Portugal regista hoje mais seis mortes por covid-19 e 325 novos casos de infeção em relação a quarta-feira, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim da DGS sobre a situação epidemiológica, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 53.548 casos de infeção confirmados e 1.770 mortes.
A região de Lisboa e Vale do Tejo totaliza hoje 27.645 casos de covid-19, mais 204 do que no dia anterior, o que representa 52% dos casos.
Em termos percentuais, nas últimas 24 horas o aumento no número de casos confirmados foi de 0,6% (de 53.223 para 53.548) e o de mortos representou 0,3% (de 1.764 para 1.770).
Quatro das mortes ocorridas nas últimas 24 horas ocorreram na região de Lisboa e Vale do Tejo e as outras duas na região Norte.
O número de doentes dados como recuperados de covid-19 voltou a aumentar nas últimas 24 horas para 39.177, mais 237 do que na quarta-feira, o que significa que hoje há 14.431 casos ativos.
O número de pessoas internadas diminuiu, sendo agora de 358, menos nove do que na véspera, e nos cuidados intensivos estão 39 pessoas, menos um doente.
Quanto aos casos confirmados, a região Norte tem 19.301, mais 84 casos, a região Centro tem 4.560, mais 30 do que na véspera, o Algarve contabiliza 946 casos, mais oito, e o Alentejo tem 786, mais seis casos.
A Madeira aumentou o número de casos para 126, mais um que no dia anterior, e nenhuma morte, e os Açores não registou mais qualquer caso, totalizando 184 situações de infeção e mantém o número de óbitos (15).
A região Norte continua a registar o maior número de mortes (838), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (625), o Centro (253), Alentejo (22), Algarve (17) e Açores (15).
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Algarve com cada vez menos casos ativos
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados até quarta-feira elevava-se a 939 (DGS apresenta hoje 946), com 19 falecimentos a lamentar.
À data de quarta-feira, dia 12, a região do Algarve apresentava 230 casos ativos de doentes com Covid-19, número que tem tido tendência a descer, e 690 que já se encontram recuperados.
Até quarta-feira, os três concelhos com mais casos ativos representavam cerca de 61% da totalidade dos casos ainda infetados: Loulé com com 59, Albufeira com 45 e Faro com 36.
Já com menos de 10 casos ativos, existem já 7 concelhos: Castro Marim e São Brás de Alportel com nenhum caso ativo, Aljezur e Lagoa com apenas 1 caso ativo, Vila Real de Santo António com 2, Monchique com 3 e Olhão com 8.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
A última atualização semanal referente aos números do Algarve divulgada (7 de agosto) pela Comissão Distrital de Proteção Civil (CDPC) de Faro refere 909 casos confirmados, dos quais 252 estavam ativos.
– VER QUADRO SUPERIOR E MAPA INFERIOR
O comunicado da CDPC refere ainda que com o apoio de uma Unidade Hoteleira e da Câmara Municipal de Portimão, foi constituída uma ZAP Regional, diferenciada, com o objetivo de acolher doentes infetados com COVID que tiveram alta hospitalar, mas não têm condições para ficar nas suas residências. Esta ZAP foi validada esta quinta-feira, numa visita às instalações realizada pelas Autoridades Regionais da Saúde, Proteção Civil e da Segurança Social.
Também estão em curso visitas de acompanhamento do cumprimento das orientações de caráter preventivo aos Estabelecimentos de apoio residencial, social ou unidade de internamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI). Estas visitas, realizadas por técnicos da saúde, segurança social e proteção civil, tem um caráter preventivo e pedagógico, pretendendo apoiar as Instituições na implementação das medidas adequadas que visem dirimir o risco de infeção por COVID-19. Até esta sexta-feira, foram realizadas 26 visitas de acompanhamento, em 12 municípios.
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A maior parte dos casos de infeção são mulheres (29.580), contra os 23.968 homens que contrariam a doença e, em termos gerais, há mais infetados na faixa etária entre 40 e 49 anos (8.831), seguindo-se a faixa entre 30 e 39 anos, que contabiliza hoje 8.760 casos.
A faixa etária entre os 20 e os 29 anos totaliza desde o início da pandemia 8.240 casos, enquanto na faixa dos 50 aos 59 anos, os casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 situa-se nos 8.052.
Com mais de 80 anos, tiveram infeções confirmadas 6.053 pessoas, enquanto 5.348 pessoas entre os 60 e os 69 anos adoeceram.
A covid-19 já afetou em Portugal 1.961 crianças até aos 9 anos e 2.515 entre os 10 e os 19 anos.
Os dados indicam ainda que, do total das vítimas mortais, 890 são homens e 880 são mulheres.
Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos (1.183), seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (347), entre 60 e 69 anos (157) e entre 50 e 59 anos (57).
Há ainda 20 mortos registados entre os 40 e 49 anos, quatro entre os 30 e 39 e dois entre os 20 e 29 anos.
As autoridades de saúde têm sob vigilância 36.530 pessoas, mais 153 relativamente à véspera.
Aguardam resultado laboratorial 1.248 pessoas, menos 44 do que no dia anterior.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 749 mil mortos e infetou mais de 20,6 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Quase 750 mil mortos e mais de 20,6 milhões de infetados em todo o mundo
A pandemia do novo coronavírus causou pelo menos 749.973 mortos em todo o mundo desde o aparecimento da doença na China, em dezembro, segundo o balanço hoje às 11:00 TMG (12:00 em Lisboa) da agência France-Presse.
Mais de 20.666.110 casos foram diagnosticados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, dos quais 12.347.300 foram considerados curados.
O número de casos diagnosticados só reflete, no entanto, uma fração do número real de infeções, já que alguns países testam apenas casos graves, outros fazem os testes para rastreio e muitos países mais pobres têm uma capacidade limitada de fazer testes.
Nas últimas 24 horas foram registados 6.721 mortos e 270.391 infetados em todo o mundo. Os países que registaram mais novas mortes nos seus balanços foram os Estados Unidos (1.429), o Brasil (1.175) e a Índia (942).
Os Estados Unidos são o país mais afetado tanto em número de mortos como de casos, com 166.027 mortes em 5.197.377 infetados, segundo os dados da Universidade Jonhs Hopkins. Pelo menos 1.753.760 pessoas foram consideradas curadas.
Após os Estados Unidos, os países mais atingidos são o Brasil, com 104.201 mortos em 3.164.785 casos, o México, com 54.666 óbitos (498.380 casos), a Índia, com 47.033 mortos (2.396.637), e o Reino Unido, com 46.706 mortos para 313.798 casos de infeção pelo novo coronavírus.
