Portugal contabiliza hoje mais 14 mortos relacionados com a covid-19 e 1.249 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 2.094 mortes e 87.913 casos de infeção, estando ativos 32.321 casos, mais 924 do que no domingo.
A DGS indica que das 14 mortes registadas, oito ocorreram na região Norte e seis em Lisboa e Vale do Tejo.
Relativamente aos internamentos hospitalares, o boletim revela que nas últimas 24 horas há mais 34 pessoas internadas totalizando 877, das quais 128 em cuidados intensivos (mais quatro em relação a domingo).
As autoridades de saúde têm em vigilância 48.844 contactos, mais 431 em relação a domingo.
Nas últimas 24 horas 311 doentes recuperaram totalizando 53.498 desde o início da pandemia.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo foram notificados mais 505 novos casos de infeção, contabilizando a região 43.646 casos e 836 mortes.
A região Norte regista hoje mais 602 novos casos de covid-19, totalizando 32.947 casos e 924 mortos desde o início da pandemia.
Na região Centro registaram-se mais 87 casos, contabilizando 7.082 infeções e 272 mortos.
No Alentejo foram registados mais 15 novos casos de covid-19, totalizando 1.645, com um total de 26 mortos desde o início da pandemia.
A região do Algarve tem hoje notificados mais 27 novos casos de infeção, somando 2.001 casos e 21 mortos.
Na Região Autónoma dos Açores foram registados três novos casos nas últimas 24 horas, somando 298 infeções detetadas e 15 mortos desde o início da pandemia.
A Madeira registou 10 novos casos nas últimas 24 horas, contabilizando 294 infeções, sem óbitos até hoje.
Os casos confirmados distribuem-se por todas as faixas etárias, situando-se entre os 20 e os 59 anos o registo de maior número de infeções. A faixa etária 40 e os 49 é a que regista o valor mais elevado.
O boletim de hoje divulga o número de casos por concelhos, sendo Lisboa o que continua a apresentar mais infeções (7.460), seguido de Sintra (6.110), Loures (3.594) e Amadora (3.268).
O concelho de Vila Nova de Gaia regista 2.589 infeções por SARS-CoV-2, Odivelas 2.486, Cascais 2.380, Porto 2.320, Oeiras 1.941, Vila Franca de Xira 1.836, Matosinhos 1.681, Braga 1.670, Guimarães 1.556, Almada 1.485 e o Seixal 1.456, Gondomar 1.370 e Maia 1.237 precisa o relatório da situação epidemiológica da covid-19 em Portugal.
Os restantes concelhos que constam da lista do relatório registam valores abaixo dos mil casos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de um milhão e setenta e sete mil mortos e mais de 37,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Aljezur é o único concelho algarvio sem casos ativos
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados Covid-19 elevava-se a 1966 (DGS apresenta hoje 2.001), com 23 falecimentos a lamentar (DGS contabiliza 21).
À data de sábado, dia 10, a região do Algarve apresentava 743 casos ativos de doentes com Covid-19 e 1200 recuperados.
Os quatro concelhos com mais casos ativos são:
ALBUFEIRA com 130 (17% do total),
LOULÉ com 118 (16%),
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO com 97 (13%),
PORTIMÃO com 72 (10%).
Os concelhos algarvios com menos de dez casos ativos são: Alcoutim com 9, Vila do Bispo com 8, São Brás de Alportel com 7 e Monchique com 2.
Aljezur é agora o único concelho algarvio sem casos ativos.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
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Cidadãos que viajem por razões familiares isentos de quarentena na UE
Os cidadãos que viajem por “razões familiares importantes” na União Europeia (UE) estão isentos de ficar em quarentena, mesmo que haja restrições relacionadas com a covid-19, anunciou hoje a Comissão Europeia, solicitando aos países medidas “claras e atempadas”.
Numa altura de aumento do número de casos de infeção com o novo coronavírus na Europa, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, publicou hoje uma mensagem em vídeo pedindo aos governos nacionais na UE “informações claras e atempadas antes de introduzirem” restrições à circulação, o que no seu entender deve ter por base um “código de cores comum, baseado em critérios comuns”.
