Portugal regista hoje mais três mortos e 213 novos casos de infeção por covid-19 em relação a quarta-feira, segundo o boletim diário da Direção-Geral de Saúde (DGS).
De acordo com o relatório da DGS sobre a situação epidemiológica, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 52.061 casos de infeção confirmados e 1.743 mortes, das quais duas na região Norte e uma na região de Lisboa.
A região de Lisboa e Vale do Tejo totaliza hoje 26.720 casos de covid-19, mais 147 do que na quarta-feira, representando 51% do total de novos casos.
Em termos percentuais, nas últimas 24 horas o aumento no número de casos confirmados foi de 0,4% (passou de 51.848 para 52.061) e no de mortos de 0,2%.
O número de doentes dados como recuperados de covid-19 voltou a aumentar nas últimas 24 horas para 37.783, mais 218, registando novamente um número superior ao de novos casos de infeção (213).
Quanto aos casos confirmados, a região de Lisboa e Vale do Tejo lidera, com 26.720, seguida pela região Norte com 18.891, mais 37 casos, e a região Centro tem 4.478 infeções confirmadas, mais 16 novos casos do que os registados na véspera, de acordo com o boletim.
O Algarve totaliza 905 casos, mais três do que na quarta-feira, e o Alentejo tem mais nove casos de infeção, num total de 762.
A Madeira regista mais um caso, totalizando agora 119 infeções confirmadas, e nenhuma morte, e nos Açores os 170 casos de infeção contabilizados mantêm-se, assim como os 15 mortos já anteriormente registados.
O número de pessoas internadas é de 369 nas últimas 24 horas, representando menos 15 pessoas do que na quarta-feira e nos cuidados intensivos estão hoje 42 pessoas, mais uma em relação ao boletim diário anterior.
Sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras e adianta que se refere ao total de notificações médicas no sistema SINAVE, não incluindo notificações laboratoriais. Como tal, pode não corresponder à totalidade dos casos por concelho.
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Já são 613 os casos recuperados no Algarve
Ao que o POSTAL apurou, o total de casos confirmados até segunda-feira elevava-se a 889 (DGS apresenta hoje 905), com 17 falecimentos a lamentar (a DGS apresenta apenas 15, menos 2).
À data de segunda-feira, dia 3, a região do Algarve apresentava 259 casos ativos de doentes com Covid-19 e 613 que já se encontram recuperados.
Até segunda-feira, os três concelhos com mais casos ativos representavam cerca de 55% da totalidade dos casos ainda infetados: Loulé com com 52, Faro com 49 e Albufeira com 41.
Já com menos de 10 casos ativos, existem 6 concelhos: Castro Marim com nenhum caso ativo, Aljezur com apenas 2, São Brás de Alportel e Vila Real de Santo António com 3, Monchique com 4 e Lagoa com 5.
Estes dados baseiam-se nas informações da Entidade Regional de Saúde do Algarve e das autarquias algarvias, dados nem sempre coincidentes com os da DGS, que passou a atualizar os casos por concelho semanalmente.
Em termos globais, há mais infetados na faixa etária entre 40 e 49 anos (8.614), seguindo-se a faixa entre 30 e 39 anos, que contabiliza hoje 8.508 casos.
A faixa etária entre os 20 e os 29 anos, totaliza em Portugal desde o início da pandemia 7.967 casos, mais 22 infeções.
Na faixa dos 50 aos 59 anos, os casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2 situa-se nos 7.870.
Com mais de 80 anos, tiveram infeções confirmadas 5.905 pessoas, mais 20 do que na quarta-feira.
A covid-19 já afetou em Portugal 1.893 crianças até aos nove anos e 2.410 entre os 10 e os 19.
A região Norte continua a registar o maior número de mortes (831), seguida da região de Lisboa e Vale do Tejo (608), o Centro (252), Alentejo (22), Algarve (15) e Açores (15).