Entre os países mais afetados, a Bélgica é o que lamenta mais mortos em relação à sua população, com 85 mortes por 100.000 habitantes, seguida do Reino Unido (69), do Peru (66), da Espanha (61) e da Itália (58).
A China (sem os territórios de Hong Kong e Macau) regista oficialmente um total de 84.756 casos (19 nas últimas 24 horas), entre os quais 4.634 mortos e 79.398 recuperados.
A América Latina e as Caraíbas totalizavam às 12:00 de hoje 228.561 mortos em 5.821.886 casos, a Europa 214.604 mortos (3.433.581 casos) e os Estados Unidos e o Canadá 175.069 mortes (5.317.994 infetados).
A Ásia registava 75.896 mortos (3.709.662 casos), o Médio Oriente 31.180 óbitos (1.283.130 infetados), a África 24.269 mortos (1.075.466 casos) e a Oceania 394 óbitos para 24.391 casos de infeção.
O balanço foi realizado a partir de dados recolhidos pelas delegações da AFP junto das autoridades nacionais competentes e de informações da OMS.
Portugal, de acordo com o último relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS), contabiliza 1.764 mortos associados à covid-19 em 53.223 casos confirmados de infeção.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Casos positivos na vila alentejana de Mora aumentam para 26
Os casos confirmados de covid-19 na vila de Mora, no distrito de Évora, aumentaram para 26, mais 10 nas últimas 24 horas, e os internamentos hospitalares subiram para dois, disse hoje o presidente do município.
Os novos 10 casos “foram detetados nos cerca de 60 testes realizados na quarta-feira” na vila alentejana, indicou o presidente da Câmara de Mora, Luís Simão, em declarações à agência Lusa.
O autarca adiantou que estes números foram-lhe fornecidos hoje de manhã pelas autoridades de saúde, referindo que, na quarta-feira à tarde, já tinha sido informado da existência de mais cinco casos positivos, dois deles que fizeram o teste a nível particular.
Segundo o presidente do município, os casos positivos de covid-19 em Mora são de “pessoas da comunidade”, sendo “a maior parte familiares e elementos dos agregados” dos primeiros infetados na vila alentejana.
Luís Simão referiu que das 26 pessoas infetadas duas encontram-se internadas no Hospital do Espírito Santo de Évora e que os testes vão continuar a ser feitos nos próximos dias nas instalações da Casa do Povo de Mora, sem saber precisar o número previsto.
O edifício dos Paços do Concelho, a Oficina da Criança, a Casa da Cultura e os equipamentos desportivos de Mora estão encerrados, pelo menos, até segunda-feira, por precaução, devido ao surto de covid-19 detetado na vila.
Também o Plano Municipal de Emergência já foi ativado, na sequência de uma reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil, realizada na terça-feira, para lidar com este surto de covid-19.
Além dos serviços municipais, também fecharam temporariamente as portas, por precaução, o Centro de Atividades de Tempos Livres de Mora e alguns estabelecimentos comerciais.
Africa CDC lança estudo de verificação de anticorpos no continente
O Centro Africano de Controlo e Prevenção de Doenças indicou hoje que foi iniciado um estudo no continente sobre anticorpos contra o coronavírus, após provas que mostram um maior número de infetados do que os números oficiais mostram.
O diretor do Centro Africano de Controle e Prevenção de Doenças (Africa CDC), John Nkengasong disse aos jornalistas que o estudo incluirá todos os países africanos, mas os que mostraram até agora interesse em começar já nas próximas semanas são a Libéria, Serra Leoa, Zâmbia, Zimbabué, Camarões, Nigéria e Marrocos.
Particularmente importantes entre as provas encontradas do desajuste entre os dados oficiais e os números no terreno, são os dados provenientes de vários estudos concluídos e em fase de conclusão em Moçambique.
Em declarações aos jornalistas, diretor-geral do Instituto Nacional de Saúde (INS) de Moçambique, Ilesh Jani, indicou que um estudo concluído em Nampula, cidade com 900 mil habitantes, revelou uma taxa de exposição ao vírus de 5% dessa população, ou seja, cerca de 45 mil pessoas.
Um segundo estudo semelhante, levado a cabo em Pemba, com 200 mil habitantes revelou uma taxa de exposição de 2,5% da população.
Até ontem, segundo o mesmo responsável, o número total de casos de Covid-19 em Moçambique era de 2559 casos; o número total de mortes era de 19, desde o início da pandemia, 58 pacientes deixaram de estar hospitalizados, e existem atualmente 14 pacientes a receber tratamento hospitalar várias unidades em todo o país. Um total de 951 pacientes recuperaram de Covid-19 em Moçambique, aproximadamente 37%. Em termos de testes, laboratórios em Moçambique conduziram 72.461 testes e a taxa de casos positivos é de 3%.
Ainda que os estudos revelem apenas a exposição ao vírus através da presença de anticorpos na população testada, oferecem uma perceção bem distinta da realidade moçambicana mostrada pelos números oficiais.
“Ficámos surpreendidos com a taxa de exposição”, afirmou Jani.
A outra das surpresas é a da taxa de mortalidade. “Ficámos surpreendidos com a taxa de exposição e ficámos surpreendidos com a baixa taxa de mortalidade”, disse. Uma elevada taxa de mortalidade não é oficialmente reportada em Moçambique, pelo que estes estudos fizeram por uma análise mais cuidada, com a verificação adequada a essa realidade e, ainda assim, verificaram que “não houve surto de mortalidade”, afirmou o diretor-geral do INS.
“Porque é que houve tanta exposição e não há aumento de mortalidade?”, perguntou Jani, deixando no ar a interrogação. “Não sabemos se isto vai continuar assim ou se a doença vai tornar-se mais agressiva”. O compromisso, em todo o caso, segundo o mesmo responsável, é a continuação do trabalho de prevenção. “Precisamos de adotar a nova normalidade e manter as taxas de novos casos baixa”, afirmou o responsável.
Moçambique iniciou vários estudos epidemiológicos em alguns dos maiores centros urbanos. Até agora, foram conduzidos estudos nas cidades de Nampula e Pemba, no norte, e existem ainda dois estudos em andamento, um na capital, Maputo, no sul, e outro em Quelimane, no centro do país. “O objetivo é conduzir estudos em todos os principais centros urbanos”, garantiu Jani.