Tal como proposto pelo executivo comunitário, os países devem, segundo a responsável, aplicar medidas restritivas “baseadas no nível de risco” do país de emissão, desde o vermelho, ao laranja e verde, significando então que não há restrições neste último caso e que, nos restantes, “os governos nacionais poderão pedir que [o cidadão] seja testado ou submetido a quarentena”.
Mas de acordo com Ursula von der Leyen, existem exceções: “Aqueles que têm uma razão essencial para viajar, como os trabalhadores dos transportes ou aqueles que viajam por razões familiares importantes, não serão obrigados a ficar submetidos a quarentena”.
É este sistema de cores, com as devidas exceções, que a líder do executivo comunitário quer ver agora implementado na UE, visando evitar a “manta de retalhos de medidas” que se verificou nos últimos meses de restrições avulsas à circulação definida por cada país.
“Em toda a UE, temos diferentes códigos de cores, diferentes critérios e diferentes regras sobre testes e quarentena” e isso torna “difícil saber para onde se pode viajar, que regras se devem seguir quando se chega lá e que regras se aplicam quando se regressa a casa”, observou a responsável.
Ursula von der Leyen pediu, assim, que os Estados-membros “coordenem estas medidas para facilitar a vida aos europeus”.
“Quanto mais claras forem as regras, melhor os cidadãos poderão lidar com elas”, adiantou a responsável na mensagem em vídeo.
A Comissão Europeia, a quem cabe apenas a tarefa de coordenar eventuais restrições decididas por cada país, adotou no início de setembro uma proposta para garantir que quaisquer medidas decididas pelos Estados-membros que restrinjam a livre circulação devido à pandemia de covid-19 sejam coordenadas e comunicadas claramente a nível da UE.
A proposta do executivo comunitário prevê que haja critérios comuns para os Estados-membros decretarem restrições de viagens, um mapeamento desses critérios comuns utilizando um código de cores acordado entre os 27, um quadro comum de medidas aplicadas aos viajantes provenientes de zonas de alto risco e informação clara e atempada ao público sobre quaisquer restrições, que devem ser anunciadas com uma semana de antecedência.
Açores com três novos casos nas últimas 24 horas
As 944 análises realizadas nos dois laboratórios de referência dos Açores nas últimas 24 horas diagnosticaram três casos positivos de covid-19 na região e quatro recuperações na ilha de São Miguel, anunciou hoje a Autoridade de Saúde Regional.
No seu comunicado diário, aquela entidade explica que foram diagnosticados dois homens de 25 e 48 anos, “não residentes na região, provenientes de ligação aérea com território continental português, que realizaram teste de despiste ao SARS-CoV-2 à chegada, com resultado positivo”.
O terceiro caso reporta-se a uma mulher de 25 anos, “também não residente, proveniente de ligação aérea com o continente americano, que realizou teste de despiste antes do embarque com resultado negativo”, mas no “teste realizado após o sexto dia produziu resultado positivo”.
A Autoridade de Saúde açoriana dá conta ainda da recuperação de uma mulher de 39 anos e de três homens com idades compreendidas entre 18 e 37 anos, elevando para 211 os casos recuperados na região.
Até ao momento, foram detetados no arquipélago 329 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19.
Há atualmente 59 casos positivos ativos, dos quais 30 em São Miguel, 12 na Terceira, três na Graciosa, cinco no Pico, cinco no Faial, um em São Jorge, dois em Santa Maria e um na ilha das Flores.
Desde o começo da pandemia morreram 16 pessoas na região, com covid-19, todas em São Miguel.
Vila Real com 73 casos apela ao uso de máscara na rua e pede mais fiscalização
O presidente da Câmara de Vila Real apelou hoje ao uso de máscara, mesmo na via pública, e a uma maior fiscalização das forças policiais neste concelho que contabiliza 73 casos ativos de covid-19.
“Aquilo que tentamos é apelar a todos, sem exceção, que usem máscara, mesmo no exterior, na via pública, e cumpram as regras. Vamos pedir à PSP e à GNR e a outras entidades que fiscalizem, fiscalizem, fiscalizem”, afirmou Rui Santos aos jornalistas.