Os dados indicam que do total das vítimas mortais, 873 são homens e 870 são mulheres.
Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos (1.167), seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (340), entre 60 e 69 anos (156) e entre 50 e 59 anos (57). Há ainda 20 mortos registados entre os 40 e 49 anos, quatro entre os 30 e 39 e dois entre os 20 e 29 anos.
As autoridades de saúde têm sob vigilância 37.783 pessoas, mais 414 relativamente à véspera.
Aguardam resultado laboratorial 1.317 pessoas, menos 120 do que no dia anterior.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 708 mil mortos e infetou mais de 18,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Itália regista mais 402 casos e seis mortes nas últimas 24 horas
A Itália registou um aumento de infeções de covid-19 com 402 casos nas últimas 24 horas, superando os 384 de quarta-feira, e somou seis mortes, de acordo com os dados divulgados hoje pelo Ministério da Saúde.
No total, 249.204 pessoas foram infetadas desde a deteção do primeiro caso no país, a 21 de fevereiro.
Com o aumento do último dia, o número de mortes chega a 35.187.
O número de infeções tem aumentado nos últimos dias, em parte devido ao aumento do número de testes realizados, que nas últimas 24 horas foram 58.673.
Enquanto os pacientes nos hospitais com sintomas são apenas 762 em todo o país, menos dois que na quarta-feira, nos cuidados intensivos estão internados 42, mais um do que nas últimas 24 horas.
Os restantes, 11.900, estão em isolamento doméstico.
O relatório de controlo da pandemia das últimas duas semanas e publicado hoje, com dados até 02 de agosto, observou “um aumento no número de novos casos diagnosticados e notificados”, mas especificou que esse aumento “ocorre principalmente em pessoas assintomáticas”.
“O índice de transmissão nacional (Rt) calculado em casos sintomáticos é igual a 1.01” e o “número de casos sintomáticos diagnosticados no país manteve-se substancialmente estável nas últimas semanas”, acrescenta o estudo.
Em muitas regiões é relatada a presença de novos casos de infeção importados de outra região ou de outro país, portanto, é confirmada uma situação epidemiológica extremamente fluída, acrescenta o estudo.
Entretanto, o Governo italiano deve prolongar até 31 de agosto, em novo decreto, o uso obrigatório de máscaras em locais fechados.
Neste decreto, prevê-se a reabertura de feiras e eventos, assim como a permissão de cruzeiros, prevalecendo o não à reabertura de discotecas.
Reino Unido regista 49 mortes e aumento de casos para 950 nas últimas 24 horas
O Reino Unido registou hoje 950 infeções de covid-19 nas últimas 24 horas, número acima dos 892 reportados na quarta-feira e dos 670 na terça-feira, somando ainda 49 mortes.
De acordo com os dados oficiais do Ministério da Saúde, 46.413 pessoas já morreram até agora no Reino Unido após testes positivos para o novo coronavírus e um total de 308.134 foram infetadas desde o início da pandemia.
Nos hospitais britânicos continuam 1.118 pacientes, 73 dos quais requerem ventilação assistida.
Os surtos locais mantêm em confinamento parcial a cidade de Manchester e outras áreas no norte de Inglaterra, assim como a urbe de Aberdeen, na Escócia.
O autarca da cidade inglesa de Preston, onde vivem cerca de 150 mil pessoas, advertiu que o aumento de casos locais pode levar a novo confinamento nos próximos dias e pediu aos cidadãos para limitarem as visitas a outros domicílios e a usarem sempre a máscara, apesar de não ser obrigatório nas regras oficiais.
O governo britânico anunciou hoje que o sistema de deteção e rastreamento de contágio conseguiu entrar em contacto com 72,4% dos contactos próximos das pessoas que testaram positivo na semana que terminou a 29 de julho, uma percentagem um pouco menor à registada na semana anterior, e que foi de 76,2%.