Os estudos incluíram a monitorização de lares e de grupos sociais específicos e mediram a presença de anticorpos contra o vírus, o que indica a exposição das pessoas ao SARS-cov2.
Nos dois estudos completados, indivíduos de todas as idades estiveram expostos ao vírus. A exposição ao vírus doi detetada em todos os bairros de ambas as cidades, indicou o responsável.
Os grupos profissionais com maior exposição foram os vendedores de mercado, com uma prevalência de exposição variável entre 5,5 e 10%, o segundo grupo mais exposto foi o dos trabalhadores na área da saúde, com prevalência entre 5,5 e 7%, a polícia (entre 3,7% e 6%), empregados em lojas em supermercados com prevalências entre 5 e 5,5%, e finalmente, em ambas as cidades, foram monitorizadas pessoas deslocadas por razões de segurança no norte de Moçambique e entre estas pessoas a prevalência foi de 6%.
De acordo com os dados avançados pelo diretor-geral do INS, o número de casos detetados de Covid-19 em Moçambique tem vindo a aumentar consistentemente, ainda que em taxas mais baixas do que em outros países vizinhos. Em junho foram reportados 535 casos, em julho 975 e em agosto, até ontem, foram contabilizámos 695 casos, o que aponta para a possibilidade do número do mês corrente vir a ser superior ao de julho.
Atualmente, 92 dos 161 distritos do país reportaram casos de Covid-19, o que dá uma taxa de 57% dos distritos.
Novos casos na Alemanha continuam a subir, Governo reitera preocupação
O número de novos casos de covid-19 na Alemanha continua a aumentar, tendo-se registado 1.445 nas últimas 24 horas, o que já levou o governo a reiterar preocupação com uma eventual escalada.
É o maior aumento de novos casos desde o início de maio, de acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), o que já levou hoje o ministro da Saúde, Jens Spahn, a reafirmar que, apesar de o sistema de saúde estar a conseguir lidar com a situação, “ela pode desenvolver-se rapidamente”.
O maior número de contágios verifica-se entre os mais jovens, revelou Spahn no canal televisivo ZDF, com consequências menos severas para a saúde, pedindo no entanto atenção à forma como as pessoas lidam umas com as outras”.
“A prioridade para todos deve ser o possível regresso à escola e o retomar da vida económica para que possam ser assegurados os empregos”, salientou o ministro da Saúde.
O aumento do número de casos é justificado, sobretudo, com o regresso das férias e com o bom tempo na Alemanha, que incentiva os jovens à realização de festas ao ar livre.
O início das aulas em vários estados federados também tem registado problemas. Em Berlim, onde o regresso aconteceu na segunda-feira, já foram identificados casos de covid-19 em pelo menos sete escolas, de acordo com informações do jornal “Tagesspiegel”.
Na Baviera, o segundo estado com o maior número de casos desde o início da pandemia de covid-19 (52.436), há cerca de 44 mil testes que não foram contabilizados e cujos resultados não foram transmitidos. Nesse grupo estima-se que se encontrem 900 casos positivos.
De acordo com a ministra da Saúde da Baviera, Melanie Huml, todas as pessoas que realizaram a prova serão informadas do seu resultado durante o dia de hoje. Desde o final de julho, acrescentou, já foram realizados cerca de 85 mil testes.
O maior estado federado do país, e segundo mais populoso, oferece testes gratuitos nas autoestradas, estações de comboio e aeroportos a todos os que regressem à região. Desde sábado, quem regresse de uma zona considerada de risco é obrigado a realizar um teste.
A Alemanha regista um total de 219.964 casos diagnosticados desde o início da pandemia de covid-19, entre os quais 199.500 já foram considerados curados (um aumento de cerca de 700 nas últimas 24 horas).
Segundo o RKI, há mais quatro vítimas mortais em relação ao dia anterior para um total de 9.211.
No Peru desaparecem oito mulheres por dia, mais três que antes da pandemia
O número de mulheres desaparecidas no Peru, um fenómeno endémico no país, subiu de cinco por dia, em média, para oito, desde a quarentena decretada para travar a pandemia de covid-19, indicou o provedor de Justiça.
O desaparecimento de mulheres é um problema recorrente naquele país latino-americano, que conta 33 milhões de habitantes.
Segundo dados do gabinete do provedor de Justiça, citados pela agência de notícias France-Presse (AFP), em 2019 desapareceram, em média, cinco mulheres por dia.
A situação agravou-se durante o confinamento, imposto entre 16 de março e 30 de junho em todo o país, com o número a subir para oito desaparecimentos por dia.
Neste perído, desapareceram 915 peruanas, 70% das quais menores.
Os familiares das vítimas e grupos de defesa dos direitos das mulheres acusam a polícia de não investigar os desaparecimentos, a pretexto de que deixaram as famílias voluntariamente, apesar da elevada taxa de assassínios de mulheres no país e das redes de tráfico de seres humanos e de prostituição.
“Há resistência por parte da polícia para investigar estes casos. Exigimos que seja criado um registo nacional de pessoas desaparecidas”, disse à AFP a advogada Eliana Revollar, responsável pelos direitos das mulheres no gabinete do provedor de Justiça.
Em 2019, foram assassinadas 166 mulheres no país. Um em cada dez casos tinha sido denunciado às autoridades como desaparecimento, de acordo com o provedor de Justiça.
Desde o início da pandemia, o Peru registou 498.555 infeções e 21.713 mortes por covid-19, incluindo 212 óbitos nas últimas 24 horas, um novo máximo diário.
As autoridades vão impor um novo recolher obrigatório dominical a partir de 16 de agosto, tendo proibido igualmente as reuniões familiares, principal fonte de contágio com o novo coronavírus no país.
O Peru é o terceiro Estado latino-americano mais afetado pela doença, atrás do Brasil e do México.
Peru impõe novo recolher obrigatório após novo máximo diário de casos
O Peru anunciou na quarta-feira o regresso do recolher obrigatório ao domingo, tendo proibido igualmente as reuniões familiares, principal fonte de contágio com o novo coronavírus no país, após registar um recorde diário de infeções.
Em 24 horas, foram diagnosticadas 8.875 novos casos da doença, de acordo com o Ministério da Saúde peruano, o valor mais alto desde 31 de maio, quando se contabilizaram 8.805 infeções num só dia.
O número de casos diminuiu em meados de junho, mas voltou a aumentar desde o levantamento da quarentena em 18 dos 25 departamentos do país, incluindo a capital, Lima.
