São precisos 20 milhões de euros, os investidores, internacionais, estão interessados mas não libertam um euro sem garantias de viabilidade, seja um investimento público direto no imediato ou uma pré-compra de vacinas, à semelhança do que fizeram os governantes alemães com o projeto da BioNTech, que viria a viabilizar a produção da primeira imunização contra o vírus, em parceria com o laboratório Pfizer.
“Temos várias hipóteses de financiamento, de privados estrangeiros, mas se o Governo não mostra interesse, não investem. Já nos reunimos com vários ministérios e com o próprio primeiro-ministro, que se mostrou muito recetivo. Houve uma declaração de interesse — e aguardamos. Além da vacina está também previsto dotar Portugal de uma unidade de produção para esta e outras vacinas”, adianta Pedro Madureira, diretor científico da Immunothep, uma unidade de biotecnologia em Cantanhede.
A vacina portuguesa utiliza o vírus completo inativado, em duas tomas, separadas por 21 a 28 dias. E o cientista garante que “não será preciso reforço”.
Segundo Pedro Madureira, o pico de resposta à vacina surge após 12 dias e a segunda dose serve somente para “garantir que o sistema imunitário fica muito ativo”. Além disso, a administração é oral, à semelhança das bombas utilizadas pelos asmáticos.
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