Apesar das críticas ao programa de triagem britânico nos últimos dias, o primeiro-ministro, Boris Johnson, assegurou hoje que se trata de um sistema “líder mundial”.
“Estamos a fazer mais testes em relação ao número da população do que praticamente qualquer outro país da Europa”, afirmou o chefe de Governo, sublinhando que o Executivo trabalha junto das administrações locais para tomar as “medidas adequadas” em cada região do país.
Uma análise publicada pela Unidade de Bioestatística de Covid-19 da Universidade de Cambridge sugere que o número real de infeções diárias em Inglaterra situa-se nos 3.200, um número semelhante ao das últimas três semanas.
Moçambique regista 41 novos casos e sobe total para 2.120
Moçambique registou mais 41 novos casos positivos de covid-19, nas últimas 24 horas, elevando o total para 2.120, mantendo-se com 15 óbitos, anunciou hoje o Ministério da Saúde.
“Os casos positivos que anunciamos hoje são de nacionalidade moçambicana”, disse a diretora de Saúde Pública, Rosa Marlene, na atualização de dados sobre a pandemia no Ministério da Saúde, em Maputo.
Os novos casos foram registados em cinco províncias do país, nomeadamente Maputo (06), Cabo Delgado (04), Zambézia (01), Inhambane (03) e Maputo Cidade (27).
“Todos os casos encontram-se em isolamento domiciliar e decorre, neste momento, a identificação dos seus contactos”, avançou Rosa Marlene.
O país registou um total de 1.940 casos de transmissão local e 180 importados, havendo 15 óbitos, 11 internados e 795 recuperados, indicam as autoridades de saúde.
A maioria dos casos ativos estão na cidade e província de Maputo, com 399 e 264 pessoas infetadas, respetivamente, seguida de Cabo Delgado, com 249, e Nampula, com 201 casos.
As restantes sete províncias do país registam menos de 60 casos.
Moçambique realizou 65.151 testes de casos suspeitos, desde o anúncio do primeiro caso de covid-19 em 22 de março, tendo rastreado mais de 1.6 milhões de pessoas.
Um total de 26.193 pessoas suspeitas de infeção foram colocadas em quarentena domiciliária e 3.256 continuam a ser acompanhadas pelas autoridades de saúde.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, decretou, na quarta-feira, um novo estado de emergência por 30 dias a partir de sábado, na sequência da pandemia de covid-19, prevendo durante este período o reinício faseado das atividades económicas do país.
Entre outras restrições, o novo estado de emergência mantém limitações quanto a ajuntamentos, interdição de eventos e espaços de diversão, e obrigatoriedade de uso de máscara.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 708 mil mortos e infetou mais de 18,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
OMS critica opção política por “nacionalismo de vacinas”
A Organização Mundial de Saúde (OMS) criticou hoje o “nacionalismo de vacinas” para a covid-19, afirmando que qualquer país terá benefícios económicos e de saúde se o resto do mundo recuperar da pandemia.
“O nacionalismo em relação às vacinas não presta. Não nos ajudará. Quando dizemos que uma vacina deve ser um bem global de saúde pública, não se trata de partilhar por partilhar. Para o mundo poder recuperar mais depressa, tem de recuperar em conjunto”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, numa conferência de imprensa virtual integrada no Fórum de Segurança de Aspen, um encontro global organizado a partir dos Estados Unidos.
Os países que cheguem primeiro a uma vacina e que se comprometam a contribuir para que seja distribuída equitativamente por todo o mundo “não estão a fazer caridade aos outros, estão a fazê-lo por si próprios, porque quando o resto do mundo recuperar e as economias reabrirem, também beneficiam”, declarou.
O diretor executivo do Programa de Emergências Sanitárias da OMS, Michael Ryan, afirmou que de 165 projetos de vacinas, 26 estão em testes clínicos e seis entraram na chamada fase três, em que são testadas em pessoas saudáveis para ver se são capazes de as proteger contra o novo coronavírus durante grandes períodos de tempo.