O Peru iniciou o desconfinamento gradual em 01 de julho, após cem dias de quarentena.
Os restaurantes reabriram e os voos domésticos foram retomados, mas a flexibilização, destinada a reavivar a economia, levou a um ressurgimento de infeções, criando receios de sobrelotação hospitalar.
O Governo decidiu restabelecer o recolher obrigatório dominical, a partir de 16 de agosto, anunciou o Presidente peruano, Martin Vizcarra.
O exército vai conduzir operações para assegurar o cumprimento da medida, que já tinha estado em vigor de abril a junho, acrescentou.
Desde o início da pandemia, o Peru registou 498.555 infeções e 21.713 mortes por covid-19, incluindo 212 óbitos nas últimas 24 horas, de acordo com o relatório oficial.
O país é o terceiro Estado latino-americano mais afetado pela doença, atrás do Brasil e do México.
México perto de chegar aos 500 mil casos e 55 mil mortos
O México está perto de chegar aos 500 mil casos de covid-19 desde o início da pandemia, contabilizando ainda 54.666 óbitos, segundo os dados do Ministério da Saúde do país.
Só nas últimas 24 horas, foram diagnosticadas 4.376 novas infeções, elevando o total para 498.380 desde o primeiro caso registado no país, em finais de fevereiro.
No último dia, o país contabilizou ainda 292 mortes provocadas pela doença, perfazendo agora um total de 54.666 óbitos.
A manterem-se as médias diárias, o país deverá ultrapassar a barreira dos 500 mil casos e as 55 mil mortes nas próximas 24 horas.
A Cidade do México e os estados do México, de Guananajuato, de Tabasco e de Veracruz são as zonas com mais casos acumulados desde o início da epidemia, representando em conjunto cerca de 44% de todas as infeões no país.
O México é o sexto país do mundo com mais casos confirmados, a seguir aos Estados Unidos (EUA), Brasil, Índia, Rússia e África do Sul, e o terceiro com mais mortes por covid-19, depois dos EUA e do Brasil.
China regista 19 casos nas últimas 24 horas
A China registou, nas últimas 24 horas, 19 casos de covid-19, na maioria procedentes do exterior, anunciou hoje a Comissão de Saúde do país.
Entre os casos diagnosticados, oito são de contágio local, todos eles na província de Xinjiang, no extremo noroeste da China, onde foi detetado um surto há cerca de um mês, acrescentou.
Os restantes 11 casos foram diagnosticados em viajantes do estrangeiro, conhecidos como casos “importados”, indicou.
As autoridades de saúde detalharam que, até à meia-noite local (17:00 de quarta-feira, em Lisboa), 56 pacientes tiveram alta.
O número de infeções ativas na China continental é de 724, incluindo 41 doentes em estado grave.
A Comissão não anunciou novas mortes por covid-19, mantendo-se o total desde o início da pandemia em 4.634, entre as 84.756 pessoas infetadas oficialmente diagnosticadas na China.
Argentina vai produzir e México distribuir vacina de Oxford na América Latina, à exceção do Brasil
A Argentiva vai produzir e o México distribuir a vacina de Oxford contra a covid-19 na América Latina, à exceção do Brasil, anunciou na quarta-feira o Presidente argentino.
“Para a América Latina, exceto o Brasil, os responsáveis pela rede de produção serão a Argentina e o México. O México será o responsável por completar o processo de produção, por embalar a vacina e por toda a distribuição, que será de forma equitativa, de acordo com os pedidos dos governos latino-americanos”, declarou Alberto Fernández, em conferência de imprensa.
O laboratório anglo-sueco AstraZeneca, responsável pela produção da vacina contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) desenvolvida pela Universidade britânica de Oxford, assinou um acordo com a Fundação Carlos Slim para produzir entre 150 e 250 milhões de doses, disponível durante o primeiro semestre de 2021, a um custo de entre tres e quatro dólares (entre 2,5 e 3,4 euros) por dose.
Embora tenha um laboratório em Buenos Aires, o AstraZeneca fechou um acordo com outro laboratório argentino, o Mabxience, melhor preparado para a transferência de tecnologia e imediata produção da vacina que está na fase III, a última dos testes.
“Isso põe a Argentina num lugar de tranquilidade. De poder contar com a vacina em tempo oportuno e em quantidade suficiente para poder cobrir a procura de forma imediata”, disse Fernández.
O acordo permite que a Argentina tenha “um acesso entre seis a 12 meses mais rápido” à vacina, indicou.
“Uma das preocupações que sempre tivemos era a de poder garantir, na hora em que a vacina estivesse pronta, que a Argentina não tivesse de esperar e que tivesse acesso o mais rápido possível a essa vacina”, disse.
A Fundação Slim, do empresário mexicano Carlos Slim, líder em telecomunicações móveis na América Latina, vai financiar a produção, mesmo durante a fase de testes.
“A Fundação Slim permitiu que possamos ter acesso a essa vacina a preços muito mais do que razoáveis, entre três e quatro dólares [entre 2,5 e 3,4 euros] a dose”, considerou Fernández, embora o custo seja mais elevado do que o previsto no Brasil.
O laboratório AstraZeneca vai transferir procedimentos e o antígeno para que o laboratório argentino Mabxience possa produzir, em grande escala, a substância ativa da vacina.
“É um imenso desafio para a indústria nacional e para nós é um reconhecimento da qualidade dos laboratórios argentinos”, apontou.
Fernández acrescentou que o laboratório AstraZeneca prevê uma procura de 230 milhões de doses na América Latina, com exceção do Brasil.
Em 31 de julho, o Ministério da Saúde brasileiro anunciou um acordo entre a AstraZeneca e a fábrica de vacinas Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, para a produção de 100 milhões de doses a um custo inicial de 2,30 dólares (1,95 euros) que desce para dois dólares (1,69 euros) nos lotes posteriores.
O valor no Brasil, em que o projeto vai custar ao Estado brasileiro mais de 290 milhões de euros, representa cerca de metade do custo inicial do projeto na restante América Latina.
Resultados preliminares mostraram eficácia para a vacina de Oxford, já no últim estágio de testes, a fase III, aplicada atualmente no Reino Unido, no Brasil, na África do Sul e, em breve, nos Estados Unidos. O projeto Oxford é considerado o mais avançado pela Organização Mundial da Saúde.
Tanto na Argentina quanto no Brasil, a substância ativa deve chegar em novembro ou dezembro e o primeiro lote comercial poderá estar disponível em janeiro ou fevereiro.
