideradas curadas, segundo a agência France Presse.
Nas últimas 24 horas registaram-se 3.696 novas mortes e mais 251.452 infetados em todo o mundo. Os países que registaram mais mortes no último dia foram a Índia (1.039), o Brasil (335) e os Estados Unidos (257).
Os Estados Unidos são o país mais afetado pela covid-19, tanto em número de mortos como de casos, com um total de 204.762 mortos entre 7.116.456 casos, segundo o balanço da universidade Johns Hopkins. Pelo menos 2.766.280 pessoas foram declaradas curadas.
Depois dos Estados Unidos, os países mais enlutados são o Brasil com 141.741 mortos em 4.732.309 casos, a Índia com 95.542 mortos (6.074.702 casos), o México com 76.430 mortes (730.317 infetados) e o Reino Unido com 41.988 mortes (434.969 casos).
Entre os países mais afetados, o Peru é o que conta com mais mortos em relação à sua população, 98 por cada 100.000 habitantes, seguido da Bélgica (86), Bolívia (67), Espanha (67) e Brasil (67).
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau) declarou um total de 85.372 casos (21 nas últimas 24 horas), incluindo 4.634 mortos (0 no último dia), e 80.553 curas.
A América Latina e as Caraíbas totalizavam hoje às 11:00 TMG 341.616 mortos em 9.210.942 casos, a Europa 230.135 mortes (5.293.625 infetados), os Estados Unidos e o Canadá 214.069 mortos (7.269.515 casos), a Ásia 135.485 mortos (7.958.712 infetados), o Médio Oriente 44.619 mortes (1.936.520 casos), África 35.158 mortos (1.462.110 casos) e a Oceânia 954 mortos (31.512 infetados).
Rússia regista 8.000 novos contágios, o número mais alto desde junho
As autoridades russas registaram hoje mais de oito mil novos casos de contágio de covid-19, número que não se registava desde meados de junho.
Os 8.135 novos casos de contágio confirmados juntam-se a um total de 1,16 milhões de infetados pelo SARS CoV-2, fazendo da Rússia o quarto país mais atingido do mundo pela doença.
Dos novos casos confirmados, 2.217 localizam-se na região de Moscovo.
O balanço dos novos contágios tem vindo a aumentar desde o princípio do mês de setembro, na Rússia, que levantou recentemente uma parte das restrições contra a propagação da pandemia e retomou as ligações aéreas com vários países.
As autoridades têm repetidamente rejeitado a implementação de um novo confinamento sublinhando que o aumento durante o outono já era esperado e que as instituições de saúde estão preparadas.
Na semana passada, os responsáveis políticos da região de Moscovo apelaram à população mais idosa a manter-se em casa a partir de hoje e aconselharam os empregadores a incrementar o teletrabalho para que sejam evitados novos casos.
A Rússia foi o primeiro país do mundo a aprovar uma vacina contra o novo coronavírus, em agosto.
O anúncio sobre a vacina Sputnik V foi criticado por muitos especialistas a nível global porque os testes só foram efetuados em algumas dezenas de pessoas sendo ainda necessário proceder-se a mais estudos antes de se estabelecer a substância como uma vacina segura e eficaz.
Infetados 50 dos 75 utentes do Lar dos Ferroviários no Entroncamento
Cinquenta dos 75 utentes do Lar dos Ferroviários, no Entroncamento (Santarém), testaram positivo à covid-19, havendo ainda 18 funcionários infetados, num agravamento de um surto detetado no passado dia 10, disse hoje o presidente do município.
O presidente da Câmara Municipal do Entroncamento, Jorge Faria (PS), disse à Lusa que, com a realização de novos testes a todos os funcionários e utentes, na passada semana, se verificou que o número de utentes infetados com o novo coronavírus passou de 13 para 50.
“Neste momento, temos 50 utentes positivos, dos quais sete estão internados e 43 isolados no lar”, disse o autarca, salientando que, durante o dia de sábado, o edifício foi desinfetado por uma equipa da GNR, tendo sido criadas duas alas, uma onde foram instalados os utentes positivos e outra para os que testaram negativo.
Estes 25 utentes foram transportados no sábado de manhã para o pavilhão municipal, enquanto decorreram os trabalhos de desinfeção, tendo regressado ao final do dia ao lar, numa operação que contou com a colaboração das corporações de bombeiros do Entroncamento, de Vila Nova da Barquinha e de Torres Novas.
No caso dos funcionários, cinco recuperaram, regressando ao trabalho, mas ainda se aguardam os resultados de outros cinco, sendo que um dos 18 que testou positivo está internado, adiantou.
Jorge Faria afirmou que, dos sete utentes internados no Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), um gera “alguma preocupação”, não requerendo os restantes “especiais cuidados”.