Nenhuma delas – três na China, uma na universidade britânica de Oxford, e duas de empresas farmacêuticas Estados Unidos, Moderna e Pfizer – é garantia, por si, só de sucesso na eliminação da covid-19 como ameaça de saúde pública, salientou, referindo que poderão ser precisas várias para o conseguir.
Michael Ryan indicou que a resposta da comunidade científica no desenvolvimento de vacinas foi “incrível para o curto espaço de alguns meses”, frisando que é preciso garantir que qualquer uma das candidatas será “segura e eficaz”.
“Precisamos de continuar a ser cautelosos à medida que aumentamos o número de pessoas vacinadas, porque os efeitos secundários raros só se manifestam quando se vacinam muitas pessoas”, salientou.
Assim que houver “sinais de segurança” suficientes, a produção de vacinas poderá começar, garantindo-se que há vacinas suficientes para as necessidades de todo o mundo.
“Para o mundo recuperar mais depressa, tem que recuperar em conjunto”, reiterou Tedros Ghebreyesus.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 708 mil mortos e infetou mais de 18,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.743 pessoas das 52.061 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Bares do Porto propõem abertura de discotecas após parecer favorável da DGS
O presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto vai enviar hoje uma proposta ao Governo para a abertura das discotecas além da 01:00 após parecer favorável da Direção-Geral da Saúde.
“A Associação vai propor que se avance com uma abertura das discotecas em função das condições que cada uma oferece, ou seja, a abertura durante o período da pandemia só poderá acontecer com um parecer da Direção-Geral da Saúde (DGS), o qual terá que ser elaborado após visita in loco aos estabelecimentos que tenham formalizado um pedido”, explicou António Fonseca à agência Lusa.
Para António Fonseca, que é também presidente da União de Freguesias de Miragaia, Nicolau, Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé e Vitória (Porto), a proposta da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto ajudaria a dar um “passo para minimizar a angústia dos empresários e dos trabalhadores, de forma gradual e responsável”.
“O empresário propõe à Direção-Geral da Saúde a sua abertura (…). Para o efeito pede um parecer favorável. Esse parecer favorável tem de passar por uma visita in loco dos técnicos da Direção-Geral da Saúde e, a partir do momento em que haja um parecer favorável, o Governo, que por norma usa as recomendações da DGS”, decidirá conclui António Fonseca, esperançado de que depois “gradualmente” os estabelecimentos possam ir reabrindo.
Seria uma forma de, passado um mês, os estabelecimentos que tivessem parecer favorável e depois de haver uma visita, pudessem estar a funcionar, tal como noutras situações semelhantes aconteceu, disse, recordando a altura da lei do tabaco.
Os bares e discotecas estiveram encerrados em Portugal desde março devido à pandemia de covid-19, mas desde o dia 01 de agosto que puderam começar a funcionar como cafés e pastelarias
Em conferência de imprensa a dia 30 de julho, e após a reunião semanal do Conselho de Ministros, em Lisboa, a ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, explicava que, no contexto da “situação epidemiológica do país mais controlada”, foi determinada “a possibilidade de os estabelecimentos que são bares na sua origem funcionarem enquanto pastelarias e cafés, seguindo as mesmas regras de distanciamento que estas instituições têm”.
A ministra esclareceu que os bares e discotecas que optassem pela reabertura teriam a possibilidade de funcionar até às 20:00 na Área Metropolitana de Lisboa e até às 01:00 (com limite de entrada às 24:00) no resto do território continental, tal como a restauração.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 708 mil mortos e infetou mais de 18,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
De acordo com o relatório da DGS sobre a situação epidemiológica, desde o início da pandemia até hoje registaram-se 52.061 casos de infeção confirmados e 1.743 mortes, das quais duas na região Norte e uma na região de Lisboa.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
Fenprof pede mais professores e respeito por carga horária nas universidades
A Federação nacional dos Professores (Fenprof) defendeu hoje que é preciso abrir concursos para professores no ensino superior e respeitar as cargas horárias dos docentes no próximo ano letivo, marcado pela pandemia de covid-19.
