O Município de Lagoa encerrou as contas do primeiro semestre deste ano com 206.335 euros. O resultado que acaba de ser apurado reporta-se ao final de junho de 2020 e representa uma diminuição de 3.202.249 euros face ao exercício de igual período do ano anterior.
A quebra verificada explica-se pela redução de 2.511.107 euros nas principais rubricas da receita da autarquia. As fontes de receita onde se verificaram perdas mais significativas são os «Impostos, Contribuições e Taxas» com menos 1.572.113 euros e as Vendas (Água, Resíduos e Saneamento) com uma variação negativa de 471.246 euros.
Os gastos extraordinários relacionados com a Covid -19, que ascenderam neste período a 707.161 euros, concorrem igualmente para uma menor expressão do resultado líquido positivo deste Município algarvio.
Já o total de gastos com a Educação, o Desporto e a Ação Social ascendeu, nestes primeiros 6 meses do ano a 3.123.721 euros.
Por outro lado, a redução de despesas com Recursos Humanos, face ao período homólogo de 2019, foi de 86.993 euros.
O Relatório do Fiscal Único que apreciou as contas conclui que “o aparecimento da pandemia Covid -19 no final do 1º trimestre de 2020 estará na origem da evolução negativa das rubricas que contribuíram para a redução dos resultados operacionais do Município no 1º semestre de 2020. Apesar dos resultados aquém do esperado, não está em causa o equilíbrio económico e financeiro do Município.”
Luís Encarnação, presidente da edilidade, comentou o resultado obtido, afirmando que “estes números obrigam a uma redefinição da estratégia de atuação do Município no 2º semestre de 2020. Continuaremos a privilegiar os Serviços Públicos Essenciais – Limpeza Urbana, Recolha dos Resíduos Sólidos Urbanos, Jardins, Espaços Públicos, Saneamento e Abastecimento de Água. Ao mesmo tempo, o reforço do apoio social às instituições e às famílias deverá garantir que, nos tempos difíceis que se avizinham, nenhum lagoense ficará para trás”.