O projecto intergeracional “Casa do Avô” completa esta terça-feira, dia em que se assinala o Dia dos Avós, o seu oitavo aniversário.
Mais do que um centro de dia, “A Casa do Avô” é uma unidade especializada no acompanhamento da população sénior do concelho (mais de 65 anos) e visa prestar assistência transversal em áreas tão distintas como os cuidados básicos de saúde, as terapias ocupacionais ou o desenvolvimento de competências.
Entre as várias actividades ao dispor dos utentes encontram-se aulas de ioga, aulas de expressão plástica e manualidades, culinária, terapia musical, sessões de fisioterapia, entre outras. Aos ‘avós’ é ainda fornecido transporte diário entre a habitação e as instalações, bem como duas refeições diárias.
O projecto é baseado no modelo cubano das Casas do Avô, existente na República de Cuba, país com o qual o município de Vila Real de Santo António mantém diversas parcerias na área da saúde, cultura e desenvolvimento social.
Para Conceição Cabrita, vice-presidente da Câmara de Vila Real de Santo António, “este projecto, pioneiro em Portugal, pretende melhorar a qualidade de vida dos utentes, prestar apoio social aos idosos do concelho que estão em situação de isolamento e desenvolver novas técnicas de terapia ocupacional”.
Para isso, o equipamento dispõe de uma equipa multidisciplinar constituída por um animador sociocultural, auxiliar de geriatria, um técnico de desporto, fisioterapeuta, psicólogo, massagista, enfermeiro e técnico de serviço social.
“Desta forma, conseguimos não só melhorar e aumentar a assistência à população sénior do concelho, mas também prestar cuidados básicos de saúde como a medição da tensão arterial, diabetes e colesterol”, nota Conceição Cabrita, também responsável pela pasta da acção social.
A Casa do Avô possui dois polos no concelho de Vila Real de Santo António: um está sediado na cidade, junto ao Mercado Municipal, enquanto o outro se encontra localizado no Centro Comunitário de Monte Gordo.
Actualmente, as duas unidades beneficiam cerca de uma centena de utentes, representando um investimento municipal superior a 200 mil euros/ano.
Junta-se a outros projectos pioneiros do município na área da saúde, como o “Cuidar”, que já proporcionou aos munícipes perto de cinco mil consultas de oftalmologia e devolveu a visão a mais de duzentas pessoas.