Em comunicado, a Fenprof queixa-se ainda da falta de “quaisquer medidas tomadas pela tutela para aliviar os encargos dos estudantes e das suas famílias” com as propinas, a par de outros problemas que “a pandemia contribuiu para tornar mais evidentes”, como “o subfinanciamento crónico do ensino superior e da ciência e a precariedade laboral”.
Para os sindicalistas, é a altura de começar a reduzir o valor das propinas e de revogar o estatuto dos bolseiros de investigação, apontando para a sua integração nas carreiras.
A federação sindical refere que a pandemia agravou “más práticas e tendências já existentes”, apontando o recurso ao trabalho à distância, que considera que tem sido adotado de um “modo apressado, precipitado e manifestamente inadequado”, levando a que professores e investigadores tenham que estar a trabalhar demais e sem separação clara entre a vida privada e o trabalho, com “consequências para a saúde física e mental”.
É por isso que a Fenprof reclama que se respeitem “os estatutos de carreira, designadamente no que toca ao respeito escrupuloso pela carga letiva”.
Pede também que haja um plano de “abertura de concursos para a base das carreiras” para satisfazer as necessidades que universidades e politécnicos já têm e que poderão ser agravadas pela necessidade de desdobrar turmas.
Para enfrentar a pandemia e eventuais novas vagas que surjam, deve haver “medidas preventivas” preparadas mas “sem precipitações institucionais nem retrocesso ou atropelo de direitos fundamentais”, salienta.
A Fenprof considera que a covid-19 pôs em causa a gestão “democrática, transparente e colegial” das instituições de ensino superior e recomenda que se reveja o seu regime jurídico.
Defende que as bolsas financiadas pela Fundação para a Ciência e Tecnologia devem ser prorrogadas, tal como os contratos a termo dos investigadores enquanto durarem os constrangimentos impostos pela pandemia.
“O desinvestimento que, ao longo de vários anos, tem caracterizado este setor não pode continuar, sob risco de se atingirem situações absolutamente insustentáveis do ponto de vista social e humano”, alerta.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 708 mil mortos e infetou mais de 18,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.743 pessoas das 52.061 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
Falta de testes está a impedir compreensão total da pandemia em África – OMS
A diretora do escritório da Organização Mundial de Saúde (OMS) para África, Matshidiso Moeti, disse hoje que a falta de testes está a gerar subnotificação de casos e a impedir a compreensão total da pandemia no continente.
“A falta de testes está a levar a alguma subnotificação dos casos de covid-19 e a impedir-nos de compreender o quadro completo da pandemia em África”, disse Matshidiso Moeti, durante uma conferência de imprensa virtual a partir de Brazzaville.
A responsável da OMS África sublinhou, por isso, a necessidade de “inverter esta situação para que os países possam calibrar a resposta, assegurando maior eficácia”.
“À medida que os casos se deslocam para o interior, os testes devem ser descentralizados das capitais”, acrescentou.
O nível de testagem à covid-19 em África continua abaixo da média global, mas a capacidade de testagem no continente “aumentou significativamente” desde o início da pandemia, segundo a OMS.
Na África subsaariana, foram já realizados mais de 6,4 milhões de testes com 11 países a fazerem mais de 100 testes por cada 10.000 habitantes, em comparação com apenas seis há um mês.
Em julho, registou-se um aumento de 40% no número total de testes realizados em comparação com o mês anterior.
Durante a mesma conferência, Matshidiso Moeti anunciou a chegada hoje a Joanesburgo, na África do Sul, dos primeiros membros de uma equipa de peritos da OMS para reforçar a resposta à covid-19 no país mais afetado no continente africano e entre os cinco mais afetados no mundo.
