Os preços das viagens no Alfa Pendular vão aumentar 0,5% a partir de 01 de janeiro, e os dos restantes serviços ficam inalterados em 2021, informou a CP – Comboios de Portugal.
“Informamos que a partir de 1 de janeiro de 2021 entram em vigor novos preços para os títulos de transporte do serviço Alfa Pendular, registando um aumento de 0,5%”, avisou hoje a empresa pública.
Já os preços dos restantes serviços – Intercidades, InterRegionais, Regionais, Urbanos de Lisboa, Urbanos do Porto e Urbanos de Coimbra — “não terão alterações”.
Assim, por exemplo, uma viagem só de ida entre Lisboa e Braga, passará de 48,50 euros (em classe conforto) e 34,20 euros (turística), para 48,80 euros e 34,40 euros, respetivamente.
CP vai comprar 22 novos comboios regionias por 158 milhões de euros
A CP — Comboios de Portugal celebrou um contrato, no passado dia 21 de outubro, para a compra de 22 comboios por um total de 158 milhões de euros, depois de o tribunal ter levantado o efeito suspensivo de um processo que impugnava o concurso.
Em comunicado, a operadora indicou que “celebrou o contrato para a aquisição de 22 novos comboios, do modelo FLIRT, à Stadler, num investimento da ordem dos 158 milhões de euros”.
Esta adjudicação resultou “do concurso público internacional para a compra de material circulante, que a CP lançou em 2019” no âmbito do qual a proposta dos suíços da Stadler “se qualificou como a mais favorável, nomeadamente, nos critérios de preço e qualidade técnica”, lê-se na mesma nota.
A transportadora recordou que “o contrato inclui o fornecimento de doze Unidades Automotoras Bimodo e dez Unidades Automotoras Elétricas e respetivas peças, bem como a prestação de serviços de manutenção, preventiva e corretiva, por um período mínimo de três anos, acompanhada de serviços de formação”.
A CP prevê que a entrega da primeira unidade aconteça no final de 2024, sendo que o processo ainda terá de passar pelo Tribunal de Contas.
No dia 08 de outubro, o Público noticiou que o Tribunal Administrativo de Lisboa tinha levantado o efeito suspensivo da ação de impugnação do concorrente perdedor CAF, o que permitia avançar com o concurso.
De acordo com o processo, que a Lusa consultou, a espanhola CAF, que viu a sua proposta ser excluída por falta de um documento, garantiu que os suíços da Stadler não apresentaram todos os documentos pedidos para o concurso e que os preços em certos itens não estavam corretamente especificados na candidatura.
A CAF apontou a falta de uma “memória descritiva das unidades automotoras” e outras especificações importantes.
A empresa espanhola referiu mesmo que a Stalder “admite o incumprimento” referindo que forneceria estes dados posteriormente.
De acordo com a CAF, a Stadler não deu também informações suficientes acerca de um componente da sua proposta, que especifica peças exigidas pelo concurso e que globalmente estão avaliadas em mais de 3,3 milhões de euros, um valor que “não é real”, segundo a CAF, porque não foi apresentada informação que o sustente.
O Governo autorizou em outubro do ano passado a CP a gastar 168,2 milhões de euros em 22 novos comboios, segundo uma resolução do Conselho de Ministros publicada em Diário da República.
A empresa recebeu cinco candidaturas, sendo que, além da CAF e da Stadler, também entregaram propostas iniciais a Talgo, Alstom e Siemens.
Numa fase posterior, ficaram apenas CAF, Talgo e Stadler em negociações avançadas.
No mesmo comunicado enviado hoje, a CP garantiu que “este reforço do parque de material circulante permitirá incrementar a capacidade de resposta da CP às necessidades de mobilidade das populações, nomeadamente nos serviços regionais, assegurando a transição para a eletrificação plena da infraestrutura ferroviária”.