A Cooperativa Agrícola GuadiMonte vai apresentar publicamente, no dia 30 de março, pelas 14:30, o Projeto de Reflorestação da Área Degradada da Eira-da-Zorra – PRADE, na antiga escola primária da Alta Mora, no concelho de Castro Marim.
O projeto PRADE tem o principal objetivo “de combater a desertificação, nomeadamente através da implementação de uma estratégia de reflorestação na área ardida no incêndio de Castro Marim de 2021, com espécies autóctones de crescimento lento, resilientes e tolerantes a ambientes secos, como é o caso da alfarrobeira, do medronheiro, do sobreiro e da azinheira”, explica a autarquia castromarinense.
São 34 hectares de área de intervenção, que engloba também a recuperação das espécies arbóreas sobreviventes ao incêndio, nomeadamente as que integram o tradicional pomar de sequeiro slgarvio, e a beneficiação da rede de caminhos rurais.
Para acompanhar todo o processo no terreno, num projeto que deverá desenvolver-se até ao início do próximo ano, será criado um Gabinete Técnico Local de Apoio ao Desenvolvimento de Ações e Projetos de Combate à Desertificação, a partir da requalificação da antiga escola primária da localidade da Corte Pequena.
O PRADE representa um investimento total de 896.036,13 € (investimento elegível de 810.941,41 €) sendo financiado pelo Programa COMPETE 2020, no âmbito do Aviso 13/REACT/2021, apoiado por Portugal e União Europeia, cofinanciado a 100% pelo FEDER.
O projeto conta com a parceria do Município de Castro Marim, da Universidade do Algarve e da CONFAGRI (Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal CCRL).
“O território do interior do Baixo Guadiana é uma zona considerada das mais sensíveis da Europa, classificada pelas Nações Unidas como estando em risco de desertificação”, afirma a autarquia, acrescentando que “o interior algarvio debate-se também com o despovoamento e o interessante do surgimento da Cooperativa GuadiMonte passa também pelo facto dos cooperantes fundadores terem uma ligação à terra, sendo, na sua maioria, pessoas que regressaram para investir naquele que é o legado dos seus familiares”.