Um segundo grupo de peritos será destacado na próxima semana, esperando-se que, no total, mais de 40 peritos de saúde pública apoiem as autoridades sul-africanas na resposta à pandemia.
“A pedido do Governo sul-africano, os nossos peritos serão integrados nas equipas nacionais de resposta, trabalhando em estreita colaboração com os responsáveis locais pela saúde pública para enfrentar alguns dos desafios urgentes que o país enfrenta”, disse a responsável da OMS.
“À medida que o impacto do vírus se intensifica em vários pontos críticos em África, também se intensificam os esforços da OMS”, acrescentou.
Numa altura em que o continente se aproxima do milhão de casos, 10 países foram responsáveis por 89% dos novos casos de covid-19 nas últimas duas semanas.
Os novos casos aumentaram mais de 20% em 16 países da região africana da OMS nas últimas duas semanas, em comparação com a quinzena anterior.
No total, a OMS está a aumentar o apoio a 11 países que solicitaram assistência, mobilizando mais técnicos para o terreno e aumentando as formações para reforçar a capacidade local.
Com a transmissão comunitária a ocorrer em mais de metade dos países em África, a OMS está a reforçar o envolvimento comunitário e a educação sanitária e a fornecer apoio material direto para reforçar a capacidade de testes.
A OMS e outras agências das Nações Unidas formaram um consórcio global de aquisições para apoiar os países que têm acesso limitado aos mercados para a compra de testes e outros produtos e equipamentos médicos.
No mês passado, o consórcio enviou 1,8 milhões de ‘kits’ de teste para 47 países em África, estimando-se um novo envio de mais 1,1 milhões nas próximas semanas.
Em África, há 21.050 mortos confirmados em mais de 976 mil infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 708 mil mortos e infetou mais de 18,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Alemanha passa a exigir sábado testes a viajantes de regiões de risco
A Alemanha vai exigir, a partir de sábado, testes de covid-19 a todos os viajantes que regressem de regiões consideradas de risco para evitar impor quarentenas obrigatórias, disse hoje o ministro alemão da Saúde.
A decisão já havia sido anunciada na semana passada, mas ainda não tinha data para entrar em vigor.
“A partir de sábado, as pessoas que regressem de áreas de risco serão obrigadas a fazer um teste. Ou seja, quem regressar de uma área desse tipo deverá trazer um [teste com] resultado negativo com menos de 48 horas ou fazê-lo aqui”, explicou o ministro, Jens Spahn, em conferência de imprensa, realizada hoje em Berlim.
Até agora, qualquer pessoa que regressasse de uma lista de zonas de risco, que inclui a maioria dos países fora da União Europeia, mas também três regiões espanholas (Aragão, Catalunha e Navarra) e, desde quarta-feira, a província belga de Antuérpia, era obrigada a passar por uma quarentena de 14 dias na Alemanha.
“Estou muito ciente de que se trata de uma intromissão na liberdade do indivíduo, mas acho que é razoável. Liberdade nem sempre significa só liberdade, implica também responsabilidade”, disse Spahn.
Esses testes serão pagos pelo Governo por “uma questão de solidariedade”, segundo o ministro.
A Alemanha, onde o ano letivo está a começar esta semana em algumas regiões, tem sido relativamente poupada pelo novo coronavírus, registando 9.175 mortes.
No entanto, as autoridades temem que o número de vítimas aumente rapidamente com a importação de novos casos trazidos por viajantes.
Segundo o Instituto de Saúde Robert Koch, foram registados hoje mais 1.045 novos casos do que na quarta-feira, o número mais alto desde maio.
A última vez que o país superou esta barreira foi a 07 de maio. Os valores recomeçaram a subir no final de mês de julho, com a Alemanha a registar, desde o início da pandemia de covid-19, um total de 213.067 casos.
Nas últimas 24 horas, foram também registadas mais sete vítimas mortais, aumentando o total de 9.175.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 701 mil mortos e infetou mais de 18,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.