O projeto CULATRA 2030, coordenado pela Universidade do Algarve, em parceria com a Associação de Moradores da Ilha da Culatra, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR Algarve) e o Município de Faro, foi selecionado pela Comissão Europeia como a iniciativa exemplo da estratégia de especialização inteligente no Algarve.
O artigo sobre o projeto já se encontra publicado na página da Comissão Europeia.
Para André Pacheco, coordenador do Projeto, “o valor da iniciativa Culatra 2030 reside na sua estratégia abrangente, que compreende vários aspetos da transição energética, incluindo questões sociais, como a pobreza energética”. Em vez do desenvolvimento de nova tecnologia em si, explica, “a perspetiva principal é o modelo holístico e o caráter de demonstração da iniciativa, que parte de um diagnóstico participativo feito à comunidade pela Make It Better, Associação para a Inovação e Economia Social, em colaboração com a academia, administração pública e empresas”.
Para o investigador da UAlg, “após este diagnóstico inicial, um novo sistema de governança para a exploração participativa dos caminhos de transição foi implementado – o Comité Insular”. Segundo o mesmo “este modelo participativo está a revelar-se eficaz na melhoria da tomada de decisões, face à situação anterior, que se caracterizava por várias iniciativas dispersas e descoordenadas”. Na sua opinião “esta é uma iniciativa verdadeiramente ascendente, inspirada na abordagem da especialização inteligente, e que pode ser replicada em outras comunidades”.
Conforme explica a UAlg “a Ilha da Culatra é uma das seis ilhas piloto que recebeu apoio do Secretariado Europeu para a energia limpa nas ilhas para a criação de uma Agenda de Transição Energética nesta ilha da Ria Formosa, no Algarve”.
“O objetivo principal é posicionar a região como centro de excelência em investigação e formação em energias renováveis”, visando ainda “criar pontes efetivas entre a comunidade local, a investigação no setor renovável e as empresas, promovendo a sustentabilidade ambiental e a adaptação da ilha às alterações climáticas”, conclui.
Sobre a Universidade do Algarve:
A Universidade do Algarve (UAlg) tem atualmente cerca de 8 mil estudantes, 23% dos quais internacionais, oriundos de mais de 85 nacionalidades, onde se destaca o Brasil, país com maior representatividade, ultrapassando os 900 estudantes.
Com 41 anos de existência, aparece pela segunda vez consecutiva no ranking do Times Higher Education (THE) Young University Rankings 2019, que analisa o desempenho de instituições de ensino superior criadas há 50 anos ou menos, destacando-se no indicador que avalia a projeção internacional.
Em 2019 voltou a integrar a lista das melhores do mundo no Shanghai Ranking’s Global Ranking of Academic Subjects, destacando-se como a melhor universidade portuguesa na área de Hospitality & Tourism Management. O Shanghai Ranking’s selecionou as 300 melhores instituições de todo o mundo, colocando a UAlg no Top 100, com a melhor classificação nacional nesta área, entre as posições 51-75, liderando o lote das quatro universidades portuguesas avaliadas. Pela primeira vez, na posição 101-125, também apareceu no ranking do Times Higher Education (THE) Europe Teaching Rankings 2019, que analisa o desempenho do ensino em instituições de ensino superior europeias.
Em 2020 integra pela primeira vez o Times Higher Education Impact Rankings, que avalia o desempenho e contributo das universidades para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, colocando-se na posição 201-300, entre 766 IES, de 85 países, que cumpriram os requisites de inclusão.
A UAlg oferece cursos de formação inicial e pós-graduada, nas suas diversas áreas de formação: Artes, Comunicação e Património; Ciências Sociais e da Educação; Ciências e Tecnologias da Saúde; Ciências Exatas e Naturais; Economia, Gestão e Turismo; Engenharias e Tecnologias.
A sua localização privilegiada junto ao Aeroporto Internacional de Faro e o grande número de novas rotas aéreas de ligação às principais cidades portuguesas (Porto e Lisboa) e europeias, bem como as excelentes condições que a UAlg e a região têm para oferecer, fazem com que, cada vez mais, a academia do sul do país adquira um estatuto central e internacional.