Segundo o autarca, o apoio aos idosos foi reforçado com recurso a voluntários do município e a três pessoas da Cruz Vermelha, indicadas pela Segurança Social, estando a ser identificados recursos da câmara e de outras instituições, até pelo cansaço dos funcionários que estão a trabalhar, num esforço para lidar com a situação “com alguma serenidade”.
Como uma das funcionárias do município que se voluntariou para prestar assistência ao lar revelou estar infetada, apesar de assintomática, no teste que é feito previamente, a Câmara decidiu testar todos os seus trabalhadores, incluindo assistentes operacionais nas escolas e trabalhadores com contratos de inserção, adiantou.
Jorge Faria afirmou que um total de 302 funcionários vão ser testados hoje e terça-feira, numa parceria com o CHMT, para despistar eventuais situações de casos positivos, mas, “essencialmente, para dar um descanso maior a todos”.
Na sexta-feira, foi ainda conhecido um caso positivo no Jardim de Infância da Zona Verde, tendo o delegado de saúde determinado o isolamento da turma (crianças, professora e auxiliares que contactaram com a criança), estando hoje todos a ser testados no Centro Cultural da cidade, acrescentou.
Também na escola secundária foi conhecido, há uma semana, um caso positivo, tendo o delegado de saúde determinado o isolamento do aluno e a testagem de todas as pessoas próximas.
O autarca disse compreender a preocupação dos pais e o desejo de maior celeridade, mas frisou que, num processo que “leva o seu tempo”, tudo está a ser feito, havendo total colaboração entre as diversas entidades.
Jorge Faria afirmou que o município manteve o horário de encerramento dos estabelecimentos até às 23:00, “porque a cidade tem estado muito resguardada”, situação que o próprio tem verificado, alertando, contudo, os mais jovens para a tomada de consciência de que “o bicho ataca a todos”, pelo que os “comportamentos de prevenção são o melhor contributo para lutar contra este vírus”.
Sobe para 30 número de infetados em surto no hospital de Beja
O número de profissionais de saúde infetados no surto de covid-19 identificado no bloco operatório do hospital de Beja subiu de 26 para 30, anunciou hoje a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
Na atualização hoje divulgada da informação relativa ao surto detetado na quinta-feira, a ULSBA indica que já há 30 infetados confirmados, mais quatro em relação aos 26 de domingo.
Trata-se de 13 enfermeiros, nove médicos, cinco assistentes operacionais, dois assistentes técnicos e um técnico de diagnóstico e terapêutica e todos têm “apenas sintomas ligeiros” e estão em isolamento em casa, refere a ULSBA, que gere o hospital de Beja.
Entre os novos quatro casos de infeção confirmados, há dois enfermeiros, um assistente operacional e um assistente técnico, disse à agência Lusa a presidente da ULSBA, Conceição Margalha.
Devido ao surto, que foi identificado na quinta-feira, dia em que foram detetados os primeiros seis enfermeiros do bloco operatório infetados, a ULSBA reforçou as medidas de segurança e higiene, alargou o rastreio a profissionais e decidiu realizar testes de despiste de covid-19 a todos os funcionários do hospital de Beja, o que já começou e deverá terminar no final desta semana.
A ULSBA informa que a atividade cirúrgica de urgência mantém-se a funcionar no bloco operatório: “Estão a decorrer, com normalidade, as consultas de especialidade e outros atos médicos e de enfermagem e exames” e os utentes devem dirigir-se ao hospital de Beja “com toda a confiança, mas respeitando e cumprindo as indicações dadas”.
Trata-se de indicações relativas ao distanciamento físico, à higienização das mãos, ao cumprimento da hora da consulta ou do exame e, “muito importante”, o uso obrigatório de máscara no interior dos edifícios do hospital de Beja.
A situação do surto “está a ser monitorizada” pela Unidade de Saúde Pública, pelo Serviço de Saúde Ocupacional e pelo Grupo Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos e ao abrigo do plano de contingência no âmbito da pandemia de covid-19 da ULSBA.
Após identificados os primeiros casos, as equipas daqueles serviços “iniciaram de imediato” os procedimentos de avaliação de risco dos colaboradores e o pedido de testes e o isolamento dos casos suspeitos.
Merkel preocupada com aumento de casos equaciona novas medidas
A chanceler alemã, Angela Merkel, mostrou-se hoje preocupada com o aumento de novos casos de covid-19 na Alemanha, estando prevista uma reunião com os líderes regionais para discutir novas medidas de contenção.
