Trincão inaugurou o marcador aos 31 minutos e esteve nos dois seguintes: Raúl Silva fez o segundo, numa recarga após remate do extremo (45) e Ricardo Horta sentenciou o marcador no início da segunda parte (47), depois de passe do reforço do FC Barcelona para a próxima temporada.
Aylton Boa Morte reduziu sob o apito final (90+4), mas não evitou a 12.ª derrota dos algarvios, que não vencem há mais de três meses e que vão continuar nos lugares de despromoção.
A equipa agora orientada por Custódio Castro, que substituiu há apenas dois dias Rúben Amorim, transferido para o Sporting por 10 milhões de euros, deu a melhor resposta após uma semana agitada e segue imparável internamente: nos últimos 13 jogos, 10 do campeonato e três da Taça da Liga, conta com 12 vitórias e apenas um empate.
O novo técnico, ‘promovido’ dos juvenis, manteve o sistema tático de Rúben Amorim (3x4x3) e repetiu o ‘onze’ mais usado nos últimos jogos, com a exceção de Pedro Amador no lado esquerdo, em substituição do lesionado Sequeira.
Já Paulo Sérgio deu a titularidade a Willyan e ao jovem avançado iraquiano Mohanad Ali, tendo sacrificado Dener e Jackson Martinez, que ficou fora dos 18.
O Sporting de Braga entrou a todo o ‘gás’ e, nos primeiros 10 minutos, criou três grandes situações para marcar.
Ricardo Horta atirou ao poste, após passe de calcanhar de Paulinho (dois minutos), que, pouco depois, rematou de forma espetacular, de primeira, à barra (oito) e, logo a seguir, obrigou Gonda a grande defesa (10).
O Portimonense defendia mal e era inofensivo a atacar e o Braga chegou ao golo com naturalidade: Paulinho ‘roubou’ a bola a Jadson e depois serviu Trincão, que quase só teve que empurrar (31).
Os ‘arsenalistas jogavam bem e, a terminar a primeira parte, Raúl Silva fez o segundo dos minhotos, após defesa incompleta de Gonda a remate de Trincão, num lance que teve que ser analisado pelo videoárbitro (45).
O terceiro golo surgiu logo na abertura da segunda parte, com Ricardo Horta (19.º golo da temporada em todas as competições) a dar a melhor sequência a um passe de Trincão, após rápido contra-ataque (47).
Aylton Boa Morte e Vaz Tê entraram na segunda parte e mexeram no jogo do Portimonense, mas o golo dos algarvios, de Boa Morte, chegou demasiado tarde (90+4).
Antes, já Paulinho, isolado, tinha atirado à barra (59) e Fransérgio, com tudo para fazer o quarto golo, permitido a intervenção do guardião japonês dos algarvios (69).
DECLARAÇÕES
Custódio Castro (treinador do Sporting de Braga): “No geral, fizemos um bom jogo. Na primeira parte, a equipa mostrou boas dinâmicas, muito equilibrada, podíamos ter feito mais um ou dois golos, acabámos com três bolas nos ferros e isso agradou-me bastante.
Na segunda parte, podíamos ter controlado mais o jogo e chegar mais juntos à frente, mas os caminhos estavam abertos e eles queriam fazer mais golos. Fomos uns justos vencedores e fizemos um jogo condizente com a nossa qualidade.
(É raro a equipa não sofrer golos) Temos grande dinâmica, jogamos bem, temos grandes jogadores, foi um golo desnecessário, mas acontece. Vamos trabalhar nos equilíbrios, mas não tira ponto de brilho à vitória.
(Mesmo sistema de Rúben Amorim é para manter?) É parecido com o que já apresentava ofensivamente nos sub-17, regra geral vamos manter o sistema, claro que com uma ou outra nuance, mas com tempo. A equipa é muito boa e está muito bem, a palavra é continuidade: de sucesso, de vitórias, do futebol que agrada aos nossos adeptos e que nos garanta os nossos objetivos no fim.
(Não poder dar instruções no banco de suplentes). A mensagem chega ao campo e isso é o principal.”
Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Foi uma vitória justa do Braga. No primeiro tempo, cometemos erros em quantidade, não funcionou o que tínhamos programado, mas, mais do que isso, cometemos erros de palmatória.
Sofremos um golo dado pelo VAR aos 45 minutos, fomos para o segundo tempo a tentar corrigir e correr riscos. Demos uma imagem diferente, mas, logo a abrir a segunda parte, sofremos o terceiro golo e desanimámos bastante.
Dou crédito ao caráter que mostrámos e como fizemos melhor do que na primeira parte. Temos que ser mais responsáveis já no próximo jogo, não podemos cometer erros destes, que hipotecam os jogos.
Nos últimos três jogos, a equipa foi mais consistente defensivamente, mas os erros apareceram, mérito do Braga também. Se fôssemos ao intervalo com 1-0, a crença era enorme, mas foi trágico sofrer o 2-0 e, a abrir o segundo tempo, o 3-0. O que me dá ânimo foi o caráter que demonstrámos com 3-0 às costas, fomos à procura do golo até ao fim para honrar a camisola.
O ambiente vai estar positivo nos próximos jogos. Demos três boas respostas nos jogos anteriores, mas hoje não estivemos ao mesmo nível, cometemos erros coletivos e individuais nos golos.
Vaz Tê é um jogador experiente, não compete há muitos meses e achei que era importante dar-lhe estes 30 minutos de jogo para ser mais útil no futuro.”
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