Segundo o autarca socialista, no domingo o concelho contabilizava 73 casos ativos de covid-19, cinco dos quais estavam internados no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), ao passo que 215 pessoas se encontravam em isolamento.
“Julgo que ainda não há motivo para alarme, mas há motivo para preocupação. Estamos em outubro. Imaginem o que acontecerá em novembro, dezembro, janeiro, se não abrandarmos este ritmo de crescimento de casos covid-19”, salientou.
Rui Santos disse que se está a sensibilizar a população para o cumprimento de todas as recomendações da Direção-Geral da Saúde (DGS), como o uso de máscara, distanciamento social e a desinfeção das mãos.
O autarca apontou que é preciso todos serem responsáveis e garantiu que, se os números não estabilizarem, a autarquia pode adotar medidas “mais drásticas”.
“Podemos tomar medidas que possam ser tomadas com o poder que o município tem. O município não consegue fazer o trabalho da PSP, nem da GNR, não consegue fiscalizar os estabelecimentos que estão abertos fora de horas ou que têm uma concentração superior àquilo que a lei permite, não consegue desmobilizar os cidadãos em grupos superiores a 10 pessoas, não consegue fiscalizar o distanciamento e o número de lugares nas esplanadas ou nos cafés e restaurantes”, referiu.
O presidente referiu que vai aguardar pelas medidas que vão sair do conselho de ministros, que se debruçará sobre este tema, e, depois, “vai agir”.
Uma das medidas que está a ser ponderada é o encerramento dos estabelecimentos comerciais às 20:00.
A câmara está a acompanhar e a monitorizar todas as situações, algumas relacionadas com escolas e uma delas com a aldeia de Guiães, onde estão identificados “cinco a seis” casos positivos.
Por precaução e porque a população é muito idosa, no domingo foi suspensa a missa nesta localidade.
No concelho, segundo Rui Santos, foi reativado o centro de rasteio à covid-19, que estava instalado no centro de formação dos bombeiros da Cruz Verde, e foi também colocada uma tenda para testagem na zona do Régia Douro Park.
Pandemia já fez pelo menos 1,077 milhões de mortos em todo o mundo
A pandemia de covid-19 já fez pelo menos 1.077.849 mortos no mundo desde que foi registado o primeiro caso da doença no final de dezembro, segundo um balanço diário da agência France-Presse.
Mais de 37.575.650 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia, dos quais pelo menos 25.963.400 foram considerados curados, revela o mesmo balanço, feito com base em dados oficiais recolhidos até às 11:00 TMG (12:00 em Lisboa) de hoje.
Os números oficiais refletem apenas parte do número real de contaminações no mundo. Alguns países testam apenas os casos graves, outros usam os testes prioritariamente para rastreamento e muitos países pobres têm capacidades limitadas de testagem.
Ao longo do dia de domingo registaram-se 4.120 novas mortes e 296.702 novas infeções em todo o mundo.
Os países que registaram mais mortes nos seus últimos balanços foram a Índia, com 816 novos óbitos, os EUA (460) e o Brasil (290).
Os Estados Unidos continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de casos como de mortes, com 214.776 óbitos em 7.763.371 casos registados, segundo os dados compilados pela Universidade Johns Hopkins.
Pelo menos 3.075.077 pessoas foram consideradas curadas no país.
Após os EUA, os países mais afetados são o Brasil, com 150.488 mortos e 5.094.979 casos; a Índia, com 109.150 mortos (7.120.538 casos); o México, com 83.781 mortos (817.503 casos) e o Reino Unido (42.825 mortos e 603.716 casos).
Entre os países mais duramente afetados, o Peru é o que regista mais mortes relativamente à sua população, com 101 óbitos por cada 100.000 habitantes, seguido da Bélgica (88), da Bolívia (71), e do Brasil (71).
A China continental (sem contar os territórios de Hong Kong e Macau) regista oficialmente um total de 85.578 casos (21 novos entre domingo e hoje), entre os quais 4.634 morreram e 80.714 curaram-se.