De acordo com informação avançada pelo jornal Bild, a líder alemã terá questionado, numa videoconferência interna do seu partido, a CDU, se a atuação para travar o vírus na capital estaria a ser a mais adequada, sublinhando que “algo tem de ser feito em Berlim”.
A Alemanha registou, na semana passada, mais de 2.000 novos casos diários de covid-19, números que se assemelham aos de abril. Só no sábado, os valores chegaram aos 2.507, os mais altos desde 18 de abril.
Merkel acredita que, “se a tendência continuar assim, a Alemanha terá 19.200 novas infeções por dia”, cita o Bild, remetendo para a altura do Natal e das festas familiares.
O Instituto Robert Koch (RKI) e o virologista Christian Drosten, têm alertado diversas vezes para o perigo de contágio durante celebrações familiares.
Só em Biefeld, no estado federado da Renânia do Norte-Vestefália, cerca de 900 alunos e professores de uma escola estão em quarentena, depois de terem sido detetados vários casos em consequência de uma reunião familiar.
“O desenvolvimento dos contágios preocupa-nos muito. Não acontece em todos os lados, mas sim de forma local e regional. Não podemos deixar que, em algumas zonas, o vírus se continue a propagar exponencialmente”, destacou hoje o porta-voz do governo, Steffen Seibert.
A Alemanha contabilizou, nas últimas 24 horas, 1.192 novos casos, apesar de três regiões não terem comunicado dados.
Desde o início da pandemia de covid-19, o país identificou um total de 285.332 casos e 9.460 mortos.
Há mais três vítimas mortais e 1.700 novos casos considerados curados em relação ao dia anterior, com a Renânia do Norte-Vestefália e a Baviera a destacarem-se com o maior número total de casos e óbitos.
Isolamento é obrigatório por lei em Inglaterra a partir de hoje
O isolamento é obrigatório a partir de hoje em Inglaterra para qualquer pessoa que tenha testado positivo ou tenha estado em contacto com alguém infetado com covid-19, sendo as infrações penalizadas com multas.
As multas variam entre 1.000 libras (1.102 euros), o valor atualmente aplicado a quem não cumpre quarentena após chegar do estrangeiro, e 10.000 libras (11.019 euros), para os reincidentes ou infrações mais graves, incluindo empresas que obriguem os empregados a trabalhar.
Assim, se uma pessoa apresentar sintomas ou testar positivo, é obrigada por lei a entrar em isolamento (antes era voluntário) durante um período de 10 dias após o início dos sintomas ou após a data do teste, se não tiver sintomas.
Os outros membros do agregado familiar devem ficar em isolamento durante 14 dias após a data do teste positivo inicial do infetado ou após o início dos sintomas, nomeadamente tosse contínua, temperatura alta ou perda de paladar e olfato.
Se alguém for instruído a entrar em isolamento pelos funcionários do sistema público de teste e rastreamento [NHS Test and Trace] por ter estado em contacto próximo com alguém que testou positivo, essa pessoa também é legalmente obrigada a cumprir o isolamento, independentemente de não ter sintomas ou ter testado negativo.
A polícia vai ser responsável por fiscalizar o respeito pelas regras, mas entretanto o Governo vai introduzir um pagamento de 500 libras (551 euros) para as pessoas com rendimentos baixos que precisem de ficar em isolamento.
As outras pessoas que precisem de parar de trabalhar podem reclamar subsídio de doença ou outro tipo de apoios sociais.
Estas medidas aplicam-se apenas em Inglaterra, pois os governos autónomos da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte são responsáveis pelas próprias regras.
O executivo de Boris Johnson justificou com a necessidade de “garantir a adesão e reduzir a transmissão de covid-19” numa altura em que o contágio do vírus está a acelerar novamente no Reino Unido.
Nos últimos sete dias foram registados 40.712 novos casos, uma média diária de 5.816, tendo o total desde o início da pandemia ascendido a 434.969 casos confirmados.
“À medida que os casos aumentam, é imperativo que tomemos medidas”, justificou hoje o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock.
“Essas medidas simples podem fazer uma enorme diferença para reduzir a transmissão do vírus, mas não hesitaremos em adotar outras medidas se os casos continuarem a aumentar”, acrescentou.
Entretanto, o governo elogiou a “resposta entusiástica” de 10 milhões de pessoas que nos primeiros dois dias instalaram a aplicação para telemóveis NHS COVID-19, lançada na quinta-feira e considerada uma ferramenta importante para o rastreamento.
Porém, é notório um descontentamento crescente com a escala e abrangência das medidas, não só a nível popular, visível pelos protestos registados em Londres no domingo pelo segundo fim de semana consecutivo, mas também dentro do próprio partido Conservador.