“É uma grande notícia que México e Argentina sejam os pontos de referência para a produção da vacina e que possamos trazer uma solução ao continente”, afirmou Alberto Fernández.
Estados Unidos com 1.429 mortos e 52.839 casos nas últimas 24 horas
Os Estados Unidos registaram 1.429 mortes causadas pela covid-19 e 52.839 casos confirmados, nas últimas 24 horas, indicou a Universidade Johns Hopkins.
Desde o início da pandemia no país foram contabilizadas 5.191.689 infeções e 165.909 óbitos, de acordo com a contagem independente da universidade norte-americana, sediada em Baltimore (leste), até às 20:00 de quarta-feira (01:00 de hoje em Lisboa).
Embora Nova Iorque já não seja o estado com o maior número de infeções, continua a ser o que contabiliza mais mortes (32.797), um número superior ao de países como França ou Espanha.
Só na cidade de Nova Iorque morreram 23.602 pessoas.
Seguem-se Nova Jersey, com 15.885 mortes, Califórnia, com 10.699, Texas, com 9.483, e Florida, com 8.765. Outros estados com um elevado número de óbitos são o Massachussetts (8.751), o Illinois (7.881), a Pensilvânia (7.380) e o Michigan (6.539).
Em termos de infeções, o estado da Califórnia registou 589.238, desde o início da pandemia, seguindo-se Florida (550.901), Texas (522.846) e Nova Iorque (422.703).
Os Estados Unidos são o país com mais mortos e mais casos de infeção confirmados.
Mais 1.175 mortos e 55.155 infetados no Brasil em 24 horas
O Brasil registou 1.175 mortos e 55.155 infetados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, estando ainda sob investigação a eventual relação de 3.454 óbitos com a covid-19, informou hoje o executivo.
No total, o país sul-americano contabiliza 104.201 óbitos e 3.164.785 casos confirmados desde o início da pandemia.
De acordo com o Ministério da Saúde, 555 das 1.175 mortes ocorreram nos últimos três dias, mas foram incluídas nos dados de hoje, quando a taxa de letalidade da doença no país está fixada em 3,3%.
Em relação ao número de recuperados, 2.309.477 pacientes conseguiram superar a doença causada pelo novo coronavírus, sendo que 751.107 infetados continuam sob acompanhamento.
O Brasil, segundo país mais afetado pela pandemia no mundo e com uma população estimada de 210 milhões de pessoas, tem agora uma incidência de 49,6 óbitos e 1.506,0 casos da doença por cada 100 mil habitantes.
Onze das 27 unidades federativas do país já registaram mais de 100 mil casos confirmados de covid-19 nos seus territórios e 21 já ultrapassaram a barreira das mil vítimas mortais.
O estado de São Paulo (sudeste) é o foco da pandemia no Brasil, totalizando 655.181 infetados e 25.869 óbitos.
Seguem-se os estados da Bahia (nordeste), com 203.020 pessoas diagnosticadas com covid-19 e 4.135 mortos, o Ceará (nordeste), que concentra oficialmente 192.422 casos confirmados e 8.052 óbitos, e o Rio de Janeiro (sudeste), que tem hoje 185.610 casos de infeção e 14.295 vítimas mortais.
Juntou-se hoje aos números das vítimas mortais da pandemia a avó de Michelle Bolsonaro, mulher do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que morreu num hospital público onde estava internada desde o início de julho.
Também o governador do estado brasileiro de São Paulo, João Doria, integrou as estatísticas, após ter anunciado hoje que está infetado pelo novo coronavírus.
43% das escolas no mundo sem condições de higiene que garantam reabertura segura
Mais de 40% das escolas no mundo não têm acesso a condições básicas de higiene como água para lavar as mãos e sabão, aumentando os riscos de reabertura no contexto da pandemia de covid-19, alertam OMS e UNICEF.
O programa de monitorização conjunto das duas agências das Nações Unidas, a UNICEF e a Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que 43% das escolas em todo o mundo, cerca de duas em cada cinco, não têm acesso a condições de higiene básicas como água e sabão para lavar as mãos, uma medida de proteção contra a covid-19 considerada essencial para uma reabertura das escolas em segurança no contexto da pandemia.
Em comunicado conjunto das duas organizações, a diretora executiva da UNICEF, Henrietta Fore, aponta o “desafio sem precedentes” à educação e bem-estar das crianças colocado pelo encerramento das escolas em todo o mundo e defende que “é preciso dar prioridade à educação das crianças”, o que significa “garantir que as escolas têm segurança para reabrir, incluindo o acesso a condições de higiene das mãos, água potável para beber e condições sanitárias seguras”.
Estes três indicadores são particularmente frágeis em África, onde se encontra um terço das crianças sem condições básicas de higiene nas escolas – 295 milhões de crianças de acordo com os dados das duas agências da ONU.
Em termos globais são 818 milhões de crianças que se encontram nessa situação, colocando-as numa situação de risco acrescido de infeção por covid-19 e outras doenças transmissíveis.
Cerca de 355 milhões de crianças frequentam escolas onde está disponível água, mas não sabão, e 462 milhões de crianças estudam em estabelecimentos sem acesso a água para lavagem das mãos.
Nos países menos desenvolvidos sete em cada dez escolas não têm condições básicas de higiene das mãos e em metade das escolas faltam condições de saneamento e de acesso à água.
O relatório da OMS e da UNICEF destaca que os governos têm que encontrar um equilíbrio na aplicação de medidas de saúde pública e os impactos económicos e sociais de medidas de confinamento devido à pandemia, acrescentando que estão “bem-documentados” os “impactos negativos do encerramento de escolas na segurança, bem-estar e aprendizagem das crianças”.
“O acesso a água, saneamento e condições de higiene é essencial para uma prevenção eficaz da infeção em todos os locais, incluindo nas escolas”, defende Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, acrescentando que a reabertura segura das escolas deve ser “uma grande prioridade das estratégias governamentais”.
Nos países para os quais existem dados, no que diz respeito a higienização das mãos os países com condições mais deficitárias nas escolas encontram-se maioritariamente na África subsariana, no sul da Ásia e na América do Sul, entre os quais se encontram o Brasil e a Índia, ambos com uma cobertura entre os 51% e os 75% das escolas no seu território com condições de higiene básicas.
As Nações Unidas emitiram linhas orientadoras para uma reabertura segura das escolas, que incluem várias medidas relacionadas com a lavagem das mãos, utilização de equipamento de proteção pessoal, limpeza e desinfeção, assim como garantir acesso a água potável e pontos de lavagem de mãos com água e sabão e instalações sanitárias seguras.