A América latina e as Caraíbas totalizam até hoje 369.292 mortos em 10.112.390 casos, a Europa 241.960 óbitos (6.503.086 casos), os EUA e o Canadá 224.388 mortes (7.945.141 casos), A Ásia 152.841 mortos (9.204.642 casos), o Médio Oriente 50.289 óbitos (2.198.577 casos), a África 38.085 mortos (1.579.352 casos), e a Oceânia 994 mortos (32.468 casos).
França não exclui reconfinamento localizado face a “segunda vaga”
O primeiro-ministro francês, Jean Castex, não excluiu hoje o regresso ao confinamento em algumas regiões para evitar a propagação do noco coronavírus no país, que regista uma “segunda vaga forte”.
“O confinamento geral deve ser evitado por todos os meios. É possível se todos agirmos nesse sentido”, afirmou o chefe do Governo em declarações à rádio France Info.
Mas Castex também considerou, a propósito de possíveis confinamentos localizados, que “nada deve ser excluído quando se vê a situação nos hospitais” e numa altura que o país já registou 32.730 mortos diagnosticados com covid-19, em quase 735 mil casos.
Na primavera, a França viveu um confinamento geral de quase dois meses para conter a primeira vaga da pandemia da covid-19.
Numerosas cidades, como Paris, Marselha, Lyon ou Lille, encontram-se atualmente em “alerta máximo” face à propagação do coronavírus, que obrigou ao encerramento dos bares e a regras mais rígidas nos restaurantes.
Mais duas grandes cidades, Toulouse e Montpellier (sul), vão ser colocadas na terça-feira em “alerta máximo”.
O nível de alerta máximo é atingido quando a taxa de incidência ultrapassa os 250 novos casos por 100.000 habitantes nos últimos sete dias, quando passa os 100 com mais de 65 anos e se 30% das camas de reanimação estão ocupadas com doentes da covid-19.
“Estamos numa segunda vaga forte”, constatou Jean Castex, apelando “de uma forma extremamente clara” à mobilização de todos para a enfrentar.
“Não pode haver mais relaxamento”, disse, considerando que os franceses, sobretudo durante as férias de verão, “julgaram um pouco depressa demais que o vírus tinha desaparecido”.
Subsídio de risco de 219 euros para quem tratar doentes com covid-19
Os profissionais de saúde que trabalhem em áreas dedicadas à covid-19 vão receber um subsídio extraordinário de risco no valor máximo de 219 euros, segundo a versão preliminar da proposta de Orçamento do Estado para 2021 a que a Lusa teve acesso.
O subsídio extraordinário de risco será pago aos profissionais de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS) ou integrados no Ministério da Saúde com contrato de trabalho em funções públicas ou contrato de trabalho “que pratiquem atos diretamente e maioritariamente relacionados com pessoas suspeitas e doentes infetados”, desde que de forma permanente e em áreas dedicadas.
Este apoio ao risco acrescido no exercício de funções será pago até 12 meses por ano e “enquanto persistir a situação de pandemia da doença covid-19 em período de emergência, calamidade ou contingência”, refere o documento.
O subsídio “é extraordinário e transitório e corresponde a 20% da remuneração base mensal de cada trabalhador com o limite de 50% do valor do IAS [Indexante dos Apoios Sociais], sendo o pagamento efetuado bimestralmente”, acrescenta.
O valor do IAS está fixado em 438,81 euros.
‘IVAucher’ permite descontar no trimestre seguinte IVA de alojamento, restauração e cultura
O IVA pago pelos consumidores com alojamento, cultura e restauração realizadas durante um trimestre vai poder ser descontado nos consumos realizados nestes mesmos setores durante o trimestre seguinte, segundo uma versão preliminar do Orçamento do Estado para 2021.
“Em 2021, é criado um programa temporário de apoio e estímulo ao consumo em setores fortemente afetados pela pandemia da doença covid-19, o qual consiste num mecanismo que permite ao consumidor final acumular o valor correspondente à totalidade do IVA suportado em consumos nos setores do alojamento, cultura e restauração, durante um trimestre, e utilizar esse valor, durante o trimestre seguinte, em consumos nesses mesmos setores”, lê-se no documento a que a Lusa teve acesso.
A medida, apelidada de ‘IVAucher’ pretende contribuir para estimular o consumo nos setores mais afetados pela pandemia causada pelo novo coronavírus, sendo o valor do IVA que pode ser descontado por cada consumidor calculado com base nas faturas destes setores que tenham o seu NIF e sejam comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), através do e-fatura.
A utilização do crédito acumulado por cada consumidor é feita “por desconto imediato” nos consumos, especificando a versão preliminar da proposta do OE2021, que esse desconto “assume a natureza de comparticipação” e “opera mediante compensação interbancária” através das entidades responsáveis pelo processamento de pagamentos eletrónicos “que assegurem os serviços técnicos do sistema de compensação e liquidação (SICOI)”.
O IVA usado no apuramento do valor da comparticipação não concorre para o montante das deduções à coleta do IRS conferidas pela exigência de faturas (em que as despesas em restaurantes são precisamente uma das consideradas, ou para as despesas gerais familiares.
Tratando-se de uma medida nova e temporária, a proposta do OE, nesta versão preliminar, determina já que o Governo fica autorizado “a proceder a alterações orçamentais resultantes da operacionalização do programa ‘IVAucher’, por contrapartida da Dotação Centralizada no Ministério das Finanças, para o estímulo ao consumo em setores fortemente afetados pela pandemia”.
No ‘IVAucher’ a adesão depende da decisão do contribuinte, com a versão preliminar a salientar que a adesão “depende do prévio consentimento livre, específico, informado e explícito quanto ao tratamento e comunicação de dados necessários à sua operacionalização”.
“A AT não pode aceder, direta ou indiretamente, a quaisquer dados de natureza bancária no âmbito do programa ‘IVAucher’, com exceção do processamento estritamente necessário para apresentação ao consumidor dos movimentos e saldos da utilização do benefício nos canais da AT”, estabelece o documento.
Também as entidades responsáveis pelo processamento dos pagamentos eletrónicos “não podem aceder, direta ou indiretamente, a qualquer informação fiscal da AT relativa aos consumidores ou aos comerciantes, com exceção do resultado do apuramento do benefício para efeitos da sua utilização”.
De forma a evitar utilizações indevidas ou abusivas desta medida, a AT pode utilizar a informação constante em relatórios de inspeção, emitidos ao abrigo do Regime Complementar do Procedimento de Inspeção Tributária e Aduaneira, “que conclua pela existência de incorreções naquelas faturas e em outros documentos fiscalmente relevantes”.
A proposta de OE2021 deverá ser entregue hoje pelo Governo no parlamento.
Alemanha com 2.467 novos casos e preocupação dos cidadãos mantém-se para 2021
A Alemanha registou 2.467 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas e, de acordo com uma sondagem revelada hoje, a maioria dos cidadãos não espera uma queda dos números em 2021.
Segundo um estudo da companhia de seguros Ergo, 60% dos alemães manifestaram-se “totalmente” preocupados com uma nova vaga de casos de covid-19 no próximo ano, especialmente a população entre os 18 e os 30 anos (70%).
As regras de contenção impostas pelo governo continuam a obter um alto nível de aceitação, e um total de 91% dos inquiridos afirma que as cumpre.
O Instituto Robert Koch (RKI) apontou hoje 2.467 novos casos, e seis novas vítimas mortais, mas com dois estados federados a falharem o envio de dados atualizados.
Os valores apontados à segunda-feira costumam ser menores do que os verificados durante a semana. No mesmo dia da semana passada, eram 1.382 os novos contágios.
Desde o início da pandemia de covid-19, a Alemanha já contabilizou 325.331 casos confirmados e 9.621 vítimas mortais. No total, cerca 276.900 pessoas já superaram a doença, 2.100 nas últimas 24 horas. Há, de acordo com o RKI, 532 pacientes nos cuidados intensivos.
O índice de reprodução é, nesta altura, de 1,4, o que significa que 10 pessoas com a doença contagiam 14.
