Quem vai a Loulé delicia-se com os famosos folhados e com os produtos regionais vendidos no maior e mais antigo mercado do Algarve, no entanto, poucos são os que sabem que debaixo desta cidade se ergue uma outra. Trata-se de uma mina de sal-gema com 230 metros de profundidade e com muitas histórias para contar. Nos dias de hoje a sua atividade continua, embora com menor intensidade.
A mina de sal-gema de Campina de Cima começou a funcionar na década de 60 do século passado. Perante o cenário de seca que se vivia no Algarve foram feitas sondagens para a captação de água em aquíferos profundos e foi nessa altura que se descobriu um enorme depósito subterrâneo de sal-gema. É assim que, segundo a National Geographic, se inicia um projeto de investimento numa mina de extração de sal-gema para posterior utilização na indústria química.
Esta distingue-se das restantes minas de sal-gema do país por fazer a extração deste recurso em túneis, ao invés de salmoura. Nos dias de hoje a atividade desta mina já não é tão intensa, contudo, ainda se extraem cerca de seis mil toneladas por ano de sal-gema para utilização na segurança rodoviária, nomeadamente para derreter camadas de gelo e neve sobre o asfalto. Este recurso é também utilizado para rações animais.
Uma vez que a exploração de sal-gema nesta mina é cada vez menor, o espaço está agora aberto ao público, para que este possa conhecer a mina, assim como a maquinaria utilizada e as técnicas de extração mineira. A visita tem cerca de duas horas de duração e o percurso tem pouco mais de um quilómetro de extensão. O preço de cada bilhete varia entre os 14,5 euros e os 24 euros.
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