O comunicado das duas agências da ONU recorda ainda a iniciativa conjunta “Higiene das Mãos para todos” que pretende garantir equidade no acesso a condições de higiene no mundo, focando-se nas comunidades mais vulneráveis, procurando garantir meios de proteção com a colaboração de parceiros, governos, setor público e privado e sociedade civil para assegurar produtos e serviços de custo acessível disponíveis nas áreas menos privilegiadas.
Estado brasileiro do Paraná assina memorando com Rússia para vacina
O Governo do estado brasileiro do Paraná assinou hoje um memorando de entendimento com a Rússia para ampliar a cooperação técnica, transferências de tecnologia e estudos sobre a vacina russa Sputnik V contra a covid-19.
Segundo o executivo ‘paranaense’, o memorando assinado “deixa aberta a possibilidade de realização de testes, produção e distribuição do imunizante” em território brasileiro.
“A ideia do memorando de entendimento é ampliar a cooperação e estabelecer uma parceria. Estamos a avançar nos acordos para transferência de tecnologia”, afirmou em comunicado o governador do Paraná, Carlos Ratinho Júnior.
O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) será responsável por coordenar os estudos da vacina Sputnik V, desenvolvida pelo instituto russo Gamaleia.
“É um memorando de entendimento bastante objetivo que visa a troca de tecnologia. Ele não gera obrigações, mas uma nova construção, um entendimento de que podemos trabalhar juntos. Vamos criar um grupo de trabalho para a formação de um protocolo que vai ser submetido às autoridades brasileiras”, afirmou o presidente do Tecpar, Jorge Callado.
“Neste momento a prioridade é a validação da vacina no país. Dependemos dessa aprovação para os outros encaminhamentos”, acrescentou Callado, frisando que está dado o primeiro passo para a entrada da Sputnik V no Brasil.
Questionado sobre a colocação de esforços numa vacina em relação à qual a Organização Mundial de Saúde (OMS) se mostra ainda reticente, Jorge Callado afirmou que aguarda a apresentação de comprovações por parte da Rússia, mas que o importante é o Brasil “estar inserido” nas negociações.
“Quantas mais alternativas, melhor para o país e para o mundo”, indicou o presidente do Tecpar em conferência de imprensa, no final da firmação do memorando, sublinhando que não serão “avançadas etapas” que comprometam a segurança dos cidadãos face à vacina.
O embaixador russo no Brasil, Sergey Akopov, e o presidente do Fundo de Investimento Direto da Rússia, Kirill Dmitriév, participaram no encontro virtual e referendaram o memorando.
Assinada a parceria, o próximo passo é a formação de um grupo de trabalho com integrantes do Governo do Paraná e do executivo russo para acompanhar a validação da vacina em território brasileiro.
Não existe, por enquanto, expectativa ou prazos estabelecidos para o eventual início dos testes. Todo o processo será acompanhado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil e pelo Comité de Ética em Pesquisas, vinculados ao Ministério da Saúde do país sul-americano.
A vacina contra o SARS CoV-2 desenvolvida pelos cientistas russos chama-se Sputnik V (o V significa “vacina”) em referência ao satélite soviético, o primeiro aparelho espacial a ser lançado para a órbita do planeta Terra, disse na terça-feira o Presidente da Rússia, Vladimir Putin.
O chefe de Estado anunciou na terça-feira que a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a registar uma vacina contra o novo coronavírus.
De acordo com Putin, a vacina russa é “eficaz” e superou todas as provas necessárias assim como permite uma “imunidade estável” face à covid-19.
O Brasil totaliza 103.026 óbitos e 3.109.630 casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia, sendo o segundo país mais atingido pela doença no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
Mais 27 casos em Angola e Huíla junta-se às províncias afetadas
Angola registou 27 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, dos quais um na Huíla, que se tornou assim na 14.ª província angolana afetada pela doença, anunciou o secretário de Estado para a Saúde Pública.
Segundo Franco Mufinda, que hoje apresentou os dados no balanço epidemiológico diário, além da Huíla, foi diagnosticado mais um caso no Cuanza Norte (município do Cazengo, que se encontra sob cerca sanitária), sendo os restantes 25 de Luanda.
Os infetados têm entre 1 e 74 anos, sendo 14 de sexo masculino e 13 do sexo feminino.
Foram também dadas como recuperadas duas pessoas.
Franco Mufinda apresentou igualmente a distribuição territorial da covid-19 em Angola: Luanda com 1.700 casos está em fase de transmissão comunitária, Cuanza Norte com 18 casos de transmissão local, Zaire com 14 casos, Cabinda com nove, Bengo e Cuanza Sul com cinco casos, Cunene com três casos importados, Benguela com dois importados, e Uíje, Lunda Norte, Malanje, Bié, Moxico e Huíla todos com um caso importado.
Só quatro províncias não foram ainda afetadas: Namibe, Cuando Cubango, Lunda Sul e Huambo.
No total, Angola diagnosticou 1.762 infeções, das quais 80 resultaram em óbitos, 577 doentes recuperaram e 1.105 estão em fase ativa da doença, dos quais cinco em estado crítico e 21 em estado grave.
O secretário de Estado informou ainda que foi realizado um estudo epidemiológico relativo aos cem casos reportados no domingo, 09 de agosto, que conclui que 30 são trabalhadores do ramo petrolífero em regime de rotação das plataformas do Bloco 3.
Segundo o mesmo responsável foram tomadas medidas de saúde pública com rastreios e testagem, e os infetados já se encontram em Luanda a receber cuidados médicos, estando a ser feito o devido acompanhamento aos contactos destas pessoas.
Nas próximas 48 horas deverá terminar a retirada dos trabalhadores das plataformas.
“Estamos a tomar medidas de desinfeção por áreas e substituição da equipa afetada”, acrescentou Franco Mufinda.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 743 mil mortos e infetou mais de 20,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em África, há 23.616 mortos confirmados em mais de um milhão de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia no continente.
Entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné Equatorial lidera em número de casos e de mortos (4.821 infetados e 83 óbitos), seguindo-se Cabo Verde (2.920 casos e 33 mortos), Moçambique (2.559 casos e 19 mortos), Guiné-Bissau (2.088 casos e 29 mortos), Angola (1.762 infetados e 80 mortos) e São Tomé e Príncipe (878 casos e 15 mortos).