África com mais 200 mortes e 7.964 infetados nas últimas 24 horas
África registou nas últimas 24 horas mais 200 mortes devido à covid-19 e 7.964 novas infeções, elevando os números totais para 38.396 e 1.577.644, respetivamente, segundo os últimos dados relativos à pandemia no continente.
De acordo com o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), nas últimas 24 horas o número de recuperados nos 55 Estados-membros da organização foi de 6.997, para um total de 1.304.622 desde o início da pandemia.
De acordo com o África CDC, a África Austral continua a registar o maior número de casos de infeção e de mortos, com 19.117 vítimas mortais e 760.757 infetados.
Só na África do Sul, o país mais afetado do continente, estão registados 692.471 casos e 17.780 mortes.
O norte de África, a segunda zona mais afetada pela pandemia, tem 391.655 pessoas infetadas e 12.018 mortos e a África Oriental contabiliza agora 184.963 casos de infeção e regista 3.503 vítimas mortais.
Na região da África Ocidental, o número de infeções é de 181.582, com 2.662 vítimas mortais e na África Central há 58.687 casos e 1.096 óbitos.
O Egito, que é o segundo país africano com mais vítimas mortais, a seguir à África do Sul, regista 6.052 mortos e 104.516 infetados, e Marrocos contabiliza 2.605 vítimas mortais e 152.404 casos.
A Argélia surge logo a seguir, com 52.915 infeções e 2.095 mortos.
Entre os seis países mais afetados estão também a Etiópia, com 84.295 casos e 1.287 vítimas mortais, e a Nigéria, com 60.266 infetados e 1.115 mortos.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, Angola lidera em número de mortos e Moçambique em número de casos.
Angola regista 218 mortos e 6.366 casos, seguindo-se a Guiné Equatorial (83 mortos e 5.063 casos), Moçambique (71 mortos e 10.001 casos), Cabo Verde (75 mortos e 7.072 casos), Guiné-Bissau (40 mortos e 2.385 casos) e São Tomé e Príncipe (15 mortos e 928 casos).
Cidade chinesa vai testar nove milhões de pessoas após detetar novos casos
As autoridades de Qingdao, no leste da China, anunciaram hoje que vão testar os mais de 9 milhões de habitantes daquela cidade para a covid-19, depois de terem detetado 12 novos casos nas últimas horas.
A Comissão de Saúde de Qingdao informou em comunicado que foram inicialmente detetados três casos assintomáticos, testados 377 contactos próximos, tendo aí sido diagnosticados mais nove casos.
Entre os nove infetados, oito são pacientes ou funcionários no Hospital Municipal para Doenças Pulmonares de Qingdao, enquanto o outro é familiar de um dos infetados.
Entre os casos previamente diagnosticados como assintomáticos, dois passaram a ter sintomas relacionados com a doença.
As autoridades designaram o referido hospital de Qingdao para tratar viajantes oriundos do exterior que apresentam resultados positivos para a covid-19 nos testes realizados à chegada ao país.
A campanha terá duração de cinco dias e deve abranger toda a população da cidade, ou mais de nove milhões de habitantes.
As autoridades sanitárias municipais detalharam que até à manhã de hoje na China os cerca de 115.000 funcionários e pacientes dos hospitais de Qingdao que foram testados registaram resultados negativos.
Os novos casos põem fim a quase dois meses consecutivos sem infeções locais no país asiático.
Fontes citadas pela imprensa local indicaram que ainda não foi determinado como os 3 pacientes assintomáticos foram infetados.
Índia com 816 mortos e mais de 66 mil casos nas últimas 24 horas
A Índia registou 816 mortos e 66.732 infetados com covid-19 nas últimas 24 horas, anunciaram hoje as autoridades indianas, elevando o total de casos desde o início da pandemia para mais de 7,1 milhões.
A Índia contabilizou ainda 109.150 óbitos causados pela doença desde que a pandemia chegou ao país.
Apesar de uma redução gradual do balanço diário nas últimas semanas, a Índia continua a ser o segundo país do mundo com mais infeções confirmadas, esperando-se que venha a ultrapassar os Estados Unidos, atualmente com mais de 7,7 milhões de casos.