Na quarta-feira, o Governo precisa de autorização do Parlamento para renovar os poderes de emergência, mas o deputado Graham Brady apresentou uma proposta de alteração para dar à Câmara dos Comuns o direito de debater e votar estas novas leis.
Mais de 40 deputados conservadores já manifestaram apoio à emenda, a qual, se for selecionada pelo presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, e tiver o voto da oposição, poderá representar uma derrota para o Governo, que alega precisar de flexibilidade para responder rapidamente à pandemia covid-19.
“Não é uma questão de concordar ou não com a estratégia do governo, tem a ver com os ministros terem de prestar contas ao Parlamento”, justificou Mark Harper, um dos deputados conservadores subscritores da proposta.
O Reino Unido é o país europeu com o maior número de mortos na Europa, 41,988 oficialmente, embora outras estatísticas oficiais que contabilizam os casos suspeitos cuja certidão de óbito refere o covid-19 apoiem para cerca de 57.600 mortes desde o início da pandemia.
África regista 141 mortos e quase dez mil casos em 24 horas
África registou mais 141 mortos devido à covid-19 nas últimas 24 horas, subindo para 35.440, e quase mais dez mil casos, para um total de 1.459.714 infetados, segundo os dados mais recentes sobre a pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas houve nos 55 Estados-membros da organização mais 9.666 casos da doença e 5.840 recuperados, para um total de 1.205.671.
Segundo o África CDC, a África Austral continua a registar o maior número de casos de infeção e de mortos, com 17.647 vítimas mortais num universo de 732.631 infetados.
Só na África do Sul, o país mais afetado do continente, estão registados 670.766 casos e 16.398 mortos.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem 326.867 pessoas infetadas e 10.838 mortos e, na África Ocidental, o número de infeções é de 175.420, com 2.603 vítimas mortais.
A região da África Oriental contabiliza agora 167.243 casos e regista 3.275 vítimas mortais e, por seu lado na África Central, estão registados 57.553 casos e 1.077 óbitos.
O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais (a seguir à África do Sul) regista 5.883 mortos e 102.840 infetados, e Marrocos contabiliza 2.069 mortos e 117.685 casos.
A Argélia surge logo a seguir, com 50.910 casos de infeção registados e 2.010 vítimas mortais.
Entre os seis países com mais afetados estão também a Nigéria, com 58.324 infetados e 1.108 mortos, e a Etiópia, com 73.332 casos e 1.170 vítimas mortais.
Em relação aos países africanos de língua oficial portuguesa, Angola lidera em número de mortos e Moçambique em número de casos.
Angola regista 174 mortos e 4.718 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 5.028 casos), Cabo Verde (57 mortos e 5.771 casos), Moçambique (58 mortos e 7.983 casos), Guiné-Bissau (39 mortos e 2.324 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 911 casos).
Vacina da gripe disponível a partir de hoje para populações prioritárias
A vacina da gripe está disponível a partir de hoje, começando a ser administrada nas faixas da população consideradas prioritárias, como os residentes em lares de idosos e grávidas, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A campanha de vacinação do Serviço Nacional de Saúde, que começa habitualmente em 15 de outubro, inicia-se este ano mais mais cedo com uma primeira fase para qual há 350 mil vacinas disponíveis.
Residentes em lares de idosos, profissionais de saúde, profissionais do setor social que prestam cuidados e grávidas estão entre os setores mais vulneráveis e serão os primeiros a poder ser vacinados.
Na segunda fase, que começará em 19 de outubro, estão incluídos outros grupos de risco: pessoas com 65 ou mais anos e pessoas com doenças crónicas.
“Queremos vacinar o mais depressa possível e estamos a fazer planeamento com as administrações regionais de saúde para, se for necessário, ampliar os pontos vacinação para outras estruturas da comunidade” além dos centros de saúde, afirmou a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas quando anunciou a época da vacinação deste ano.
Graça Freitas apelou a todas as pessoas que tiverem indicação médica para que se vacinem, salientando que este ano, com a pandemia, é “ainda mais importante que o façam”.
Havendo a covid-19 “convém não ter outras infeções respiratórias que se possam confundir com covid e que obriguem a fazer um diagnóstico para ver se as pessoas têm covid ou têm gripe”, referiu.
Além das vacinas gratuitas para as pessoas incluídas nos grupos de risco, haverá vacinas à venda nas farmácias que podem ser compradas com receita médica e são comparticipadas.
O SNS comprou este ano mais de dois milhões de vacinas da gripe a duas empresas diferentes, por concurso público, mas todas as vacinas são iguais.
A gripe é uma doença contagiosa e que geralmente se cura de forma espontânea. As complicações, quando surgem, ocorrem sobretudo em pessoas com doenças crónicas ou com mais de 65 anos.