França com forte aumento de novos infetados em um dia com 2.524 casos
O número de novas infeções pela doença covid-19 em França teve um forte aumento com 2.524 casos nas últimas 24 horas, muito acima dos 1.397 registados na terça-feira, divulgou hoje a Direção Geral da Saúde (DGS) daquele país.
A evolução ao longo da última semana no número de novos infetados com a covid-19 é ascendente, registando-se 11.663 casos, destacou a DGS em comunicado, citada pela agência EFE.
Numa semana, entre 03 e 09 de agosto, a taxa de positivos subiu igualmente 2,2%, aumentando uma décima face aos dados divulgados na terça-feira e seguindo a tendência verificada nos últimos dias.
A estes números soma-se o facto de a França ter acelerado a realização de testes, com um total de 606.487 na última semana.
Na página oficial na Internet que acompanha a evolução da pandemia naquele país, a DGS regista um total de 206.696 casos desde o início da pandemia.
Atualmente há 217 focos de contágio a serem acompanhados em todo o país, mais 25 do que no dia anterior.
Apesar disso, o número de doentes internados devido ao novo coronavírus diminuiu para 4.891, face aos 5.012 registados na terça-feira.
Nas últimas 24 horas, aconteceram 143 novos internamentos e de todos os infetados hospitalizados, 379 estão em unidades de cuidados intensivos.
França soma ainda mais 18 mortos nos hospitais em 24 horas. A DGS não atualiza todos os dias o número de mortos fora dos hospitais.
No total, desde março já morreram em França 30.371 pessoas devido à covid-19.
O Governo francês anunciou hoje que irá reforçar o número de polícias para que se cumpra de forma efetiva a obrigação do uso de máscaras, norma que está a ser implementada em mais cidades nas áreas onde existe uma maior concentração de pessoas.
Cabo Verde chega aos 3.000 casos acumulados com mais 80 infeções
Cabo Verde registou 80 novos casos de infeção pelo novo coronavírus, nas ilhas de Santiago e do Sal, e chegou aos 3.000 casos acumulados desde 19 de março, informou hoje o Ministério da Saúde.
Em comunicado, o Ministério da Saúde adiantou que os laboratórios de virologia do país analisaram 322 amostras, a maioria de domingo e segunda-feira, das quais 80 deram resultado positivo, o segundo maior número registando até hoje, depois dos 83 em 03 de julho.
Os novos casos foram registados na ilha de Santiago (71), distribuídos pelos concelhos da Praia (69), Santa Cruz (1) e Ribeira Grande (1), enquanto os outros nove casos foram contabilizados na ilha do Sal.
No mesmo comunicado, o ministério adiantou que o país registou mais 24 casos recuperados (Praia 17 e Santa Cruz 7), passando o totalizar 2.172 pessoas com alta até agora (72,4%).
Dos 3.000 casos acumulados desde 19 de março, Cabo Verde continua com 33 óbitos (1,2%), dois doentes transferidos para os seus países e 793 casos ativos (26,4%).
Em conferência de imprensa na Praia, o diretor do Serviço de Prevenção e Controlo de Doenças, Jorge Noel Barreto, salientou que ainda tem acontecido um número considerável de novos casos na cidade da Praia, que poderá estar relacionado com o comportamento das pessoas, que não estão a respeitar o distanciamento físico, nomeadamente em instituições públicas.
Além disso, Jorge Noel Barreto referiu que muitas pessoas estão a usar as máscaras, mas nem sempre de forma adequada.
“Aproveitamos para fazer mais um apelo, porque quanto mais casos formos tendo, mais probabilidades temos de acontecerem mortes. Voltamos a fazer o apelo para as pessoas respeitarem as medidas de prevenção”, insistiu o porta-voz do Ministério da Saúde, para quem a situação tem sido mais preocupante na cidade da Praia e que é preciso algum controlo.
Na segunda-feira entraram em vigor novas medidas restritivas de funcionamento das atividades económicas para conter a propagação do novo coronavírus nas ilhas de Santiago e do Sal.
Em África, há 23.616 mortos confirmados em mais de um milhão de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
Polónia levanta restrições a passageiros vindos de Portugal
A Polónia levantou as restrições a passageiros de voos diretos de Portugal, indica hoje uma nota do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português.
“A Polónia retirou Portugal da lista dos países relativamente aos quais mantém restrições de voos diretos, juntando-se assim à Grécia, República Checa, Hungria, Malta, à Roménia, à Bélgica, aos Países Baixos, à Dinamarca e ao Chipre no levantamento total ou parcial de restrições à mobilidade de passageiros oriundos de Portugal”, lê-se no comunicado.
“Os factos corroboram o reconhecimento da transparência da informação fornecida pelo nosso país relativamente à evolução da situação epidemiológica, bem como da evidência da capacidade de resposta do nosso Serviço Nacional de Saúde, que em nenhum momento deixou de garantir acompanhamento às pessoas infetadas com Covid-19”, acrescenta-se na nota.
O Palácio das Necessidades defende ainda que representa o reconhecimento da “evolução positiva da situação epidemiológica em Portugal”, sobretudo na “capacidade para testar em larga escala, “detetar” os casos positivos, “controlar” a transmissão e “tratá-los da forma mais adequada”.
Madeira com mais um caso de infeção
A Madeira contabiliza mais uma pessoa infetada com covid-19, elevando para 127 os casos notificados no arquipélago, dos quais 100 estão recuperados, revelou hoje o Instituto de Administração da Saúde (IASAÚDE).
“Nas últimas 24 horas, há um novo caso positivo a reportar, pelo que a região apresenta agora um total cumulativo de 127 casos confirmados da covid-19”, refere o boletim sobre a situação epidemiológica da covid-19 na Região Autónoma da Madeira.
O IASAÚDE acrescenta, contudo, haver ainda a reportar “a identificação de mais quatro situações que se encontram em estudo pelas autoridades de saúde”.
“Tratam-se de quatro viajantes identificados na operação de rastreio em curso no aeroporto da Madeira, que foram submetidos a análises laboratoriais no local”, cujas investigações epidemiológicas estão em curso, acrescenta
Contabilizando até à data 100 casos recuperados na região, são 27 os casos de infeção ativos, consistindo em 24 casos importados identificados no contexto das atividades de vigilância implementadas no Aeroporto da Madeira e três casos de transmissão local.
Relativamente ao isolamento dos casos positivos, 23 pessoas cumprem isolamento numa unidade hoteleira dedicada, uma no domicílio respetivo, duas encontram-se hospitalizadas em Unidade de Internamento Polivalente dedicada à covid-19 e uma permanece em Unidade de Cuidados Intensivos dedicada.
