30 de Março é a data escolhida pelo CDS-PP para voltar a levar ao parlamento a discussão sobre as portagens na A22.
A intenção do partido liderado por Assunção Cristas prende-se com a apresentação pelo mesmo, tendo como primeira subscritora a deputada Teresa Caieiro, eleita pelo Algarve, do Projecto de Resolução que recomenda ao Governo que reverta, de imediato, o aumento no custo das portagens da A22, mantendo o seu congelamento até que as obras de requalificação da EN125 estejam concluídas.
O partido considera que “a introdução de portagens nas auto-estradas concebidas para serem gratuitas para o utilizador, pressupõe que exista, pelo menos, uma alternativa adequada e proporcionada”, mas para os populares “as obras em itinerários nacionais prolongam-se; as assimetrias persistem e agravam-se” e um exemplo “emblemático” da situação são “as imprescindíveis obras de requalificação da EN125, que, embora percorrendo o trajecto Barlavento – Sotavento algarvio, não pode ainda ser considerada como alternativa à A22, já que as demoradas obras de requalificação levam a cortes de trânsito”.
Para o CDS-PP “a população, permanente ou temporariamente, residente no Algarve não tem actualmente assegurada uma mobilidade, e sem custos directos, que seja condigna e em sintonia com os padrões exigíveis a um país desenvolvido. A obrigatoriedade de opção pela EN125, ou por qualquer uma das estradas municipais ou nacionais que com ela confinam, não é digna nem aceitável”.
Recorde-se que o CDS-PP tem pesadas responsabilidades enquanto Governo pela cobrança de portagens no Algarve
O partido, que integrou um Governo que tem pesadas responsabilidades na aplicação de portagens na A22 considera ainda que “a EN-125 não é, decididamente, uma alternativa aceitável à A22”.
Em abril de 2016, recorda o CDS-PP, “apresentámos um Projecto de Resolução que recomendava ao Governo a redução em pelo menos 50% o custo das portagens na A22 até à conclusão das obras da EN125. Esta iniciativa foi rejeitada em plenário pela actual maioria de esquerda”.
O CDS-PP entende, finalmente, que “tendo já sido recusada a proposta de suspensão de cobrança de portagens na A22 até que terminem as obras de recuperação da EN125, o Governo deve reverter, com efeitos imediatos, o aumento no custo dessas mesmas portagens”.