Até hoje, foram contabilizadas na Região Autónoma da Madeira 1.586 notificações de casos suspeitos da covid-19, dos quais 1.459 não se confirmaram.
À data, 19.478 pessoas estão a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde dos vários concelhos da região, com recurso à aplicação ‘MadeiraSafeToDiscover’, das quais 8.294 estão em vigilância ativa.
Até ao fim de terça-feira, no laboratório de Patologia Clínica do Serviço Regional de Saúde foram processadas 56.822 amostras para teste de PCR.
No contexto da operação de rastreio de viajantes nos portos e aeroportos da Madeira e do Porto Santo, há a reportar um total cumulativo de 27.081 colheitas para teste à covid-19 realizadas (até às 17:00 de ontem).
Espanha regista 1.690 novos casos em 24 horas sem os dados de Madrid
O Ministério da Saúde espanhol contabilizou hoje mais 3.172 infetados por covid-19 e reportou, nas últimas 24 horas, 1.690 novos casos, sem registar os dados de Madrid, elevando o total de infeções para 329.784 desde o início da pandemia.
A comunidade de Aragão continua a liderar a lista de mais casos diagnosticados nas últimas 24 horas, com 306 infeções, seguido do País Basco com 268, comunidade que corrigiu os seus dados e eliminou casos duplicados.
Segue-se a Andaluzia em terceiro lugar, com 202, e a Catalunha (200), de acordo com o último balanço divulgado pela autoridade de Saúde daquele país, segundo noticia a agência EFE.
A contagem global de hoje regista menos duas mortes face ao dia anterior, agora com um total de 28.579, com 65 destas a terem acontecido na última semana, não se registando as ocorridas em Madrid.
Das 65 mortes, 23 ocorreram em Aragão, 06 na Andaluzia, 06 na Comunidade Valenciana e Castela e Leão, e 03 na Galiza e Castela-La Mancha.
Apesar de não ter conseguido lançar toda a informação “devido a problemas técnicos”, a comunidade de Madrid comunicou nas últimas 24 horas 654 novos casos confirmados através de testes PCR, praticamente o dobro dos 324 notificados na terça-feira, e ainda quatro mortes, tal como no dia anterior.
Com estes dados, o número de infeções detetadas nas últimas 24 horas pelas autoridades de Saúde subiu para 1.690, quase 200 mais que no dia anterior.
As infeções por covid-19 detetadas por teste PCR nos últimos sete dias aumentaram para 24.524, com a Catalunha a ser a região mais afetada com 4.834, seguida de Aragão (3.356), País Basco (2.235) e Andaluzia (1.862).
Em sentido contrário estão as comunidades de La Rioja, com 120, Astúrias (160) e Extremadura (191).
A taxa de incidência (os casos diagnosticados por 100 mil habitantes) é de 52,15 em Espanha, mas continua a ser muito desigual entre as regiões autónomas, variando de 254,38 em Aragão a 1099,14 em Navarra ou 101,23 no País Basco a 15,64 nas Astúrias ou 17,89 na Extremadura.
Nas duas últimas semanas, os casos subiram para 45.532, o que aumentou a taxa de incidência para 96,82.
Há ainda 3.908 casos de infetados com sintomas registados na última semana, a maioria deles na Catalunha (995), à frente da Andaluzia (406), Ilhas Baleares (262), Comunidade Valenciana (246) e Aragão (240).
O número de doentes que foram internados na última semana é agora de 864, face aos 805 registados no balanço de terça-feira, sendo o total desde o início da pandemia de 128.662.
Aragão surge em primeiro lugar com 225 internamentos nos últimos sete dias, seguido pela Comunidade Valenciana, com 98, e Andaluzia (78).
Destes, 49 foram internados nos cuidados intensivos na última semana, a maioria na Andaluzia (7), além da Comunidade Valenciana (6) e Navarra e Aragón, ambas com 5, sendo o total 11.912.
Moçambique regista mais dois óbitos e sobe total de infeções para 2.559
Moçambique registou, nas últimas 24 horas, mais dois óbitos pelo novo coronavírus, elevando o total de vítimas mortais para 19, num dia em que o número de casos subiu para 2.559, anunciou o Ministério da Saúde.
A primeira vítima, de 34 anos, de nacionalidade moçambicana, deu entrada no Hospital Provincial de Chimoio, em Manica, centro do país, no dia 05, “com um quadro de doença crónica grave e perdeu a vida em menos de 24 horas de internamento”, referiu um comunicado do ministério.
“A amostra para a realização do teste para o novo coronavírus foi colhida no dia da admissão e o resultado positivo foi confirmado no dia 10”, acrescentou a nota.
A segunda vítima, também de nacionalidade moçambicana, de 75 anos, deu entrada num hospital privado da cidade de Maputo em 28 de julho, “com um quadro de doença crónica e doença respiratória grave”, tendo sido feito o teste para a covid-19 no mesmo dia e o resultado foi conhecido em 07 de agosto.
“No dia 09 foi transferido para o Hospital da Polana Caniço em Maputo, mas o seu quadro de doença manteve-se grave e foi declarado óbito na manhã de hoje”, detalhou o comunicado do Ministério da Saúde.
As duas mortes são anunciadas num dia em que foram registados mais 78 casos positivos de covid-19, elevando o total para 2.559, dos quais 2.371 são de transmissão local e 188 são importados.
“Dos 78 novos casos, 77 são de indivíduos de nacionalidade moçambicana e um é de nacionalidade portuguesa”, indicou o Ministério da Saúde.
Os casos hoje reportados, entre os quais dois menores de 5 anos, encontram-se em isolamento domiciliar e, neste momento, decorre o processo de identificação dos seus contactos, acrescentou o comunicado.
As autoridades de saúde indicam ainda que há 14 pessoas internadas e 951 dadas como recuperadas da covid-19.
Dos casos ativos em Moçambique, a cidade de Maputo, capital do país, regista o maior número, com 571 infeções, seguida da província de Maputo, com 348 casos, ambas do sul do país.
Desde o anúncio do primeiro caso de covid-19 em Moçambique, em 22 de março, o país realizou 72.461 testes de casos suspeitos, tendo rastreado mais de 1,7 milhões de pessoas.
Foram colocadas em quarentena domiciliária 27.125 pessoas suspeitas de covid-19 e 3.807 continuam a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde.